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Síndrome Hellp

Síndrome Hellp

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A síndrome Hellp, é uma síndrome hipertensiva associada à gestação possui elevada incidência mundial, sendo a causa das altas taxas de mortalidade materna. 

De acordo com o Ministério da Saúde a HELLP pode acometer aproximadamente 0,4% das gestantes. As principais razões de óbitos maternos por causas diretas são concernentes a doenças hipertensivas específicas da gravidez (DHEG), eclampsia, pré-eclâmpsia e síndrome HELLP. 

Conceito e prevalência

A palavra HELLP é uma abreviação do inglês que significa: H de hemólise (hemolytic anemia), EL enzimas hepáticas (elevated liver enzymes) e LP baixa contagem de plaquetas (low platelet count), que são as principais características da síndrome.

Estima-se que de 8% das gestantes que sofrem de pré-eclampsia desenvolveram a síndrome. Nesses casos, a gestante deve fazer repouso e adotar uma dieta com pouco sal para manter a pressão arterial controlada. 

Fatores de risco

A gestação é uma fase de transformação do organismo feminino, considerada como um acontecimento fisiológico, mas que no seu decorrer podem surgir complicações como a síndrome de HELLP, pondo em risco a saúde materna e fetal. 

Além desse fator, o perfil de risco para o desenvolvimento da síndrome HELLP pode ser influenciado pela idade, raça, paridade e duração da pré-eclâmpsia ou presença de eclampsia, normalmente, as gestantes são brancas e multíparas, com história prévia de mal controle hipertensivo durante o período gestacional, gestação gemelar e idade acima de 25 anos. Mulheres com histórico de doenças crônicas cardíacas e renais, diabéticas ou portadoras de lúpus eritematoso. Recomenda-se esta mulher com este histórico realizar controle do peso corporal, escolher uma dieta adequada com hábitos saudáveis e a prática de exercícios físicos para cada período gestacional. 

A enfermidade pode ser fatal tanto para o bebê quanto para a gestante, promovendo alterações na funcionalidade do fígado, hemorragia, insuficiência renal, hemorragias internas, AVE, descolamento placentário ou até mesmo edema pulmonar. 

As consequências para o bebê que sobrevive a HELLP podem ser a deficiência de LHCAD, que se caracteriza por um retardo no desenvolvimento e baixo peso corporal e tônus muscular. 

Diagnóstico através de exames

Após a avaliação dos resultados, o especialista orientará a paciente sobre o tratamento ideal para a síndrome HELLP, caso seja confirmada nos exames, o mais importante é a gestante ter em mente que, ao notar qualquer alteração ou indício de anormalidade, o mais indicado é buscar, assim que possível, o auxílio do obstetra que acompanha a sua gravidez, se automedicar ou definir uma conduta por conta própria é perigoso e pode agravar o quadro. 

Quando é diagnosticado através de exames laboratoriais e clínicos, o tratamento indicado para preservar a saúde da futura mamãe, seria interromper a gestação, independente de quase fase a gestação está, isso se explica pelo motivo de o feto não sobreviver com estas grandes alterações no organismo materno. A HELLP possui cura, mas pode causar problemas para a gestação, que pode ser necessário ser interrompida. 

Sintomas

Os principais sintomas seriam: cefaleia intensa, alterações na visão, pressão arterial alta (hipertensão), mal estar geral, tontura, náuseas e vômitos, dor epigástrica, sede intensa, quando surge estes sintomas deve-se procurar uma consulta imediata com o ginecologista obstetra.

Os sintomas são mais comuns acontecerem durante o período gestacional, mas em alguns casos raros pode acontecer também no período puerperal. 

Tratamento para síndrome hellp

O tratamento mais adequado seria internar a paciente grávida para que possa avaliar constantemente a evolução da gestação. Caso a gestante manifeste estes sintomas após as trinta e quatro semanas pode promover um parto prematuro, para evitar o óbito materno e o sofrimento fetal.

Caso a gestante manifeste estes sintomas com menos de trinta e quatro semanas, pode ser receitado as injeções de corticoesteroides no músculo, para possibilitar o desenvolvimento dos pulmões para permitir o adiantamento deste parto.

Mas caso a gestante estiver com menos de vinte e quatro semanas de gestação, recomenda-se a interrupção da gravidez.

Autoria:

  • Kênia Inacia Almeida – Acadêmica de enfermagem 7º período e integrante da LASM.
  • Lorena Gonçalves Leal – Docente de enfermagem e coordenadora da LASM.

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