O Transtorno da Personalidade Antissocial (TPA) é uma doença que atinge, geralmente, indivíduos no início da vida adulta, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Pessoas com esse transtorno da personalidade ignoram normas de comportamento e convívio social e tomam atitudes impulsivas e irresponsáveis. Muitas vezes também cometem atos ilegais.
O TPA pode ser caraterizado por uma carência de empatia e dificuldade do indivíduo em se adequar às regras sociais. As causas deste transtorno ainda são desconhecidas.
O Transtorno de Personalidade Antissocial é mais comum em homens do que em mulheres e a maioria dos pacientes apresenta também uma tendência ao uso de substâncias ilícitas. A incidência relatada varia, mas provavelmente é de 1 a 3,6% da população em geral, e há um forte componente hereditário. A prevalência diminui com a idade, sugerindo que os pacientes podem aprender ao longo do tempo a mudar seus comportamentos maladaptativos e tentar construir uma vida.
Ainda não se sabe com exatidão, quais são os fatores que causam o Transtorno da Personalidade Antissocial, mas há indícios de que a genética esteja envolvida no desenvolvimento da doença.
Outra causa muito provável é o ambiente em que o paciente foi inserido desde a infância. Crianças que sofrem abusos sexuais estão mais propensas a desenvolverem o transtorno na vida adulta, assim como pessoas que conviveram com pais alcoólatras, violentos ou também antissociais.
Uma característica essencial do TPAS é a impulsividade, que poderia ser definida como uma tendência para escolhas de comportamentos que são arriscados, mal adaptados, pobremente planejados e prematuramente executados. A impulsividade pode se expressar de diferentes maneiras, que vão desde a incapacidade de planejar o futuro, com o favorecimento de escolhas que proporcionem satisfação imediata e sem levar em conta as consequências para si e para os outros, até a ocorrência de comportamento violento ou agressivo.
Não há remorso pelas ações. Pacientes com transtorno de personalidade antissocial podem explicar suas ações culpando aqueles que eles prejudicam (p. ex., eles mereciam) ou a forma como a vida é (p. ex., injusta). Eles estão determinados a não serem intimidados e fazem o que eles acham que é melhor para si mesmos a qualquer custo.

Para o diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial, os pacientes devem ter
- Desprezo persistente pelos direitos dos outros
Esse desprezo mostra-se pela presença de ≥ 3 dos seguintes fatores:
- Incapacidade de adequar-se às normas sociais com relação a comportamentos ilícitos, indicada pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção;
- Propensão para enganar, mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar para obter vantagens pessoais ou prazer – golpes;
- Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;
- Irritabilidade e agressividade, sem empatia;
- Desrespeito a própria segurança própria e alheia;
- Irresponsabilidade consistente, indicada por repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistência ou honrar obrigações financeiras;
- Ausência de remorsos, indiferença pela racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado alguém (é mais que a falta de empatia).
Não há evidências de que qualquer tratamento específico resulte em uma melhoria de longo prazo. Assim, o tratamento visa alcançar outro objetivo a curto prazo, como evitar consequências legais, em vez de mudar o paciente. Manejo de contingência (dar ou recusar o que os pacientes querem com base em seus comportamentos) é indicado.
Pacientes agressivos com impulsividade proeminente e afeto variável podem se beneficiar do tratamento com terapia cognitivo-comportamental ou fármacos (p. ex., lítio, valproato, inibidores seletivos da recaptação da serotonina [ISRS]). Antipsicóticos atípicos podem ajudar, mas há menos evidências sobre sua utilização.
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Perguntas frequentes:
1 – Quais suas características?
É caracterizado por um padrão generalizado de descaso com as consequências e direitos dos outros.
2 – Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é por critérios clínicos.
3 – Como é feito o tratamento?
O tratamento pode incluir terapia cognitivo-comportamental, fármacos antipsicóticos e antidepressivos.
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