Conheça as 10 maiores descobertas da medicina

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Você sabe dizer quais são as 10 maiores descobertas da Medicina? Separamos esses avanços e seus criadores para você conhecer um pouco mais dessa história!

Anatomia Moderna

Andreas Vesalius, 1543

Andreas Versalius foi um médico belga, considerado como o “pai da anatomia moderna”.

No século XVI, o estudo da anatomia era precário, não sistemático. As descobertas eram, muitas vezes, baseadas na dissecação de animais. Assim, o médico, para entender mais sobre anatomia, abria cadáveres de indigentes e as vezes violava covas em cemitérios.

O resultado do seu trabalho aventuras foi consolidado na obra De Humani Corporis Fabrica, um atlas de anatomia considerado uma das obras-primas da medicina.

Então, Vasalius refutou diversas teorias pré-existentes. Uma delas, por exemplo, era a de que homens tinham costelas a menos do que mulheres – dada a história bíblica. Além disso, ele foi o responsável por retratar e estudar os movimentos de cada músculo individualmente.

Bactérias

Antony van Leeuwenhoek, 1675

O holandês Leeuwenhoek era um comerciante, afastado da área médica, mas que tinha uma paixão pela fabricação. Assim, ele começou a desenvolver e utilizar microscópios.

Leeuwenhoek saiu do anonimato viu criaturas minúsculas agitando-se em uma pequena amostra da água de chuva que havia se acumulado em uma tina, usando lentes que ele mesmo fabricara. Passou então a examinar ao microscópio tudo o que via, de fezes de animais ao próprio esperma.

O comerciante foi o primeiro a observar e descrever bactérias, protozoários, capilares sanguíneos e fibras musculares.

Circulação do Sangue

William Harvey, 1628

O médico e professor britânico Harvey dedicou a vida a estudar o funcionamento e a anatomia do coração, veias e artérias.

Harvey ficou conhecido por ser o primeiro médico a descrever corretamente os detalhes do sistema circulatório e o bombeamento do sangue pelo corpo. Para isso, o professor realizava estudos com animais vivos, os dissecando para observar a cavidade torácica. Assim, constatou que o músculo do coração enrijece e se contraí.

O resultado do seu trabalho está em Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in Animalibus, obra fundamental sobre a circulação sanguínea, que pôs por terra conceitos errados que sobreviviam havia 14 séculos.

Além disso, ele determinou as diferenças entre a circulação arterial e venosa e colocou como órgão principal da circulação.

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Vacina

Edward Jenner, 1796

A varíola foi uma doença devastadora para época e matava até 40% dos doentes e, entre aqueles que sobreviviam, muitos ficavam cegos e multilados. O mal também atacava o gado, cavalos e porcos.

Inclusive, o termo vacina vem do latim vaccinae, vacca. Significa “da vaca” ou “relativo à vaca”. Este termo estava presente na expressão latina variolae vaccinae, para descrever a doença conhecida como a “varíola das vacas”.

O médico e naturalista britânico Jenner observou que os animais tinham uma versão mais “branda” da varíola. Então, decidiu traçar um experimento. Jenner inoculou uma criança, James Phipps, usando pus de um indivíduo infectado. Apesar de ter febre e algumas lesões, a criança não desenvolveu a infecção completa.

Assim, ele descobriu que, se uma pessoa fosse contaminada pela ferida da varíola bovina, uma forma muito mais branda da doença, ficaria livre de pegar a varíola humana. Estava descoberto o princípio básico da vacina.

Jenner foi ridicularizado e teve que comprovar sua teoria realizando diversos outros testes, inclusive no seu filho. Porém, com o passar dos anos, as vantagens da vacinação foram aceitas pela comunidade médica.

Anestesia

Crawford Long, 1842

Até o século 19, os pacientes costumavam desmaiar de dor e desespero durante as operações. Enquanto isso, o éter era usados em festas e comemorações. Mesmo com alguns dos usuários caindo e tomando tombos durante os festejos, não sentiam dores e alguns até mesmo não se lembravam do episódio.

