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Suporte Básico de Vida (SBV): tudo sobre esse protocolo de atendimento!

Suporte Básico de Vida (SBV): tudo sobre esse protocolo de atendimento!

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Suporte básico de vida: tudo o que você precisa saber para atuar na emergência!

A American Heart Association (Associação Americana do Coração) estima que cerca de 350.000 paradas cardíacas ocorrem fora dos hospitais todos os anos nos Estados Unidos. Dessas ocorrências, cerca de 90% são fatais. No entanto, o fornecimento imediato de Suporte Básico de Vida, principalmente a realização de compressões torácicas, pode dobrar ou até mesmo triplicar a taxa de sobrevivência das vítimas.

Além disso, estudos mostram que a rápida implementação do SBV também é crucial em casos de engasgamento. Segundo a Cruz Vermelha Americana, cerca de 4.500 mortes por asfixia ocorrem anualmente nos Estados Unidos. Sendo a principal causa, a obstrução das vias respiratórias. O reconhecimento precoce do engasgamento e a aplicação de manobras de desobstrução das vias aéreas, como a Manobra de Heimlich, podem salvar vidas e prevenir danos cerebrais irreversíveis.

O que é o suporte básico de vida (SBV)?

Suporte Básico de Vida (SBV) é um protocolo de atendimento no qual se estabelecem o reconhecimento e a realização das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Essas manobras tem como objetivo manter a vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) viva até a chegada de uma unidade de transporte especializada.

O SBV é essencialmente composto por ações simples, mas fundamentais, que podem ser realizadas por pessoas sem treinamento médico avançado.

As doenças cardiovasculares representam as principais causas de morte no mundo, quando analisada a população de modo geral. Anualmente, no Brasil, há uma estimativa de 200 mil PCRs. Desses, 100 mil em ambiente extra-hospitalar e 100 mil em ambiente hospitalar. Além disso, possuem considerável mortalidade e, sem a manobra de RCP, a sobrevida da vítima diminui de 7-10% por minuto.

O que é a ressuscitação cardiopulmonar?

A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é um componente vital do suporte básico de vida (SBV) e é realizada quando uma pessoa está em parada cardíaca ou respiratória.

A RCP consiste em uma combinação de compressões torácicas e respiração boca a boca ou respiração boca a máscara, dependendo do treinamento e dos recursos disponíveis.

Quais os principais objetivos da ressuscitação cardiopulmonar?

O objetivo principal da RCP é prover um fluxo de oxigênio e sangue para o coração e o cérebro. Ela deve ser feita imediatamente, pois o cérebro não tolera mais de 4 minutos de hipóxia e após 10 minutos sem RCP tem-se morte cerebral estabelecida. Com 4 minutos de RCP inicia-se lesão cerebral e em 10 minutos já existe morte cerebral estabelecida. 

Os principais objetivos da RCP são:

Restaurar a circulação e ventilação pulmonar
Redução das sequelas neurológicas (quanto maior o tempo sem circulação, menor a possibilidade de recuperação cerebral)
Preservação da vida

Suporte Básico de Vida (SBV): Cadeia de Sobrevivência

A cadeia de sobrevivência foi criada para ressaltar a importância da adoção de atitudes organizadas e hierarquizadas na situação de provável ou confirmada PCR no ambiente extra hospitalar. Importante para a identificação de ritmos associados a PCR que sejam passíveis de tratamento com o desfibrilador: a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular sem pulso (TVsp).

O primeiro elo é o reconhecimento rápido da PCR e acionamento do serviço de emergência, para que aumente as chances de um socorro imediato e eficaz. Em seguida, deve-se fazer uma RCP precoce e de qualidade, aumentando a sobrevida da vítima.

Sequência do Suporte Básico de Vida (SBV) em Adultos

O atendimento em SBV segue a ordem do CAB ou CABD, que se trata de um mnemônico para descrever os passos simplificados do atendimento SBV, onde:

  • C: corresponde a Checar responsividade, Chamar por ajuda, Checar o pulso e a respiração da vítima, Iniciar Compressões (30 compressões);
  • A: abertura das vias aéreas;
  • B: boa ventilação (2 ventilações);
  • D: desfibrilação, neste caso, com o desfibrilador externo automático (DEA).

Checar a segurança

O primeiro passo é avaliar a segurança do local. O local deve estar seguro para o socorrista e para a vítima, a fim de evitar uma próxima vítima.

Caso o local não seja seguro (por exemplo, um prédio com risco de desmoronamento, uma via de trânsito), deve-se tornar o local seguro ou remover a vítima para um local seguro. Se o local estiver seguro, pode-se prosseguir com o atendimento.

Avaliação e ação

A avaliação da responsividade da vítima consiste em checar a consciência. Deve-se chamar a vítima (em voz alta) e realizar estímulo tátil tocando-a pelos ombros. Se a vítima responder, se apresente, ofereça ajuda. Caso não responda, o próximo passo é chamar por ajuda.

Chamar ajuda

Deve-se dar prioridade ao contato com o serviço local de emergência (por exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192). Se um DEA estiver disponível no local, pode-se utilizá-lo.

Se não estiver sozinho, pode-se pedir para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima. É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções.

Abertura das vias aéreas

É necessário posicionar a vítima deitada de costas em uma superfície plana e firme. Em seguida, inclina-se a cabeça para trás e levante o queixo para abrir as vias aéreas.

É preciso certifica-se de que não haja obstruções, como alimentos ou objetos, impedindo a passagem de ar.

Verificação de respiração

Observa-se a respiração da vítima por cerca de 5 a 10 segundos. Em seguida, é preciso olhar o movimento do tórax, além de ouvir os sons de respiração e sentir o fluxo de ar na sua bochecha.

Se a vítima não estiver respirando normalmente ou não estiver respirando, inicia-se as etapas de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).

Compressões torácicas

Posiciona-se as mãos no centro do tórax da vítima, entre os mamilos. Em seguida, deve-se comprimir o tórax em pelo menos 5 centímetros de profundidade para adultos (1/3 da profundidade do tórax) e em cerca de 4 centímetros para crianças.

Essas compressões devem ser realizadas a uma taxa de 100 a 120 compressões por minuto. É necessário permitir a reexpansão completa do tórax entre as compressões.

Ventilação de resgate no suporte básico de vida

Após 30 compressões torácicas, é necessário fazer duas ventilações de resgate.

Para isso, fecha-se o nariz da vítima com os dedos e sela os lábios ao redor da boca. Em seguida, sopra-se suavemente por cerca de 1 segundo, observando o levantamento do tórax.

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