O transtorno do pânico (TP) é um tipo particular de resposta ao medo. No transtorno do pânico, o individuo tem ataques de pânico recorrentes e inesperados e está sempre preocupado com a possibilidade de desenvolver novos ataques. Para de fazer exercício e frequentar locais que não são familiares. São ataques abruptos de medo / desconforto intensos acompanhado de sintomas físicos e / ou cognitivos. Os ataques podem ser esperados ou inesperados (não ocorrem por uma razão aparente).
Reconhecer o transtorno do pânico é uma habilidade do médico generalista, uma vez que muitas vezes esses pacientes buscam serviços de emergência se queixando de sintomas somáticos.
Epidemiologia
É uma patologia muito prevalente. Seu pico de acometimento é em adultos com menos de 45 anos. Geralmente associada a alguma outra doença psiquiátrica, como agorafobia.
Causas
O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância ou depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis de desenvolver TP.
Sinais e sintomas
É um pico de ansiedade. O indivíduo tem convicção tem que alguma patologia: tem dor torácica isquêmica psicogênica e acha que está infartando; no momento atual, acha que tem Covid-19 e vai desenvolver um quadro grave (pode ter dispneia devido a ansiedade e acha que tem Covid. É muito comum em médicos, pois eles têm conhecimentos de doenças.
É diferente de uma psicose, que tende a ser fugaz, o paciente pode renunciar essa convicção. O termo pânico deve ser utilizado com cautela, pois popularmente um paciente com esquizofrenia, por exemplo, é dito como em estado de pânico. O pico de ansiedade é o episódio de pânico, que pode trazer como prejuízo como novos picos de ansiedade e uma fobia (deixa de fazer coisas que faiza por receito de gerar um novo episódio – exemplo: deixa de realizar exercícios físicos).
Pode levar ao uso excessivo de drogas (álcool, medicamentos prescritos ou drogas ilícitas).
Diagnóstico transtorno do pânico
Critérios do DSM-V para o transtorno do pânico:
- Ataques de pânico recorrentes e inesperados.
- Pelo menos um dos ataques foi acompanhado de um mês ou mais dos seguintessintomas:
- Preocupações persistentes com ataques adicionais ou suas consequências (ex.perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque
cardíaco); - Uma alteração mal adaptativa significante no comportamento em relação ao ataque (ex.: comportamentos voltados para evitar o ataque de pânico, evitar exercícios ou ambientes não familiares)
- Preocupações persistentes com ataques adicionais ou suas consequências (ex.perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque
- Os ataques de pânico não são devidos ao efeito fisiológico de uma substância (ex.: medicação ou drogas ilícitas) ou
outra condição médica (ex.: hipertireoidismo ou distúrbios cardiopulmonares) - Os ataques de pânico não são devidos outro transtorno mental
Critérios ataque de pânico
Surgimento abrupto de medo e desconforto intensos, que atingem um pico em alguns minutos e durante os quais ocorrem quatro ou mais dos sintomas abaixo:
- Palpitações, coração pulsando forte ou acelerado
- Sudorese
- Tremor
- Sensação de falta de ar ou de fôlego
- Sensação de desmaio
- Náusea ou desconfortoabdominal
- Parestesia
- Dor ou desconforto no peito
- Calafrios ou sensação de calor
- Desrealização (sentimentos de irrealidade)
- Despersonalização (sentindo-se fora de si mesmo)
- Medo de perder o controle ou enlouquecer
- Medo de morrer
Tratamento
Algumas pessoas se recuperam sem tratamento, particularmente, quando continuam a confrontar as situações nas quais os ataques de pânico ocorreram. Para outras, sobretudo sem tratamento, o transtorno de pânico segue um curso crônico e flutuante.
Muitos fármacos podem evitar ou reduzir bastante a ansiedade antecipatória, a esquiva fóbica e o número e a intensidade dos ataques de pânico:
- Antidepressivos.
- Benzodiazepínicos.
Os ataques de pânico costumam recorrer quando os fármacos são suspensos.
Diferentes formas de psicoterapia são eficazes.
A terapia de exposição, na qual o paciente confronta o que teme, ajuda a diminuir o medo e as complicações ocasionadas pela esquiva apreensiva. Por exemplo, pacientes que temem desmaiar são solicitados a rodar em uma cadeira ou a hiperventilar até que se sintam tontos ou como se fossem desmaiar, aprendendo assim que não desmaiarão durante uma crise.
A terapia cognitivo-comportamental inclui ensinar os pacientes a reconhecerem e controlarem seus pensamentos distorcidos, crenças falsas e a modificar seu comportamento de modo que seja mais adaptativo.
A minoria das pessoas tem remissão completa sem recaída subsequente em poucos anos.
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