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Como fazer um carimbo médico | Colunistas

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Agora quem carimba sou eu: como fazer um carimbo médico

O carimbo médico! Sonho de praticamente todo estudante de medicina, que se intensifica principalmente nos períodos finais, quando a busca por eles para “certificar” a presença nos estágios curriculares e extracurriculares é alvo de grande expectativa para alguns… Vamos falar sobre o famoso carimbo médico!

“Agora quem carimba sou eu!” – essa frase comum é muitas vezes tema de camisetas de churrascos, festas de formatura e afins.

Também é muito comum que os ex-estudantes de medicina, agora orgulhosamente médicos recém formados, geralmente “corram” do seu respectivo Conselho Regional de Medicina (CRM) onde acabaram de se cadastrar, para alguma loja de carimbos buscando aplacar essa ansiedade de ter o seu próprio carimbo!

São diversas cores, modelos, estilos de abertura, tipo da fonte… mas antes disso,  será que eles conhecem regras para confecção desses tão aguardados carimbos?

Lembrando que, segundo o parecer 01/14 do CFM, os médicos podem prescrever, não sendo obrigatório o uso do carimbo, nos casos de receita simples. É necessário que o nome do médico, sua assinatura, a data da prescrição e o número do CRM e o  local estejam legíveis na receita.

Assim diz o CFM:

“A utilização de carimbo de médico em prescrição é opcional, pois não há obrigatoriedade legal ou ética. O que se exige é a assinatura com identificação clara do profissional e o seu respectivo CRM. Não há proibição expressa para eventuais autoprescrições de médicos, exceto no caso de entorpecentes e psicotrópicos. O uso obrigatório do carimbo assinalado na Portaria nº 344/98 só se dá no § 2º do art. 40 para recebimento do talonário para prescrição de medicamentos e substâncias das listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos).”

Mas o que deve constar no carimbo médico?

No carimbo, segundo esse mesmo parecer, o médico deve se identificar como MÉDICO (em letras maiúsculas mesmo), além do nome da ESPECIALIDADE, também em maiúsculo, quando ela estiver devidamente registrada no CFM.

Deve sempre estar tudo bem legível e se a tinta estiver acabando, doutor(a) corra para trocar e não incorrer em infrações. O carimbo também não deve conter frases religiosas ou de qualquer tipo, ou ainda conter informações pessoais do médico, como a instituição de formação.

Apesar disso, a orientação aos médicos é de sempre carimbar as receitas, pois é não é incomum que alguns estabelecimentos, às vezes por seguirem normas de locais que não estão atualizados com os mais recentes pareceres do CFM, não aviarem as receitas que estejam sem carimbo.

Uma outra novidade é a assinatura digital médica, autorizada pelo Ministério da Saúde, sendo a prescrição realizada no computador e enviada diretamente para a farmácia, de maneira legível e autenticada.

Essa funcionalidade, entre outras vantagens, coíbe o uso de carimbos falsos, além de as prescrições poderem ser integradas ao prontuário eletrônico do paciente, melhorando e personalizando seu acompanhamento.

Para saber mais sobre o CRM Digital e assinatura digital, fique ligado(a) no Carreira Médica.


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Érico Lucas de Oliveira - Médico - Counista - Sanar | Medicina