O primeiro a testar a teoria na mesa de cirurgia foi o americano Long. O médico percebeu essa possibilidade ao frequentar essas “festas do éter”, e convenceu um paciente a cheirar uma toalha embebida em éter até ficar inconsciente. Então, se descobriu o poder anestésico do éter.

Quando acordou, o sujeito estava sem um cisto no pescoço, sem memória das últimas horas e, melhor, não precisou sentir as dores atrozes da cirurgia.

Raios X

Wilhelm Röntgen, 1895

O alemão Röntgen foi um físico e engenheiro – e o primeiro Nobel de Física, ocorrido em 1901. O pesquisador foi responsável por detectar a radiação eletromagnética nos comprimentos de onda que conhecemos como Raios X. Ao usar um tubo de Crookes, ele investigava uma estranha luz amarelo-esverdeada emitida por uma placa fosforescente em seu laboratório.

Röntgen imaginou que algum tipo de raio ou energia estaria produzindo aquele efeito. Ele pediu a sua esposa que colocasse a mão esquerda sobre uma chapa fotográfica e ligou o tal aparelho por seis minutos.

Quando revelou a chapa, encontrou o desenho dos ossos dos dedos de Bertha e a silhueta de sua aliança. Eram os Raios X.

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Cultura de Tecidos

Ross Harrison, 1906

O americano e zoologista Harrison foi responsável por descobrir como cultivar células vivas em laboratório, independentemente das plantas ou animais de onde vieram.

A descoberta permitiu uma verdadeira revolução no estudo da histologia e patologia. Além disso, possibilitou o estudo de moléculas e células de organismos vivos.

Assim, auxiliou a desenvolver vacinas contra, por exemplo, poliomielite, sarampo, caxumba e raiva. Ainda, na busca de indícios que ajudem a descobrir a causa do câncer e da aids.

Colesterol

Nikolai Anichkov, 1912

As doenças cardiovasculares, até hoje, são as maiores causas de morbimortalidade no mundo.

O russo Anichkov foi um patologista responsável por descrever e entender as células especializadas do miocárdio e entender o papel do colesterol.

O médico alimentou coelhos com gemas de ovos e descobriu que o animal que mais matava seres humanos era a galinha. Durante a autópsia, Anichkov notou a presença de placas nas artérias dos coelhinhos, iguais às encontradas nas aortas de corações humanos.

Assim, ele desencadeou uma série de estudos clássicos mostrando as causas e fatores de risco para aterosclerose.

Antibióticos

Alexander Fleming, 1929

Talvez o nome mais reconhecível dessa lista, Fleming foi um biólogo, botânico, médico e farmacologista britânico.

Ao observar culturas de bactérias e fungos, o médico percebeu “halos” ao redor de focos de crescimento do fungo do gênero Penicillinum. Era como se a partir daquele ponto as bactérias não se desenvolviam.

Assim, ele descobriu, em 1929, a fórmula da penicilina, o primeiro antibiótico do mundo. Contudo, foram necessários mais de 12 anos para que se chegasse à etapa de ministrar a nova fórmula em humanos.

O fato ocorreu somente durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, a base dos antibióticos, a penicilina revolucionou a medicina e deu impulso decisivo à moderna indústria farmacêutica.

Dado aos seus descobrimentos, em 1945, Fleming foi laureado Nobel de Medicina.

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DNA

Maurice Wilkins, 1953

Atualmente, fazemos vacinas, medicações e temos até mesmo o genoma humano mapeado. Toda essa revolução deve-se, na maior parte, os méritos pela descoberta do DNA.

James Watson e Francis Crick são uma dupla de cientistas que publicaram, em 1953, um artigo onde desvendavam o mistério da estrutura de espiral dupla que caracteriza a “chave da vida”.

No entanto, a façanha não seria possível sem os estudos do físico neozelandês Wilkins. Ele foi o responsável por isolar uma molécula de DNA e fotografá-la com raios X, revelando a forma helicoidal.

Confira o vídeo:

Fonte:

As Dez Maiores Descobertas da Medicina – Meyer Friedman e Gerald W. Friediand, Cia. das Letras, 1999

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