Cirurgia do aparelho digestivo

Entenda tudo sobre o Câncer Gástrico

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O adenocarcinoma é a lesão maligna mais comum do estômago, representando de 90 a 95% de todos os Câncer de Gástrico.

Aproximadamente 3% dos tumores malignos do estômago são do grupo dos linfomas, mais frequentemente Linfomas não-Hodgkin.

Epidemiologia do Câncer Gástrico

Como abordamos na definição, o adenocarcinoma gástrico é muito frequente e responsável pela maioria dos tumores no estômago, sendo destacado como 4º câncer mais comum no mundo.

É a segunda principal causa mundial de morte por câncer e parte disso se dá pela dificuldade em ser detectado nas fases iniciais da doença.

No Brasil, é o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres, sendo mais frequente no sexo masculino (2:1), com um pico de incidência entre 50 a 70 anos para ambos os sexos. O câncer gástrico é raro antes dos 35 anos de idade.

A incidência de câncer gástrico é variável com a região. Na Europa Oriental, Japão, Chile e Costa Rica a incidência é até 20 vezes maior do que na América do Norte e Europa Ocidental. Assim, em locais com incidência mais baixa não são viáveis estratégias para mapeamento em massa, levando ao diagnóstico tardio.

O Japão é uma referência em cânceres de estômago pela alta incidência e alguns dos fatores de risco serão discutidos mais a frente. Com isso, os seus programas de mapeamento endoscópicos conseguem detectar precocemente os cânceres gástricos, como tumores limitados à mucosa e submucosa.

Os pacientes costumam procurar assistência médica tarde demais, porque os sintomas na fase inicial (potencialmente curável) são discretos e inespecíficos.

Nos Estados Unidos, as taxas de câncer gástrico diminuíram em mais 85% durante o século XX. Declínios similares foram relatados em muitos outros países ocidentais, sugerindo que os fatores ambientais e dietéticos sejam os responsáveis.

O motivo da redução total no câncer gástrico ainda é desconhecido.

Uma explicação possível é o consumo decrescente de carcinógenos na dieta, tais como compostos N-nitrosos e benzo-α-pirenos, graças ao uso reduzido de sal e fumaça para a preservação de alimentos e a disponibilidade muito difundida de refrigeração de alimentos.

Contrariamente, a ingestão de vegetais verdes folhosos e frutas cítricas, que contêm antioxidantes tais como vitamina C, vitamina E e betacaroteno, está correlacionada ao risco reduzido de cânceres gástricos e pode ter aumentado como resultado da melhora nas redes de transporte de alimentos.

O câncer gástrico é mais comum em grupos socioeconômicos baixos e em indivíduos com atrofia de mucosa multifocal e metaplasia intestinal.

A doença ulcerosa péptica (DUP) não apresenta alto risco de câncer gástrico, mas pacientes que tiveram gastrectomias parciais pela DUP ou outras razões, como cirurgia bariátrica, apresentam um risco levemente mais alto de desenvolver câncer na porção gástrica residual, como resultado de hipoclorídria, refluxo de bile e gastrite crônica.

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