Índice
O Mycobacterium tuberculosis é um complexo formado de diversas espécies sendo elas:
- M. bovis
- M. tuberculosis
- M. microti
A maioria das infecções decorre do M. tuberculosis, o qual é um bacilo que não origina esporos, não possui flagelos e que não produz toxinas. É uma espécie aeróbica estrita, que usa oxigênio no seu crescimento e multiplicação, a qual é classificada como um parasita intracelular facultativo.
Epidemiologia de Tuberculose
Comumente o número de casos em homens é o dobro quando comparado aos casos em mulheres. Vale ressaltar ainda, que indivíduos em situação de vulnerabilidade que vivem em grandes centros urbanos possuem taxas de incidência maiores do que a média populacional. Ademais, a população carcerária apresenta 25 vezes mais casos, os portadores de HIV/AIDS apresentam 30 vezes mais casos, e indivíduos em situação de rua apresentam 67 vezes mais casos quando comparados a população geral.
Transmissão
A via respiratória é por onde ocorre a transmissão da tuberculose.
Primo-infecção – Primeiro contato com o M. tuberculosis
Ao receber pela primeira vez uma carga infecciosa de bacilos, caso os bacilos consigam atingir a periferia dos pulmões ao vencer as defesas das árvores respiratórias, os bacilos são capazes de se multiplicar, o que gera uma reação inflamatória exsudativa do tipo inespecífico, classificada como benigna.

Microscopia eletrônica do bacilo da tuberculose
Sinais e sintomas da Tuberculose
Quando ativa o indivíduo com tuberculose pode apresentar:
- Tosse com duração de três ou mais semanas;
- Expectoração com sangue;
- Dor de garganta;
- Perda de peso;
- Fadiga;
- Em alguns casos febre;
- Perda de apetite.
Diagnóstico de Tuberculose
O diagnóstico de Tuberculose é realizado pela história de adoecimento da pessoa, assim como pelo exame clínico. A confirmação é dada por exames como a baciloscopia, a cultura do escarro e raio-X de tórax. Além disso, a depender do caso pode haver a necessidade de um pedido de biópsia.
Prova Tuberculínica (PT) – consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis com o fito de calculara resposta imune celular, pode ser feita tanto em adultos como em crianças para se obter o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis.
Tratamento de Tuberculose
A doença possui cura. O paciente deve tomar os medicamentos de forma regular, em doses adequadas pelo tempo estipulado. Ainda que haja melhora dos sintomas o tratamento não deve ser interrompido. Além disso, é importante ir às consultas mensais no posto de saúde, de modo que sejam feitos exames de escarro e a testagem para o HIV.
É indicado o uso do Isoniazida, dose de 5-10mg/kg de peso com limite de até 300mg/dia durante 6 meses.
A vacina BCG é indicada ao nascimento até antes da criança completar 5 anos de idade e protege contra a tuberculose. A doença não está limitada aos pulmões, pode ser que haja o acometimento das meninges, gerando danos irreversíveis.
Autores, revisores e orientadores:
Autora: Amanda da Cunha Ignácio – @amandacunhai
Revisor(a): Luísa Thayná dos Reis Pereira – @luisareis2
Orientador(a): Ana Luiza Oliveira Silva – @analuiza_ped
Referências:
MEDGRUPO. Pediatria: Neonatologia. Medgrupo. V.4, 2015.
PILLER, Raquel VB et al. Epidemiologia da tuberculose. Pulmão Rj, v. 21, n. 1, p. 4-9, 2012.
http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2012/n_01/02.pdf
O texto acima é de total responsabilidade do(s) autor(es) e não representa a visão da sanar sobre o assunto.
Observação: esse material foi produzido durante vigência do Programa de Ligas Sanar. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido.