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Anti-hipertensivos: saiba os principais tipos de Anti-hipertensivos

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Confira um artigo completo que falamos sobre os Anti-hipertensivos para esclarecer todas as suas dúvidas. Ao final, confira alguns materiais educativos para complementar ainda mais os seus estudos.

Boa leitura!

Anti-hipertensivos

Fisiologicamente, tanto em indivíduos normais quanto nos hipertensos, a pressão arterial (PA) é mantida pela regulação contínua do débito cardíaco e da resistência vascular periférica (PA= DC x RVP) em três sítios anatômicos: as arteríolas, as vênulas pós-capilares e o coração.

Um quarto sítio, o rim, também contribui para a manutenção da PA ou regulação do volume do líquido intravascular. Nesses quatro locais, os barorreflexos mediados por nervos autônomos atuam em combinação com mecanismos humorais, como o sistema renina-angiotensina-aldosterona, coordenando e mantendo a PA normal.

O grande problema, nos hipertensos, é que os barorreceptores e os sistemas de controle renais de volume sanguíneo/PA estão ajustados em um nível mais elevado para a manutenção da PA.

Imagem ilustrativa que demostra a Regulação da PA.

Imagem: Regulação da PA. Fonte: KATZUNG, Bertram G.Farmacologia básica e clínica.12. Ed.

Níveis pressóricos cronicamente aumentados estão diretamente relacionados ao aumento do risco de eventos cardiovasculares, como acidente vascular encefálico (AVE) e doenças cardíacas, principais causas de morte no mundo.

A hipertensão ainda é fator de risco importante no desenvolvimento de doença renal crônica (DRC) e insuficiência cardíaca. Por isso, o tratamento com anti-hipertensivos de diferentes classes se torna essencial na estratégia de reduzir a morbidade cardiovascular e renal, além da mortalidade em indivíduos hipertensos.

Para a maioria dos pacientes, o objetivo da terapêutica é alcançar uma pressão arterial sistólica menor que 140 mmHg e uma pressão diastólica menor que 90 mmHg.

Anti-hipertensivo: IECA

A capacidade de reduzir os níveis de Angiotensina II com inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), eficazes por via oral, representa um importante avanço no tratamento da hipertensão. O captopril foi o primeiro fármaco desse tipo a ser desenvolvido. Desde então, enalapril, lisinopril, quinapril, ramipril, bezenapril, moexpril, fosinopril, trandolapril e perinopril foram disponibilizados.

Ações dos IECAs

Os IECAs diminuem a pressão arterial, reduzindo a resistência vascular periférica sem aumentar reflexamente o débito cardíaco, a frequência cardíaca ou a contratilidade cardíaca. Esses fármacos bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor angiotensina II. A ECA também degrada a bradicinina, um peptídeo que aumenta a produção de óxido nítrico e prostaciclinas nos vasos sanguíneos. Esses últimos são vasodilatadores.

Os IECAs diminuem os níveis de angiotensina II e aumentam os níveis de bradicinina. Portanto, ocorre a vasodilatação de arteríolas e veias. Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os IECAs também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. Os efeitos desses fármacos ainda atuam diminuindo pré-carga e pós-carga cardíaca, reduzindo, dessa forma, o trabalho cardíaco.

Usos terapêuticos

  • Os IECAs são fortemente indicados para o uso em pacientes com nefropatia diabética, pois retardam a progressão dessa entidade nosológica e diminuem a albuminúria. Os efeitos benéficos na função renal resultam da diminuição da pressão intraglomerular devido a vasodilatação da arteríola eferente.
  • Os IECAs são usados no cuidado de pacientes após infarto do miocárdio e são fármacos de primeira escolha no tratamento de pacientes com disfunções sistólicas.
  • Após infarto do miocárdio, os IECAs atuam na regressão da hipertrofia ventricular esquerda e na prevenção do remodelamento ventricular.
  • Os IECAs são os fármacos de primeira escolha para tratar insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com DRC e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana.
  • Todos os IECAs são igualmente eficazes no tratamento da hipertensão, em doses equivalentes.

