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Resumo: Queimaduras no contexto da emergência | Ligas

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Definição e Epidemiologia

A queimadura é definida como o quadro
resultante da ação, direta ou não, do calor sobre o organismo, resultando na
lesão dos tecidos orgânicos; ao mesmo tempo, a lesão pode ocorrer por um trauma
causado por um agente térmico (inclusive frio), elétrico, químico ou
radioativo.

Essas feridas traumáticas atuam
fundamentalmente nos tecidos de revestimento do corpo, mas além de destruir a
pele, podem atingir o tecido celular subcutâneo, os músculos, os tendões e os
ossos, causando diversos distúrbios físicos e psicológicos. Dentre os
quais se destacam as
alterações metabólicas, a perda de volume de líquidos, a dor, o risco de infecção
e a ocorrência de deformidades corporais.

As queimaduras representam no Brasil
a quarta causa de morte e hospitalização, principalmente no caso de crianças e
adolescentes de até 14 anos de idade. Diversos estudos têm demonstrado que, no
Brasil, em torno de 1 milhão de acidentes por queimadura ocorrem ao ano, sendo
que apenas 100.000 pacientes procuram o atendimento hospitalar e, em torno de
2.500 morrem por causa (direta ou indireta) das lesões causadas por
queimaduras.

Fisiopatologia

Dependendo da extensão e profundidade
das queimaduras, estas comprometem a integridade funcional da pele, afetando a
homeostase hidroeletrolítica, o controle da temperatura interna, a
flexibilidade e a lubrificação da superfície corporal. Isso se
dá devido à ocorrência de necrose de coagulação
tecidual (e à consequente colonização do tecido por parte das bactérias) e à
trombose dos vasos adjacentes, de caráter progressivo no período entre 12 e 48
horas após a ocorrência. Em casos mais graves ainda ocorre dano à integridade
capilar, circulação hiperdinâmica, ritmo metabólico acelerado, alteração da
função hipotalâmica e perda de calor e de fluidos, sendo que quando a
queimadura é superior a 40% da área corporal, o sistema imune não consegue
delimitar a infecção.

Desse modo, a necrose por coagulação
decorre na agregação de plaquetas, na inflamação do tecido, na contração dos
vasos e na necrose do tecido marginal perfundido, que podem estar associadas à
invasão bacteriana e à perda de volume dos tecidos lesados.

Neste sentido, o comprometimento
depende da intensidade da exposição, sendo que a fisiopatologia da lesão se dá
devido à destruição da integridade capilar e vascular, causando variações nos
níveis de proteínas plasmáticas e comprometimento da ligação dos opióides a
seus receptores.

Quadro clínico

O quadro clínico de um paciente
queimado varia conforme o tipo de queimadura pela qual o paciente é submetido.
A queimadura classificada como de primeiro grau, que acomete apenas a epiderme,
pode cursar com eritema e dor. Já a de segundo grau, que acomete a epiderme e
parte da derme, pode cursar com eritema acompanhado de bolha, dor e choque. E a
de terceiro grau, que acomete a epiderme, a derme e estruturas profundas, pode
cursar com a mucosa em aspecto branca nacarada e choque.

Além disso, durante a evolução da
queimadura, podem surgir diversas complicações, como: alterações no sistema
respiratório, no sistema urinário, no sistema gastrointestinal, no sistema
cardiovascular, no sistema neurológico, no sistema musculoesquelético,
alterações transfusionais, complicações infecciosas e anemia. 

Diagnóstico 

O diagnóstico da queimadura é feito respeitando vários parâmetros, como
a etiologia/tipo, a profundidade, a superfície corporal queimada e a
complexidade da queimadura. 

Quanto à etiologia, a queimadura
pode ser térmica, química, elétrica, por radiação, inalatória, por atrito,
entre outras. 

Em relação à profundidade da queimadura, ela pode ser classificada em
três graus. A lesão de primeiro grau atinge a pele superficialmente, a de
segundo grau atinge parcial-superficialmente e profundamente e a de terceiro
grau, totalmente. 

De acordo com a superfície corporal queimada (extensão), a queimadura
pode ser leve, média ou grave, sendo medidas pela regra dos nove e pela 
regra da palma da mão. 

 Portanto, conforme a complexidade da queimadura, ela é dividida em
pequeno queimado, médio queimado e grande queimado, baseando-se no grau da
queimadura, na faixa etária, na porcentagem da superfície corporal queimada e
na região do corpo afetada. 

Tratamento

Caso a queimadura seja de segundo ou
terceiro grau, independente da causa (térmica, elétrica, química, etc), deve-se
procurar atendimento médico imediato para evitar maiores danos. Além disso, é
importante se atentar em:

1.      Resfriar a
área queimada com água fria (nunca usar água gelada ou gelo) para alívio da dor
e limpeza da lesão.

2.      Não utilizar
compressas úmidas em áreas extensas por muito tempo, a fim de evitar
hipotermia.

3.      Retirar com
cuidado a roupa que cobre a área queimada. Caso esteja aderida à queimadura,
não insistir em retirá-la. Deve-se cortar o tecido ao redor do machucado.

4.      Em virtude da
rápida disseminação do edema, deve-se retirar anéis, pulseiras e colares.

5.      Nunca fazer
uso de pomadas, clara de ovo, borra de café, pasta de dente, manteiga e afins,
afinal, além de não trazer benefícios pode agravar ainda mais o quadro.

6.      Nunca estoure as bolhas.

Confira o vídeo:

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