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A gestão do tempo e a qualidade devem caminhar lado a lado para o sucesso de uma consulta médica e uma rotina de trabalho mais produtiva. Para que você não fique com nenhuma dúvida sobre o assunto, reunimos algumas dicas valiosas com base na série “Médico Prime” da Sanar, que é apresentada pela Dra. Maitê Dahdal.
A série tem como principal objetivo ajudar os médicos a superar todos os perrengues da prática médica.
Qualidade da consulta médica
É importante que você tenha em mente que, independente do local onde trabalha, o principal é que o bom atendimento depende muito do estabelecimento de uma relação de confiança entre o médico e o paciente.
É essa relação que vai determinar tudo. Desde o paciente seguir o tratamento que você indicou até ele retornar para uma consulta de revisão. Isso porque quando o paciente fica insatisfeito com uma consulta ele tende a levar para casa as suas dúvidas, podendo, inclusive, desistir de cuidar do problema que precisa tratar.
Um dado importante nesse cenário é que, conforme informações da Organização Mundial da Saúde(OMS), no Brasil, 50% dos remédios comercializados são prescritos, dispensados ou usados de maneira errada.
Por isso, é importante ter sempre em mente a vontade de buscar formas de melhorar a qualidade do seu atendimento.
Tempo de consulta: o que diz o Conselho Federal de Medicina?
Segundo as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), que é o órgão que normatiza e regula a atuação do profissional médico no Brasil, não existe um tempo ideal de duração para uma consulta.
A regra diz que o médico deve usar o período necessário para a perfeita execução de todas as modalidades do atendimento, como anamnese e exame físico, diagnóstico, prescrição e conduta. E é o médico que deve fazer essa definição de tempo.
Enquanto o CFM não crava regras sobre tempo de consulta, o Manual de Auditoria de Atenção Básica do Ministério da Saúde sugere que o tempo médio de 15 minutos é aceitável.
Dicas para um consulta médica de qualidade em 15 minutos
- Deixe o paciente falar por pelo menos 2 minutos e faça uma escuta ativa nesse momento. Preste atenção na sua comunicação verbal e não verbal.
- Emita sinais de atenção – ok, uhum, estou entendo. Vale até repetir o que o paciente falou e perguntar se é isso mesmo que ele quiz dizer.
- Ao fazer perguntas para o paciente, foque em perguntas abertas. Assim, ele vai descrever com precisão o que sente e não apenas concorde ou discorde com o que você diz.
- Busque estimular que o paciente fale tudo o que precisa na consulta. Use frases como “tem mais alguma coisa que eu possa te ajudar?” ou “tem mais alguma coisa te incomodando?”. Isso evita que o paciente só fale do real problema quando já está saindo do seu consultório.
- Reduza os ruídos de interferência, oriente a sua equipe a não incomodar no momento da consulta.