Farmacocinética

Os IECAs são biodisponíveis como fármaco ou pró-fármaco por via oral. Todos são convertidos no metabólito ativo no fígado, exceto o captopril e o lisinopril, que, dessa forma, podem ser preferidos para o tratamento de hipertensão em pacientes com grave insuficiência hepática. Os IECAs são eliminados primariamente pelos rins e necessitam, por essa razão, terem suas doses ajustadas em pacientes com insuficiência renal. As únicas exceções a essa regra são o fosinopril e o moexpril. O enalapril é o único IECA disponível para o uso intravenoso.

Efeitos adversos

Os efeitos adversos mais comuns são tosse seca, erupções cutâneas, febre, alteração do paladar, hipotensão e hipercalemia. A tosse seca ocorre em aproximadamente 10% dos pacientes, sendo decorrente provavelmente do aumento dos níveis de bradicinina e substância P na árvore traqueobrônquica.

O aumento dos níveis de bradicinina também pode ocasionar angioedema, um evento raro. Os IECAs ainda podem induzir malformações fetais e, por isso, são contraindicados na gravidez.

SAIBA MAIS: Um fenômeno passageiro observado inicialmente com o uso de IECAs em pacientes com insuficiência renal é a elevação de ureia e creatinina sérica, habitualmente de pequena monta e reversível.

O uso de IECAs pode provocar hiperpotassemia em pacientes com insuficiência renal, particularmente diabéticos.

O uso de IECAs pode promover redução da taxa de filtração glomerular e aumento em graus variáveis de ureia, creatinina e potássio em pacientes com estenose bilateral das artéria renais ou com estenose de artéria renal em rim único funcionante.

Anti-hipertensivos: BRA

Os Bloqueadores do Receptor de Angiotensina II (BRA) são representantes dessa classe a losartana, candesartan, eprosartan, ibersatan, telmisartan e valsartana. Ao antagonizar os efeitos da angiontensina II, esses agentes não peptídicos relaxam o músculo liso, provocam vasodilatação, aumentam a excreção renal de sal, reduzem o volume plasmático e diminuem a hipertrofia celular.

Existem dois subtipos distintos de receptores de angiotensina II: AT1 e AT2. O subtipo AT1 localiza-se predominantemente no tecido vascular e miocárdico, bem como no cérebro, no rim e nas células da zona glomerulosa das glândulas suprarrenais, que secretam aldosterona. O subtipo AT2 é encontrado na medula suprarrenal, no rim e no SNC e pode desempenhar um papel no desenvolvimento vascular. Geralmente, desencadeiam respostas anticrescimento e antiproliferativas.

Ações dos BRAs

Os BRAs bloqueiam os receptores AT1, diminuindo a sua ativação pela angiotensina. Seus efeitos farmacológicos são similares aos do IECAs por produzirem dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona, reduzindo, assim, a pressão arterial e diminuindo a retenção de sal e água. Os BRAs se ligam ao receptor AT1 com alta afinidade, tendo uma seletividade 10.000 vezes maior para o receptor AT1 do que para o AT2. A ordem de afinidade do receptor de AT1 pelos BRA é a seguinte:

Olmesartan > Irbersartan = Eprosartan > Telmisartan = Valsartana= EXP 3174 > Losartana

EXP 3174: é o metabólito ativo da losartana

A inibição das respostas biológicas à angiotensina II é máxima e não pode ser restaurada na presença de BRA, independentemente da concentração de angiotensina II.

Esses fármacos inibem de maneira potente e de modo seletivo a maioria dos efeitos biológicos da angiotensina II, incluindo a contração do músculo liso vascular, as respostas pressóricas rápidas, as respostas pressóricas lentas, a sede, a liberação de vasopressina, a secreção de aldosterona, a liberação de catecolaminas pelas suprarrenais, o aumento da neurotransmissão noradrenérgica, o aumento do tônus simpático, as alterações da função renal e a hiperplasia e hipertrofia celulares.

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