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Os feocromocitomas consistem em tumores compostos de células cromafins que sintetizam e liberam catecolaminas.
Você já ouviu falar sobre os tumores feocromocitomas? Para te ajudar a compreender melhor esse assunto, a Sanar reuniu as principais informações sobre o tema.
Quais as principais manifestações clínicas do ferocomocitoma?
No geral, devido a produção excessiva de catecolaminas, esses pacientes apresentam crises hipertensivas. Em pacientes diagnosticados, os principais sintomas são:
- Hipertensão
- Palpitações
- Cefaleia
- Ansiedade
- Sudorese
- Palidez
Como essas manifestações são comuns com outras patologias, o diagnóstico é difícil, o que prejudica o prognóstico do paciente. Os pacientes com esse tipo de neoplasia tendem a apresentar crises hipertensivas severas, potencialmente letais.
Dessa forma, é necessário realizar uma boa investigação em pacientes que não melhoram das crises hipertensivas mesmo com medicamentos.
Vale salientar que, no geral, esses tumores são benignos, e quando diagnosticados precocemente diminuem o quadro de mortalidade provocadas pela hipertensão arterial.
Como diagnosticar um ferocomocitoma?
O diagnóstico deve ser pensado para todos os pacientes que apresentem hipertensão intermitente e resistente. Portanto, no exame clínico é possível perceber:
- Crises hipertensivas
- Alterações no exame de fundo de olho
Nos exames de imagem, você pode solicitar para identificar o tumor:
- Ressonância magnética
- Tomografia computadorizada
- Ultra-sonografia abdominar
- Cintilografia
Na imagem em A é possível ver uma RM em corte sagital. Observa-se uma massa (seta) deslocando a veia cava inferior anteriormente (ponta de seta). Esse deslocamento da cava é geralmente observado com tumores surgindo na glândula adrenal.
Já a imagem B é uma RM em corte coronal, sendo possível observar uma grande massa no leito adrenal direito (seta), superior ao rim. A baixa intensidade do sinal no centro é causada por hemorragia no tumor.
Tratamento
No geral, o tratamento cirúrgico é a primeira escolha de conduta terapêutica definitiva. Contudo, quando esse tratamento cirúrgico não é possível, o tratamento clínico pode reduzir o número de crises hipertensivas e as lesões de órgãos-alvo, o que melhora a expectativa de vida do paciente.
Nessa cirurgia ocorre a remoção total do tumor. A maioria dos pacientes submetidos a cirurgia apresenta remissão total dos sintomas.
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Referência bibliográfica
MALACHIAS, M. V. B. Feocromocitoma – diagnóstico e tratamento. 2003. Revista Brasileira de hipertensão.
William F Young. Apresentação clínica e diagnóstico de feocromocitoma.