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A tecnologia na medicina está transformando os cuidados com a saúde e a forma como os médicos se relacionam com os pacientes e suas doenças. Nesse contexto, existem diversos aparelhos que, apesar de muito recentes e sujeitos ainda a testes confirmatórios de eficácia, já auxiliam os médicos em seu trabalho e têm um futuro promissor no diagnóstico e no tratamento de doenças. Apresentamos-lhe alguns deles:
1- Aplicativos para monitoramento remoto
Nesse caso, a medicina esportiva é a que mais se beneficia com o desenvolvimento desses aparelhos. Aplicativos para o monitoramento remoto, como o Fitbit, Blaze, GymWatch e Wahoo, podem ser usados nos esportes de alto rendimento a fim de captarem dados com extrema precisão e possibilitarem que médicos do esporte ajustem tratamentos e auxiliem no treinamento cada vez mais personalizado para atletas. Além disso, tais resultados podem também ser úteis para revelar uma visão global do paciente, sendo possível a prevenção de lesões e de deficiências nutricionais.
2- Impressoras 3D
As impressoras 3D podem fabricar equipamentos médicos, próteses, ou até mesmo medicamentos. A previsão é de que consigam, no futuro, criar tecidos com vasos sanguíneos, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem da orelha, pele sintética, órgãos e trajes inteligentes.
3- Análise de imagens de radiologia com inteligência artificial
O uso de algoritmos de inteligência artificial para análise de imagens de radiografia é um recurso que já existe e tem um grande potencial de crescimento. O TensorFlow, por exemplo, do Google, é um sistema de análise diagnóstica e telemedicina capaz de identificar e sinalizar anomalias em exames. A expectativa é de o aprendizado de máquinas (machine learning) realizar tarefas técnicas e repetitivas que, atualmente, são feitas por radiologistas. Além do TensorFlow, ainda existe o Medical Sieve, da IBM, e o Arterys.
4- Biópsias fluidas
O spin-off da Illumina, denominado GRAIL, tem desenvolvido biópsias fluidas, que são exames de sangue capazes de detectar todos os tipos de câncer desde um estágio muito inicial. Outros projetos em andamento que visam a detecção e/ou o combate ao câncer são o Deepmind Health do Google e o Hanover da Microsoft, que reúne as pesquisas existentes para ajudar a prever quais drogas e quais combinações são mais eficazes contra o câncer.
5- PillCam
A PillCam consiste, basicamente, numa cápsula descartável contendo uma câmera, que é engolida pelo paciente como um comprimido. Esta permite a visualização do esôfago, intestino delgado e cólon, sendo possível o diagnóstico de distúrbios do trato gastrointestinal sem a realização de sedação ou de procedimentos endoscópicos invasivos.
6- Watson
O Watson é um algoritmo desenvolvido pela IBM que auxilia no tratamento do câncer. Atua utilizando tecnologia cognitiva, baseando-se em evidências, na literatura científica e nos dados clínicos e genéticos do paciente, para indicar os possíveis tratamentos, além do grau de risco de cada um e os efeitos colaterais. A inteligência artificial não toma a decisão pelo médico nem indica a melhor, fornecendo apenas as informações necessárias para a conduta terapêutica a uma rapidez e eficiência maior.
7- Bisturi iKnife
Desenvolvido por Zoltan Takats, do Imperial College of London, o iKnife é um bisturi conectado a um espectrômetro de massa que cauteriza o tecido durante a cirurgia e analisa os compostos químicos presentes na amostra biológica da fumaça produzida, permitindo a detecção de tecidos cancerígenos. Desse modo, cirurgiões podem fazer a excisão mais precisa de um tumor.
8- Prontuário eletrônico
O prontuário eletrônico é uma ferramenta responsável por conciliar todas as informações sobre o estado clínico do paciente, otimizando o seu atendimento. É possível armazenar desde a história clínica até os procedimentos realizados do paciente e esses dados estão disponíveis para consulta de evolução de prognóstico e podem ser acessados em qualquer lugar do mundo a qualquer horário, por serem armazenados na nuvem.
9- Robôs para cirurgia
A cirurgia robótica assistida aumenta a habilidade do cirurgião e permite procedimentos menos invasivos. Dessa maneira, há um menor risco de intercorrências e um menor tempo de recuperação do paciente.
10- Exoesqueleto
A Samsung recentemente patenteou um exoesqueleto equipado com sensores que detectam os movimentos dos músculos, permitindo que pessoas com membros parcialmente paralisados possam realizar novamente os movimentos.
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O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.
Observação: esse material foi produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido.
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