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A Emergência e Urgência hipertensivas caracterizam a crise hipertensiva, consideradas assim, ocorrências clínicas que representam mais de 25% dos atendimentos hospitalares de urgência.
Estima-se que 3% de todas as visitas às salas de Emergências são decorrentes de elevações significativas da pressão arterial, o que exige do profissional médico habilidade para diferenciá-las, uma vez que apresentam distintos tratamentos e prognósticos.
O que é uma emergência hipertensiva?
Emergência hipertensiva é a situação caracterizada por pressão arterial marcadamente elevada, associada à possíveis lesões de órgãos alvos, como
- acidente vascular encefálico,
- edema agudo de pulmão,
- eclâmpsia e
- dissecção de aorta,
que podem torna-se definitivas, caso não haja reconhecimento e intervenção adequada.
Tais complicações requerem, na grande maioria das vezes, internação em unidades de cuidados intensivos e uso de medicações intravasculares, com necessidade imediata de redução nos níveis pressóricos.
Caraterísticas das urgência hipertensivas
No que se refere às Urgências Hipertensivas, caracterizam-se pelo aumento da pressão arterial, sem apresentar risco imediato de vida e nem dano agudo aos órgãos alvo, podendo, entretanto, apresentar alterações clínicas associadas, como insuficiência coronariana ou cardíaca.
Nesta condição, a redução da pressão arterial deve ocorrer gradualmente em horas ou em um dia, a depender do perfil clínico do paciente.
Além dessas condições supracitadas, devem-se destacar também as pseudocrises hipertensivas. Tais situações caracterizam-se pela elevação acentuada da pressão arterial, causada por dor, desconforto ou ansiedade e sem sinais de deterioração de órgão-alvo.
A confirmação definitiva da relação causal entre a hipertensão e o desconforto relatados, não pode ser estabelecida.
O tratamento deve ser realizado apenas quando sintomático associado a anti-hipertensivos de uso crônico.
Referências
1) SCHETTINO, G; CARDOSO, LF; MATTAR Jr, J; GANEM, F. Paciente crítico: diagnóstico e tratamento. Hospital Sírio-Libanês. 2ed. Manole. 2012.
2) KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. Vol 1 .3ed. Atheneu. 2006