Residência Médica

As melhores residências em Urologia

As melhores residências em Urologia

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Listar quais as melhores residências em Urologia no Brasil é uma tarefa difícil. Isso porque, no país, não há uma metodologia que as analise e faça comparações. Entretanto, ao longo desta publicação, você conhecerá um pouco sobre o perfil da especialidade e, principalmente, uma lista com instituições que são referência na área e sempre citadas quando imaginamos as melhores residências em Urologia.

Urologia

A Urologia é uma subespecialidade cirúrgica, na qual o médico está apto a estudar, diagnosticar e tratar as doenças clínicas ou cirúrgicas de todo o trato urinário, feminino e masculino. Além disso, também faz parte do trabalho do urologista lidar com todas as questões inerentes à Andrologia (parte da medicina cujo foco é a saúde do homem).

Os órgãos estudados por essa especialidade são os rins, glândulas supra-renais, ureteres, bexiga urinária, uretra, testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas seminais, próstata e pênis.

Em resumo, a Urologia é uma especialidade multidisciplinar que exige o ensino e treinamento amplo em clínica e cirurgia, com desenvolvimento de habilidades cirúrgicas, endoscópicas, de imagens e microcirúrgicas.

Trata-se de um campo bastante eclético e o profissional, apesar do título de cirurgião, tem diversos caminhos para escolher, inclusive atuar apenas em consultórios ou em ambulatórios.

O médico urologista

A Urologia é uma especialidade que se divide na atuação clínico-cirúrgica, além de abranger uma série de procedimentos terapêuticos e diagnósticos (alguns inovadores).

Em sua rotina, o urologista pode realizar o atendimento clínico de homens e mulheres, desde a infância até a terceira idade. 

Na dinâmica clínica, o profissional vai realizar diagnósticos, tratamentos, cirurgias e rastreamento oncológico. Em alguns casos, ele é o único médico do paciente ao longo de toda a vida adulta, principalmente dos homens. 

Dados publicados pelo Relatório de Demografia Médica de 2018, no Brasil a especialidade possui 5328 médicos (o que representa 1,4%) e o perfil consiste em um profissional de em média 48 anos, 97,4 % são homens (é a 14ª especialidade mais procurada por recém-formados do sexo masculino) e com distribuição de 2,57 profissional a cada 100 mil habitantes. Por região, a quantidade de urologista é irregular e se dá, da seguinte maneira: Norte 4,3%, Nordeste 16,5%, Sudeste 52,2%, Sul 16,9% e Centro-Oeste 10%.

A rotina do urologista

O dia a dia do profissional normalmente é o consultório, onde é possível encontrar pacientes com queixas cirúrgicas. Eventualmente, o urologista também pode dar plantões, seja presencial (normalmente em hospitais públicos, onde as equipes são completas) ou de sobreaviso (normalmente na rede particular).

Na rotina do profissional em urologia é possível manter um padrão de atendimentos bastante diversificado, dada a amplitude da especialidade que migra entre a clínica e a cirurgia constantemente.

O urologista realiza cirurgias de todos os tipos, como cirurgias abertas, laparoscópicas, robóticas (que está cada vez mais difundida!) e mantém o raciocínio clínico apurado na investigação diagnóstica, quando atende pacientes eletivos com as mais variadas queixas.

Normalmente, o urologista consegue se encaixar em uma dessas áreas alinhado com as expectativas pessoais. 

Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é uma associação científica sem fins lucrativos, representativa dos médicos brasileiros especializados em Urologia, especialidade clínica e cirúrgica responsável pelo diagnóstico e tratamento das enfermidades do sistema urinário de ambos os sexos e do sistema genital masculino.

A entidade foi fundada em 13 de maio de 1926 e possui hoje 24 seccionais espalhadas pelo Brasil com a função de coordenar e monitorar a atividade urológica em seus estados. A SBU congrega hoje cerca de 90% dos urologistas brasileiros, ou seja, mais de 4 mil profissionais, que, dentro da entidade, se dividem em nove categorias, desde o aspirante até o honorário.

Missão

  • Ser o alicerce da Urologia brasileira, fornecendo aos seus associados embasamento científico e técnico das normas e condutas éticas adotadas no país.
  • Proporcionar educação continuada aos seus membros e também trabalhar a defesa profissional.
  • Atuar junto aos órgãos governamentais a fim de ajudar na elaboração de políticas voltadas para a saúde urológica e do homem.
  • Municiar os leigos com informações fidedignas sobre o setor, esclarecendo a população quanto aos problemas urológicos.

