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A Fibrilação atrial (FA) é uma arritmia cardíaca supraventricular que causa desordem elétrica e consequente perda de contração atrial efetiva.
Estaremos abordando nos próximos tópicos as suas particularidades clínicas, o manejo assistencial e a associação do uso de fármacos para a prevenção de doenças subjacentes.
Por fim, será apresentado as formas de tratamento alternativas e suas correlações na associação ao uso medicamentoso.
Fibrilação atrial: abordagem geral
Sabe-se do dever no tratamento de cada paciente de maneira individualizada correlacionando os exames aos sinais clínicos apresentados.
Porém, em caso de FA, a frequência cardíaca do paciente, prevenção de tromboembolismo e de possíveis complicações futuras decorrentes devem ser tratadas como uma receita de bolo a ser seguida.
Classificações e a sua importância
Existem classificações para a fibrilação atrial e por isso a importância de uma condução clara, de maneira a classificar corretamente a FA, podendo a partir disso correlacionar com os sintomas e também suas variações.
Os 03 parâmetros citados são de extrema importância para que ocorra uma abordagem inicial preventiva.
Além disso, a partir do exposto e com auxílio de exames complementares e análise das suas particularidades, ocorre uma melhor condução na forma e opções para o tratamento.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=StBViKnHw2k.
Os X em vermelho representam a ausência da onda P antes dos complexos ventriculares (QRS), sendo a onda P responsável pela despolarização e ativação atrial.
As setas em verde são importantes para a definição do ritmo, sendo irregularmente irregular.
Portanto, associando a frequência cardíaca baixa com os demais achados citados, temos uma fibrilação atrial de baixa resposta ventricular.
Causas e condições associadas
A estimativa é que no Brasil tenha 1,5 milhões de pacientes com FA, nos levando ao retrato de uma saúde pública com alto custo e baixas políticas preventivas.
A obesidade é uma das causas de desencadeamento da doença e pouco se houve falar de medidas de controle à doença primária citada, e sim de um controle tardio de uma fibrilação atrial e demais comorbidades associadas.
Além disso, fatores genéticos, processos inflamatórios cardíacos, HAS, tireoidopatias são também causas a serem analisadas e estudadas como fatores de risco.
A abordagem do paciente deve ser analisada antes mesmo do aparecimento da FA, atuando de forma a prevenir a sua ocorrência.
Tratamento para fibrilação atrial de baixa resposta ventricular
Primeiramente se faz necessário a adoção de um estilo de vida mais saudável e de práticas regulares de exercícios físicos. Além do controle e perda de peso para uma melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Alimentação com baixa ingestão de gordura e alimentos industrializados também é um fator bastante importante para a prevenção das placas de ateroma e complicações geradas através dela.
O uso de anticoagulantes é importante para que não ocorra a evolução de um possível acidente vascular encefálico (AVE) em pacientes com fatores de risco.
Tratamentos para além dos farmacológicos
Existem várias opções para o tratamento além das farmacológicas e por isso iremos citar algumas delas. A modificação ou ablação com implante do marcapasso para que ocorra um ritmo regular é uma das opções a serem levadas em consideração na hora do tratamento.
A condição farmacológica inclui betabloqueadores em caso de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) associada e bloqueadores de canais de cálcio não-dihidropiridínicos em caso de negativa para ICC.
Vale ressaltar que o tratamento depende da condição clínica do paciente e também pode ser associado a demais medicações caso tenha intercorrências como bradicardia repentina, por exemplo.
CONCLUSÃO
Através da apresentação das particularidades e semelhanças associadas a FA de baixa resposta ventricular. Podemos concluir que inúmeros fatores são relevantes para que ocorra um atendimento completo, desde a abordagem inicial até o acompanhamento do tratamento imposto para o paciente.
Assim como em outras doenças, a FA também possui uma relação muito grande com hábitos diários, podendo ser muitas vezes evitada através de algumas mudanças.
Essas mudanças incluem a alimentação, controle no uso de álcool e prática regular de exercícios físicos.
Fibrilação atrial e o AVE
A FA é uma das maiores causas de AVE, levando a uma série de complicações e reduções drásticas da qualidade de vida dos pacientes acometidos por ela.
Portando, práticas de saúde coletiva causariam uma baixa nos custos causados pela FA e também uma melhora na expectativa de vida dos pacientes.
Lembrete
Finalizamos lembrando que existem classificações da fibrilação atrial e, portanto, o diagnóstico correto da FA de baixa resposta ventricular é um fator de extrema importância.
Assim, haverá um manejo assistencial com tratamento sendo conduzido de acordo com respostas do paciente, podendo ser alterado a qualquer momento em que o profissional perceber a necessidade.
O texto acima é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

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Referências:
FIBRILAÇÃO ATRIAL – http://educacao.cardiol.br/manualc/PDF/G_FIBRILACAO_ATRIAL_ATUALIZACOES.pdf
DIRETRIZES BRASILEIRAS DE FIBRILAÇÃO ATRIAL –
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_fa_92supl01.pdf
DIRETRIZ DE FIBRILAÇÃO ATRIAL – https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2003002000002
REGISTRO BRASILEIRO CARDIOVASCULAR DE FIBRILAÇÃO ATRIAL – RECALL
http://cientifico.cardiol.br/pesquisa/2014/registros/pdf/Protocolo_RECALL_20121212.pdf
II DIRETRIZES BRASILEIRAS DE FIBRILAÇÃO ATRIAL –
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2016003100001
FIBRILAÇÃO ATRIAL – PERSPECTIVAS – https://cardiologiahmt.com.br/fibrilacao-atrial-perspectivas/