Residência Médica

Perguntas mais frequentes sobre Residência Médica

Perguntas mais frequentes sobre Residência Médica

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Índice

Tem perguntas sobre residência médica? Você chegou no lugar certo. Esse artigo tem como objetivo sanar suas principais dúvidas sobre essa modalidade de ensino. Vamos nessa? 

Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que a residência médica consiste em uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização.

Essa especialização é realizada em instituições de saúde como hospitais-escola e duram, no mínimo, dois ou três anos. 

O ingresso em um programa de residência médica acontece mediante aprovação em processo seletivo. Durante a residência, os residentes realizam atividades profissionais remuneradas sob a orientação de médicos especialistas. Os residentes também passam por uma carga horária teórica de 60 horas semanais.

Perguntas frequentes mais gerais sobre residência médica 

Muitos médicos ainda têm dúvidas sobre a Residência Médica. Reunimos nesse texto respostas para os questionamentos mais comuns. 

É obrigatório fazer residência? 

Não é obrigatório! Só faz residência médica quem quer se especializar. O fato de não fazer não implica no exercício da profissão. Afinal, para atuar como médico generalista o profissional precisa ter graduação completa e CRM. 

O que é ser um médico especialista? 

Em linhas gerais, o médico especialista é aquele que fez uma especialização em uma área específica da medicina. Dessa forma, ele está apto para atender pacientes com problemas nesta área que estudou.

O que precisa para se tornar um especialista? 

Para se tornar um médico especialista reconhecido pelo CFM o médico deve possuir:

  • respectivo título de especialista, mediante aprovação em prova de título do conselho da especialidade almejada;
  • certificado de conclusão de residência médica, nos termos do art. 4 da Resolução CFM n. 1.634/2002

No primeiro caso, o profissional, normalmente, passa por um curso de pós graduação em medicina antes da prova. 

Quais as diferenças entre pós-graduação em medicina e residência médica?

A residência médica trata-se de um curso de especialização (lato sensu) gerenciado pelo MEC. É o padrão ouro da medicina e durante os programas o profissional adquire conhecimento técnico e científico na especialidade através de capacitação na prática. Ao final, o médico já é considerado especialista na área da capacitação. 

Já os cursos de pós-graduação funcionam mais como uma continuação nos estudos da medicina. Esses cursos são muito buscados por quem visa ganhar mais segurança e domínio na prática médica. Ao final, o médico só será especialista após aprovação em prova de título. 

Como é a prova de residência médica?

Depende da instituição em que o médico deseja cursar a residência. Cada processo seletivo tem suas particularidades, é possível ter até mais de duas etapas de avaliação. Mas, normalmente, os profissionais passam por uma prova de múltipla escolha e por avaliação de currículo. 

Porém, também tem seleções que contam com provas discursivas, prática e até com etapa de entrevista ao candidato. 

Como é a entrevista? 

No geral, as perguntas feitas têm relação com a escolha da especialidade (leia e pense muito sobre a sua formação!).

As pontuações das entrevistas não são discrepantes – até para evitar processos judiciais que questionem a seleção dos candidatos. O importante mesmo é focar na prova.

A residência médica tem remuneração? 

Durante o programa, é previsto o pagamento de uma bolsa de residência médica no valor de R$4.106,09. 

Leia mais: Bolsa de Residência Médica: tudo o que você precisa saber

Há possibilidade de fazer plantões por fora?

A bolsa residência é a única remuneração prevista durante o programa. Além disso, o CNRM proíbe o plantão de sobreaviso para Médicos Residentes no âmbito da Residência Médica (segundo a resolução nº4 de 2010).

Art. 1º O plantão presencial do Médico Residente sob supervisão de preceptor capacitado é a única modalidade de plantão reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica.

Art. 2º Consideram-se irregulares, no âmbito do programa de residência médica, outras modalidades de plantão, incluindo os de sobreaviso, a distância, acompanhados ou não por preceptores.

RESOLUÇÃO CNRM Nº 4, DE 12 DE JULHO DE 2010

Como é essa questão de plantão e os residentes na prática? 

Apesar da proibição, é muito frequente encontrar residentes trabalhando em plantões externos à residência, em plantões de Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) e outros prontos-atendimentos.

Muitos fazem isso para pagar contas, usando o tempo livre, que seria de descanso, em mais horas trabalhadas . 

Precisa fazer curso para se preparar para prova de residência médica? 

Você não é obrigado a fazer um curso preparatório para residência médica. Porém, um curso pode fazer a diferença para sua aprovação. Isso porque o curso oferece os materiais necessários para facilitar a revisão e absorção de conteúdos que são cobrados na seleção. 

Além disso, o plano de estudo vai te direcionar por onde começar a estudar, como fixar os conteúdos e a identificar em que passo esta a sua aptidão para a  prova. 