Visão

  • Congregar 100% dos urologistas do país.
  • Ser uma referência constante do governo federal no que se refere à Urologia.
  • Conquistar uma remuneração digna no meio público e privado para os urologistas.
  • Conquistar junto aos veículos de comunicação mais espaço para a discussão das doenças urológicas de forma a alertar a importância da prevenção.

Mercado de trabalho

O número de urologistas tem crescido no Brasil nos últimos anos, em velocidade acima do crescimento populacional. Dessa forma, torna-se uma especialidade bastante visada pelos recém-formados, principalmente por médicos do sexo masculino.

A atuação profissional do urologista divide-se entre o Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e a rede privada, como em qualquer especialidade. Apesar de ser grande o número de pacientes que buscam atendimento por meio de convênios, ainda há um equilíbrio no ganho, pois a remuneração dos procedimentos urológicos é satisfatória em relação às outras especialidades.

Um dos grandes desafios do urologista é dispor de todo equipamento radiológico necessário para o diagnóstico de certas patologias e o manejo dos casos.

Para o urologista, também existe a possibilidade de seguir com os estudos e investir em uma subespecialização ou um programa de fellowship fora do Brasil. 

Área de atuação

A urologia é uma especialidade bastante abrangente que possibilita ao residente estudar diversas entidades patologias, de casos simples a complexos, com perspectivas de cura ou não, necessidade de intervenção cirúrgica ou não…

As principais áreas de atuação clínicas e cirúrgicas, são: 

Transplante renal

No Brasil, o urologista é o médico responsável por esse procedimento, assim como o tratamento das possíveis complicações cirúrgicas. 

Uro-oncologia

A incidência de câncer urológico é grande, sendo o de próstata o mais prevalente entre os homens, mas o urologista também trata os tumores malignos nos rins, bexiga, testículo, ureteres e pênis. Na prática clínica, é responsabilidade desse profissional fazer o rastreamento do câncer de próstata com exames anuais, além de atentar para as queixas que podem levar ao diagnóstico da doença em outros órgãos. 

Todos os tumores urológicos incluem em seu tratamento algum procedimento cirúrgico e, por isso, o urologista é fundamental na cura do paciente. O seguimento da doença também é feito por ele, mas há possibilidade de haver relação multidisciplinar com radioterapeutas e oncologistas. 

Uropediatria

Essa subespecialidade envolve o atendimento a crianças que apresentam doenças urológicas, muitas vezes diagnosticadas ainda no pré-natal. O diagnóstico precoce, fruto da evolução tecnológica da medicina, tem facilitado cada vez mais o trabalho da uropediatria.

Além de incluir o tratamento clínico de doenças como infecções urinárias, essa subespecialidade lida cirurgicamente com uma série de doenças como tumores renais, malformações congênitas, cálculos renais etc. 

Andrologia

Há uma grande demanda desse grupo de pacientes, que apresenta problemas como ejaculação precoce, doença de Peyronie, disfunção erétil, deficiência androgênica ou hipogonadismo (queda da testosterona, que causa disfunção erétil, perdas musculares e osteoporose). Todas essas doenças são de tratamento clínico, mas, em caso de insucessos, a cirurgia pode ser uma alternativa com bons resultados.

Urologia feminina

É comum que as mulheres tenham perda urinária em função ou não de prolapsos vaginais. Essa queixa, apesar de simples, requer avaliação clínica e estudo urodinâmico para que seja feito o diagnóstico correto e iniciado o tratamento. 

Disfunções miccionais

Esses subespecialistas também são conhecidos como neuro-urologistas, pois está contida nessa área uma parcela de pacientes com trauma raquimedular, mielomeningocele e outras causas neurológicas que afetam o mecanismo miccional. No entanto, essas doenças também podem ter diferentes origens, como diabetes, tuberculose e o próprio envelhecimento.

Infertilidade

O homem tem cerca de 60% de participação nos casos de casais inférteis. A varicocele é a causa mais comum da infertilidade masculina e pode ser corrigida com cirurgia feita por um urologista. Essa mesma técnica é aplicada nos pacientes que passaram por vasectomias e desejam realizar a reversão da cirurgia.

Além disso, na questão do planejamento familiar, cabe ao urologista triar, indicar e realizar a cirurgia de vasectomias em casais que não desejam mais engravidar.

Remuneração

De acordo com a pesquisa salarial da Catho Online, a média salarial para um cargo de médico Urologista no Brasil é de R $9.567,80, embora não tenha sido informado a quantidade de profissionais entrevistados. 

Atualmente, as melhores propostas de trabalho estão nas cidades de grande e médio porte no interior do país, com maior concentração profissional na cidade de São Paulo.

