Índice
- 1 O que é o DIU?
- 2 Como age o DIU e SIU?
- 3 Qual a diferença de DIU de cobre e DIU de cobre com prata?
- 4 E a diferença entre SIU Mirena e SIU Kyleena?
- 5 Como é a colocação de um DIU/SIU?
- 6 Há contraindicações?
- 7 Mitos sobre o DIU
- 8 São métodos eficazes?
- 9 Quais os possíveis efeitos adversos?
- 10 Quais são os sinais de possíveis complicações?
- 11 Utilizo o DIU, não preciso fazer o uso do preservativo?
Você sabe o que significa a sigla DIU? Ou até mesmo quais são os tipos disponíveis no Brasil? E a diferença entre DIU não hormonal e hormonal? Vem saber isso e muito mais no texto abaixo!
O que é o DIU?
A sigla DIU significa dispositivo intrauterino, ou seja, que fica localizado dentro da cavidade uterina e, tecnicamente, é utilizada apenas para os dispositivos não hormonais, que são o DIU de cobre e o DIU de cobre com prata.
Os hormonais, são chamados de SIU, pois, por conter hormônio, são considerados sistemas intrauterinos que contêm o hormônio levonorgestrel, possuindo atualmente dois nomes comerciais no Brasil, o SIU Mirena e o SIU Kyleena, este último lançado recentemente no país.
Como age o DIU e SIU?
Ambos localizados dentro do útero, o DIU de cobre atua através da liberação de íons de cobre dentro do útero, não possuindo hormônios, resultando na formação dentro da cavidade uterina de uma “espuma biológica” que contém filamentos de fibrina, enzimas proteolíticas e células fagocitárias, além de estimular a formação de prostaglandinas no útero, situação compatível com a contração do músculo liso e a inflamação.
Já os SIUs liberam doses diárias de hormônio, sendo o efeito contraceptivo uma consequência do espessamento e da escassez do muco, da atrofia do endométrio e de uma resposta inflamatória intrauterina.
Qual a diferença de DIU de cobre e DIU de cobre com prata?
Ambos são métodos não hormonais, estão disponíveis no mercado em diversos formatos, podendo ter duração de 5 a 12 anos, a depender do modelo. A prata foi adicionada a fim de diminuir os efeitos colaterais do cobre, como aumento do fluxo menstrual e intensidade das cólicas menstruais.
E a diferença entre SIU Mirena e SIU Kyleena?
Ambos são métodos hormonais, que contêm o hormônio levonorgestrel, que é liberado em doses muito baixas diariamente na cavidade uterina. Não contém estrógenos, podendo ser utilizados por pacientes que não desejam o uso deste hormônio ou possuem contraindicações.
A diferença do SIU Kyleena, que foi recentemente lançado, é que possui um tamanho menor (28mm X 30mm) em relação ao Mirena (32mm X 32mm) e o diâmetro do tubo insertor é menor também, sendo 3,8mm no Kyleena em comparação a 4,4mm no Mirena, podendo causar um desconforto menor no momento da inserção.
As indicações também são diferentes, pois o Kyleena é utilizado apenas para contracepção, pois contém menos hormônio (19,5mg), já o Mirena contém 52mg de levonorgestrel, sendo indicado também para sangramento uterino anormal e terapia hormonal, além da contracepção.
Como é a colocação de um DIU/SIU?
O dispositivo/sistema intrauterino pode ser inserido no consultório ou em centro cirúrgico, com a paciente estando sedada ou não. É realizada uma anestesia local no colo uterino e o dispositivo é inserido através da vagina pelo médico em um procedimento rápido, comumente sem intercorrências.
A dor sentida pela paciente vai depender do limiar de dor, é importante que o médico explique o procedimento e a prepare emocionalmente para que seja feito da melhor maneira possível.
Há contraindicações?
Apresentam poucas contraindicações, dentre elas temos gravidez, doença inflamatória pélvica (DIP), hemorragia vaginal inexplicada, câncer cervical ou endometrial, 48h a quatro semanas pós-parto.
Mitos sobre o DIU
Dois mitos que circulam há anos: o primeiro, de que o DIU é abortivo; o segundo, de que mulheres que nunca tiveram filhos não podem utilizá-lo. Hoje já está comprovado que ele não é abortivo e que pode ser utilizado em diversas fases da vida da mulher, inclusive antes de ter filhos.
São métodos eficazes?
Eles independem da ação do médico ou da paciente para que a sua eficácia seja mantida, consequentemente possuem altas taxas de eficácia se comparados aos métodos de curta duração, além de possuírem altas taxas de satisfação e continuidade de uso entre todos os contraceptivos reversíveis. É importante lembrar do ultrassom periódico para verificação da posição do DIU, sendo uma das únicas ações necessárias para a usuária.
Quais os possíveis efeitos adversos?
Entre os efeitos adversos mais comuns, podemos ter expulsão, dor ou sangramento, perfuração, infecção, gravidez ectópica ou gravidez tópica.
Quais são os sinais de possíveis complicações?
Os sinais de possíveis complicações são importantes, pois a paciente deve retornar ao médico imediatamente. Sangramentos relevantes ou dores abdominais nos primeiros três a cinco dias após a inserção, sangramento irregular ou dores em todos os ciclos, febres ou calafrios, dor persistente durante as relações, atraso menstrual com sintomas de gravidez, fios mais longos ou não visíveis.
Utilizo o DIU, não preciso fazer o uso do preservativo?
É válido lembrar que o DIU não protege contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), sendo de extrema importância o uso do preservativo, independentemente do método contraceptivo de escolha.
É importante sempre ressaltar também: não existe nenhum método contraceptivo 100% eficaz, nem mesmo um método ideal para todas as mulheres, por isso, é essencial a conversa com o ginecologista e a individualização na escolha do método, levando em consideração a necessidade de cada uma.
Autora: Ana Clara Rodrigues