Vale a pena conferir as opções de cursos para residência médica da Sanar. Temos vários opções e condições exclusivas de compra

Compensa fazer um Curso de Residência de curta duração ara prestar prova em novembro?

Na Sanar, os cursos de curta duração são chamados de Intensivo. Essa modalidade é indicada para quem já vem estudando para prova e quer apenas um reforço mais focado. Ou seja, se vai começar a preparação do zero pule fora. 

Existe idade ideal para fazer residência médica? 

Vale a pena fazer Residência independente da sua idade. Porém, essa decisão de quando entrar em um programa depende das suas pretensões de carreira e do seu propósito de vida.⠀

A longo prazo compensa financeiramente para quem faz Residência. No entanto, tem muita gente que precisa de renda no curto prazo e acaba optando por trabalhar logo após a faculdade, e até tentar outras formas de potencializar a carreira, como a pós-graduação.⠀

Mas se o seu sonho é fazer a Residência, se joga! Sempre dá tempo.

É melhor entrar na Residência com mais experiência prática ou entrar direto do internato?

Depende do seu objetivo. Tem médicos que preferem “pegar mão” com a prática um ou dois anos antes de ir para a residência. Mas tudo bem ir direto do internato.

Não faz muita diferença ter trabalhado um ou dois anos, exceto se isso for um plano para fazer uma grana extra.

Perguntas sobre residência médica sobre as instituições

Após sanar as dúvidas mais comuns sobre a residência, você pode ter questionamentos mais específicos para te ajudar a escolher a instituição em que quer fazer o programa. Por isso, reunimos respostas para possíveis questionamentos nessa temática. Confira:

Quais são os melhores locais para Residência Médica?

Não existe muito essa de qual o melhor lugar para especialidade x,y,z. O que existe são grandes instituições e onde podemos ter mais recursos e quais são esses recursos necessários ao aprendizado:

  • Presença de staff de alta qualidade e comprometidos com ensino,
  • Número de leitos,
  • Casos graves e raros para otimizar o aprendizado,
  • Tecnologia e equipamentos,
  • Recursos de imagem e exames.

Vale a pena tentar conversar com alguém para saber como é a Residência no hospital x,y,z.

É bom fazer em um hospital exclusivo da especialidade almejada?

É melhor fazer residência em hospitais gerais para ver a especialidade como um todo dentro das demais áreas e com menos vieses. Melhor ainda quando você tem rodízios em hospitais gerais e específicos da sua área, pois a formação fica ainda mais rica.

Fazer residência médica é melhor em hospitais escola?

A Residência tende a ser melhor em hospitais escola pela complexidade dos pacientes, e pelo comprometimento do staff com o ensino.

É vantajoso fazer residência no hospital escola da sua faculdade?

Não há grande vantagem em fazer residência onde você já está acostumado (exceto se o lugar for muito bom, né?).  Sair da zona de conforto, conhecer outros serviços e realidades enriquece você profissionalmente e pessoalmente. Aproveite para viver essa experiência.

Há vantagem em fazer residência em uma instituição renomada? 

Ao estudar em uma ‘instituição renomada’,  você tem a vantagem do currículo “eterno” (você fez Residência lá e isso ninguém tira). 

Você também tem uma boa rede de contatos: geralmente os chefes dessas Residências chefiam outros locais de trabalho excelentes.

Você terá inúmeras oportunidades de pesquisa e de doutorado, e claro, a excelência do aprendizado e o alto nível dos staff e colegas. 

Perguntas extras sobre residência médica

Quer saber sobre maternidade durante a residência ou outro ponto extra? Também trouxemos informações para você.

É possível ter filhos durante a residência? Tem licença maternidade? 

Se você engravidou (ou se sua companheira engravidar) durante a residência, então você terá direito à licença a maternidade/paternidade.

De acordo com a Lei da Residência (Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e atualizações), o médico residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS como contribuinte individual e tem direito, conforme o caso, à licença paternidade de 5 ou à licença maternidade de 120 dias (combinados entre a preceptoria e a/o residente).

Leia mais: É possível ter filhos durante a Residência Médica?

Fazer residência em um determinado hospital traz vantagem na hora de conseguir um emprego?

Alguns hospitais facilitam para quem foi ex-residente de lá, principalmente os privados.  Afinal, você teve o tempo de duração do programa para mostrar o seu trabalho junto com os chefes da Residência.

Já os hospitais públicos fazem a contratação via concurso, então não muda muito ter feito Residência por lá.

Quais hospitais são bons para escolher pela prova SUS-SP para a Residência de Clínica, Cirurgia e Psiquiatria?

Bons hospitais do SUS dependem muito da especialidade. A melhor forma de escolher é mirar nos maiores. Não são necessariamente os melhores, mas tendem a ser muito bons pela diversidade de pacientes, casos, número de profissionais e equipamentos. 

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