De todo modo, a remuneração, em linhas gerais, depende da experiência do profissional e da área de atuação.

Residência médica em urologia

A residência médica em urologia tem duração de três anos e o ingresso exige a conclusão do programa de Cirurgia Geral credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica/Ministério da Educação (CNMR/MEC), com duração de dois anos. Ou seja, para receber o título de urologista clínico, o profissional após a graduação, deve cursar ao todo cinco anos de residência médica.

Essa é uma especialidade de conhecimento abrangente, que exige muito treinamento em clínica e cirurgia, com desenvolvimento de habilidades cirúrgicas, endoscópicas, de imagens e microcirúrgicas.

O residente aprende por meio de aulas, discussões de casos, reuniões clínico-patológicas e seminários. Essa parte teórica corresponde a até 20% da carga horária da residência. A maior parcela do tempo é usada para o treinamento prático, feito com simuladores e atendimentos supervisionados. 

A rotina do residente divide-se em atendimento ambulatorial, cirurgias, visitas em enfermaria, interconsultas de problemas urológicos de pacientes de outras clínicas e cuidado com os pacientes de urgência. 

Segundo a Demografia Médica de 2018, havia 521 médicos residentes em atuação, destes 233 R1, 167 R2, 112 R3 e 9 em Ano opcional. Esse número representa 1,5% dos residentes brasileiros. Todavia, em 2018 haviam, autorizadas pelo CNRM, 746 vagas. 

Objetivo

Formar e habilitar médicos na área da Urologia clínica e cirúrgica com competências que os capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Urologia e dominar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade, assim como conhecer as opções não operatórias e desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica, tornando-o progressivamente responsável e independente.

Matriz de competências

A SBU procura garantir uma formação completa e abrangente ao residente em urologia. Nesse sentido, por meio da Comissão de Ensino e Treinamento (CET) e da CNRM, ampliaram o programa para três anos.

Além disso, a CET deliberou e aprovou as Normas para Credenciamento junto à SBU e ainda estabeleceu um Programa Mínimo de Residência Médica em Urologia, que deve ensinar, treinar e qualificar os residentes para as seguintes áreas dentro da especialidade:

  • Andrologia
  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
  • Endourologia e Laparoscopia
  • Imagem em Urologia, Biópsias Dirigidas
  • Litíase e Litotripsia
  • Transplante Renal
  • Urologia Feminina
  • Urologia Geral
  • Uroneurologia e Urodinâmica
  • Uro-oncologia
  • Uropediatria

Em 2018, a CNRM publicou a Matriz de Competências esperada por ano de atuação do médico residente.

Subespecialidades

Segundo o Relatório de Demografia Médica de 2018, havia 04 subespecialidade autorizadas pelo CNRM:

  • Andrologia
  • Uroginecologia
  • Urologia pediátrica
  • Endourologia

Diante da evidência de que nas últimas décadas, a área da urologia tem passado por grandes progressos em termos de conhecimento e técnicas, alguns profissionais optam por complementar a formação no exterior, nas chamadas “fellowships”.

Melhores residências em Urologia

Independente da especialidade desejada, a escolha de qual programa de residência médica seguir é uma etapa fundamental na formação do médico. Sendo assim, é de suma importância que pesquise sobre as instituições que oferecem a especialidade escolhida e opte por aquelas que atendam as demandas pessoais para uma boa formação, suas necessidades e a satisfação profissional. 

A SBU divulga em seu portal, a lista atualizada com todos os programas de residência médica credenciados e reconhecidos pela instituição. 

Definir quais as melhores residências em Urologia é uma tarefa que pode ser delicada, pois o Brasil não conta com metodologia única que faça a análise e comparação dos programas. Desse modo, listamos abaixo, algumas instituições com boas referências no setor: 

  1. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP – https://www.fcm.unicamp.br/
  2. FACULDADE DE MEDICINA DA USP – http://www.fm.usp.br/fmusp/portal/
  3. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO – UFC – http://www2.ebserh.gov.br/web/huwc-ufc/inicio 

O HUWC-UFC por três anos seguidos foi definido, pela SBU, como o melhor programa de residência médica do Brasil em urologia.

Confira o vídeo:

Referências

  1. Urologia: residência, áreas de atuação, rotina e mais!
  2. Relatório de Demografia Médica de 2018
  3. Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
  4. SBU – Programas de residência médica
  5. SBU – Lista de programas de residência atualizados e credenciados
  6. Hospital Universitário Walter Cantídio: melhor residência em urologia