Anúncio

Meningococcemia: o que você precisa saber

Índice

EXCLUSIVO PARA MÉDICOS

Primeira parcela por R$ 99

Garanta sua vaga de 2026 com o valor de 2025! Oferta válida até 06/01

Dias
Horas
Min

A meningococcemia é uma infecção causada pela Neisseria meningitidis, sendo responsável por eventos epidêmicos em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Por isso, trata-se de uma das doenças imunopreveníveis mais temidas.

Epidemiologia

Entre crianças e adultos jovens a meningococcemia é, certamente, uma causa relevante de meningite epidêmica e sepse não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Dentre os sorogrupos da N. meningitidis (13), o A é o responsável pela maioria das doenças meningocócicas em países em desenvolvimento.

Fatores de risco importantes para a meningococcemia são a desnutrição, pobreza, falta de saneamento básico, doenças imunossupressoras, como HIV, disfunção esplênica e exposição ativa e passiva à fumaça do tabaco.

Apesar de o sexo masculino correr um risco maior de infecção do que o sexo feminino, esse último está associado à uma taxa de mortalidade maior do que o primeiro.

Transmissão

A transmissão da doença meningocócica pode ser através de contato pessoa a pessoa, através de secreções respiratórias de pessoas infectadas, mesmo que assintomáticas.

Manifestações clínicas da meningococcemia

A doença meningocócica ocorre dentro de cerca de 2 semanas de exposição.

Além disso, cerca de 1 em 4 casos da doença meningocócica apresenta septicemia meningocócica, que é a conhecida meningococcemia.

Inicialmente, a apresentação típica de meningite por N. meningitidis envolve:

  • Início súbito de febre
  • Hipotensão
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Cefaleia
  • Diminuição da capacidade de concentração
  • Em casos graves, osteonecrose devido secundária DIC
  • Mialgias em paciente saudável

Sobre a mialgia, pode ser um importante sinal diferencial e, normalmente, intenso.

Apresentações sistêmicas

Por outro lado, apresentações sistêmicas comuns são a erupção cutânea petequial, púrpura ou maculopapular e artrite. Tais erupções são são observadas, inclusive, nas mucosas e predominantemente em extremidades, mas são comuns em todo o corpo.

É válido ter em mente que fatores importantes que estão associados à morte são:

  • Coma ou hipotensão
  • Leucopenia ou plaquetopenia
  • Ausência de meningite

Existe uma dificuldade na identificação da doença meningocócica. Isso se deve às características clássicas da doença como erupção hemorrágica, comprometimento de consciência e o meningismo (tríade rigidez de nuca, dor de cabeça e fotofobia) serem tardios.

Diante disso, sinais preocupantes devem ser um foco de atenção seu, como médico(a). Isso é explicado por muitas características clínicas iniciais dos pacientes são pouco específicos, e por esse motivo, parecido com outras doenças virais. Tais sinais alarmantes são:

  • Dor nas pernas
  • Mãos e pés frios
  • Cor da pele anormal (palidez ou manchas)

Diagnóstico da meningococcemia

O padrão ouro para identificar a infecção meningocócica é o isolamento bacteriológico da N. meningitidis em fluidos corporais estéreis, como sangue, líquido cefalorraquidiano (LCR): permite a contagem e o diferencial das células, traduzindo o processo infeccioso e orientando a suspeita clínica. Outros menos coletados são o líquido sinovial, pleural e pericárdico.

Em alguns casos, o exame de Gram nas lesões cutâneas pode identificar a bactéria. É importante ressaltar ainda que coletar secreção nasofaríngea é contra-indicado, já que indivíduos sãos podem apresentar o meningococo.

Exames como gasometria, coagulograma e hemograma podem estar alterados e pouco acrescentam no diagn´óstico. Porém, ainda assim, devem ser avaliados.

Diagnóstico diferencial

Os principais diagnósticos diferenciais da meningococcemia são principalmente a sepse de outras etiologias, febres hemorrágicas (dengue, febre amarela, hantavirose), febre maculosa e leptospirose.

Tratamento da meningococcemia

O tratamento da meningococcemia deve ser feito imediatamente à chegada do paciente no hospital, através de um internamento e injeção de antibióticos intravenosos.

O antibiótico de escolha é o Ceftriaxona 2g de 12h em 12h, por um período de 7 dias no adulto. No entanto, a orientação varia para crianças.

Recomendação de antibioticoterapia para casos de doença meningocócica. Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, Vol. 1.

Referências

  • Michael Apicella, MD. Clinical manifestations of meningococcal infection. Disponível em: < https://bit.ly/3loJfPt >.
  • Fabrizio Motta. Doença Menigocócica, quadro clínico, diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível: < https://bit.ly/3ljKKOY >.
  • Doença Meningocócica. Guia de Vigilância em Saúde, Vol. 1. Disponível em: < https://bit.ly/3E9Sfzt >.
  • Shimon Takada. Meningococcemia in Adults: A Review of the Literature.

Compartilhe este artigo:

Primeira parcela por R$ 99

Garanta sua vaga de 2026 com o valor de 2025! Oferta válida até 06/01

Anúncio