Residência Médica

As melhores residências em Gastroenterologia

As melhores residências em Gastroenterologia

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Definir as melhores residências em Gastroenterologia não é tarefa fácil. Afinal, diversas regiões do Brasil têm pelo menos uma Residência em Gastroenterologia de referência e reconhecida pela FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia).

A Gastroenterologia é a área da Medicina voltada para tratamento e manejo de afecções de todo sistema digestivo. É uma especialidade clínica e com ampla possibilidade de realizar procedimentos, incluindo os intervencionistas com, por exemplo, endoscopia e colonoscopia.

Mercado de trabalho

Em 2018, de acordo com a Demografia Médica no Brasil, foi revelado que havia 4.881 médicos gastroenterologistas no Brasil, equivalente a 1,3% do total de médicos registrados. 50% desses especialistas estão na região Sudeste. O Norte, por sua vez, é a região que tem menos profissionais, com apenas 3% do total.

Segundo o site Salario.com.br, um Gastroenterologista no Brasil ganha em média R$ 4.178,23 para uma jornada de trabalho de 16 horas semanais. A faixa salarial do Gastroenterologista fica entre R$ 3.813,43 e o teto salarial é de R$ 8.782,25.

A Gastroenterologia possui uma ampla atuação no mercado de trabalho, podendo atuar em clínicas particulares, unidades básicas de saúde, hospitais, ambulatórios e emergência.

O médico gastroenterologista também pode optar dentre as diversas áreas de atuação como: endoscopia, hepatologia, nutrição enteral, manometria esofágica, etc.

A residência médica em Gastroenterologia

Para se tornar gastroenterologista o médico deve concluir 2 anos de residência em Clínica Médica e só depois prestar a prova para acesso à residência de Gastroenterologia, que também tem duração de 2 anos.

Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e o MEC, a residência de Gastroenterologia deve ter os seguintes objetivos de acordo com cada ano:

PRIMEIRO ANO: R1
A. – Objetivos Gerais: executar o processo de atendimento clínico ao adulto portador das condições mais frequentes e das mais graves em Gastroenterologia em nível emergencial e eletivo, ambulatorial ou sob internação hospitalar.
B. – Objetivos específicos:
1- Conhecer as doenças gastroenterológicas e hepáticas mais frequentes
e distinguir sua gravidade para indicar internação, atendimento de
urgência e emergência;
2- Conhecer os conceitos básicos, fisiopatologia, critérios diagnósticos e
princípios fundamentais do tratamento das síndromes e das doenças
mais frequentes e mais graves em gastroenterologia;
3- Conhecer as indicações e contraindicações dos métodos diagnósticos
e terapêuticos relacionados à especialidade;
4- Compreender os princípios dos métodos de imagem em
Gastroenterologia (Raio X, Ultra-Som, Tomografia Computadorizada,
Ressonância Magnética e Cintilografia – Medicina Nuclear);
5- Realizar biópsia hepática transparietal com autonomia ou auxiliado por
especialista em métodos de imagem;
6- Conhecer a infra-estrutura envolvida nos exames de endoscopia
digestiva, bem como as rotinas de sedação, desinfecção e orientações
ao paciente antes e após o exame propriamente dito;
7- Reconhecer as imagens clássicas das doenças mais frequentes em
gastroenterologia, geradas por métodos endoscópicos, radiológicos e
exame histopatológico.


SEGUNDO ANO: R2
A. Objetivos Gerais: executar o processo de atendimento clínico ao adulto portador de todas as patologias gastroenterológicas em nível emergencial e eletivo, ambulatorial ou sob internação hospitalar. Deve apresentar autonomia e desenvoltura diante das condições mais frequentes e ou mais graves, sem deixar de reconhecer os limites da sua formação.
B. Objetivos Específicos:
1- Realizar anamnese, indicar exames complementares para obter
diagnósticos e conduzir o tratamento de todas as doenças gastroenterológicas à luz da literatura médico-científica vigente;
2- Reconhecer populações de risco para as principais doenças
gastroenterológicas e ser capaz de atuar no sentido de detecção
precoce ou de orientar medidas profiláticas desses indivíduos;
3- Realizar exame de endoscopia digestiva alta diagnóstica e
procedimentos mais simples relacionados;
4- Operar equipamento de ultrassom para confirmar pontos para punções
em procedimentos, realizar biópsia hepática transparietal;
5- Conhecer indicações, contraindicações, custos e riscos envolvidos nos
exames complementares em gastroenterologia;
6- Reconhecer imagens endoscópicas e radiológicas das doenças
gastroenterológicas mais frequentes;
7- Saber interpretar laudos de patologia hepática, exames de imagem do
abdômen, e exames laboratoriais no contexto dos casos clínicos gastroenterológicos.

Metodologia

Estabelecer as melhores residências em Gastroenterologia é um trabalho minucioso, mas que não possui metodologia pré-estabelecida no Brasil. Dessa maneira, vamos mostrar algumas opções dentre os programas de residência que são referências quando se pensa nos melhores do país.

USP

O programa de residência em Gastroenterologia da USP está entre os mais concorridos do país. O programa ocorre no Hospital das Clínicas da FMUSP, considerado o maior complexo de saúde da América Latina.

Na USP o residente tem a oportunidade de atuar em enfermarias, ambulatórios especializados, centro de endoscopia, etc. Além disso, há incentivo para pesquisa científica e programações teóricas com os melhores especialistas na área.

UNIFESP

O programa de residência da UNIFESP é realizado no Hospital São Paulo (HSP), o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo. O hospital é considerado um dos melhores centros formadores de médicos, já com 77 anos de atividade.

No HSP o residente passa por enfermarias e ambulatórios, plantões em pronto-socorro e UTI. Além disso, também conta com diversas programações teóricas e apoio à produção científica.

Unicamp

O Hospital de Clínicas da Unicamp constitui-se um dos pilares de excelência da saúde pública do Estado de São Paulo. Além de ser centro de referência nacional em serviços terciários, é também considerado um dos maiores hospitais universitários do país.

O programa de residência médica da Unicamp é um dos mais concorridos do país. O residente passará por estágios em enfermarias, pronto socorro, UTI, centro de endoscopia e ambulatórios. 

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Fundada em 1949, a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) é uma sociedade sem fins lucrativos que promove e representa a especialidade no Brasil.

A instituição emite o Título de Especialista em Gastroenterologia,
conforme normas estabelecidas pela AMB e reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Os principais objetivos da FBG são:

  • Promoção de ações que busquem a melhoria da qualidade da atuação dos profissionais médicos na gastroenterologia.
  • Promoção de palestras, seminários e eventos educativos voltados a comunidade médica no sentido de difusão da Especialidade e Divulgação das tecnologias utilizadas no tratamento das doenças do Aparelho Digestivo.
  • Incentivo à pesquisa científica no tratamento e busca de novas tecnologias através de prêmios e fundos de pesquisa.

Conclusão sobre as melhores residências em Gastroenterologia 

Como a escolha da Residência Médica é uma das decisões mais importantes da carreira do profissional, é muito importante conhecer as instituições que oferecem a especialidade almejada. Isso permite que você faça a melhor escolha.

Na hora de escolher as melhores residências em Gastroenterologia, é importante se atentar para programas que ofereçam ampla atuação prática em instituições bem equipadas, além de atendimentos nas mais diversas áreas de atuação.

Como já falamos, o programa de residência da USP, UNIFESP e Unicamp estão entre os mais completos. Além de serem instituições tradicionais e renomadas, estão localizadas em São Paulo, o maior centro de referência em saúde, ciência e tecnologia do país.

Confira o vídeo:

Referências: