Índice
A Cardiologia é a especialidade médica que estuda o coração, os grandes vasos e as doenças relacionadas a essas estrutura, tais como:
- Hipertensão
- Insuficiência cardíaca
- Acidente vascular cerebral
- Doença cardíaca coronária
A lista de enfermidades ligadas ao coração é longa, mas uma delas chama atenção pela forma como é conhecida: a “síndrome do coração partido”. Poético, não é mesmo?
Essa doença tem sintomas semelhantes ao infarto e é desencadeada por situações de estresse agudo emocional ou físico, como por exemplo a morte de uma pessoa querida, a perda do emprego, o rompimento de um relacionamento afetivo. Daí o nome.
Em todo o Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano, o que corresponde a cerca de 30% das mortes de brasileiros. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia, divulgado em 2021.

O Cardiologista e sua rotina
Como na maioria das especialidades, a rotina do Médico Cardiologista está relacionada à sua área de atuação.
Cardiologistas clínicos têm um contato muito próximo com o paciente e sua doença, por exemplo. Já os médicos que trabalham com métodos diagnósticos e gráficos têm pouco ou nenhum contato.
Os diaristas de unidades coronarianas ou de pós-operatório de cirurgias cardíacas lidam com pacientes graves, enquanto os clínicos “de consultório” atendem a pacientes com doenças estáveis.
Escalas de sobreaviso e plantões são comuns na rotina do médico com uma subespecialidade que lida com pacientes mais graves e instáveis, como diaristas de Unidade Coronárias (UCOs), unidades de pós-operatórios, intervencionistas.
Ser dinâmico e estar sempre em constante atualização são algumas características desejadas para o especialista em Cardiologia.
A perseverança e paciência também são virtudes que devem fazer parte de quem deseja o sucesso na área.
A Residência Médica em Cardiologia
Esta residência, com duração de dois anos, tem como principal objetivo preparar o médico para atuar em Cardiologia Clínica Geral.
Porém, para ingressar na Residência em Cardiologia, o profissional deve antes ter cursado dois anos de Clínica Médica. Ou seja, não é um programa de acesso direto.
Os residentes que optarem por uma subespecialidade terão de passar por novo processo seletivo após conclusão regular do curso e fazer mais dois anos de subespecialidade.
A distribuição da carga horária na Residência em Cardiologia varia conforme as características de cada instituição e contempla a vivência em:
- Ambulatórios
- Interconsultas
- Avaliação de métodos diagnósticos
- Plantões em unidades de pronto atendimento, UCOs e pós-operatório de cirurgia cardíaca
Nos grandes centros, os plantões noturnos fazem parte da rotina de aprendizado dos residentes.
Áreas de atuação na Cardiologia
A área de atuação do Médico Cardiologista é vasta e envolve a prevenção, a investigação diagnóstica, os cuidados clínicos, além de procedimentos intervencionistas e reabilitação. Veja abaixo as três grandes áreas e as respectivas subespecialidades:
Atuação intervencionista na Cardiologia
- Estimulação cardíaca
- Eletrofisiologia invasiva
- Cardiologia intervencionista
Atuação diagnóstica na Cardiologia
- Tomografia
- Reabilitação
- Ecocardiografia
- Medicina nuclear
- Métodos gráficos
- Ressonância magnética
Atuação clínica na Cardiologia
- Transplante
- Dislipidemias
- Miocardiopatias
- Hipertensão arterial
- Eletrofisiologia clínica
- Cardiopatia da mulher
- Cardiopatias Congênitas
Ao escolher uma área de atuação da Cardiologia, vale a pena calcular quanto tempo será necessário investir na formação.
Para um Cardiologista Intervencionista, o tempo médio é de 12 anos. Seis anos de graduação, dois anos de Clínica Médica, dois anos de cardiologia e mais dois anos da subespecialidade.
Mercado de Trabalho da Cardiologia
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil de 2023, a área de cardiologia conta com 20.324 profissionais titulados. Além disso, a cardiologia faz parte da lista de especialidades mais procuradas para fazer residência médica.
Esse profissional será ainda mais requisitado após os desdobramentos da Covid-19, de vários procedimentos médicos interrompidos. De acordo com a Sociedade de Cardiologia, estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% de doenças cardiovasculares no Brasil.
Além disso, existe uma carência de profissionais em relação ao aumento de incidências de doenças cardiológicas ligadas ao envelhecimento da população mundial.
Além das possibilidades de atuação mais “tradicionais”, a Cardiologia permite aos médicos empreenderem em estruturas e serviços especializados além de optarem pela telemedicina. Vertente que ganhou ainda mais força com a pandemia.
Remuneração do Médico Cardiologista
Um médico cardiologista ganha em média R$ 7.027 para uma jornada de trabalho de 21 horas semanais.
A faixa salarial do médico cardiologista fica entre R$ 6.835,08 (média do piso salarial 2023 de acordos coletivos) e R$ 16.129,42 (teto salarial). Isso levando em conta o salário base de profissionais em regime CLT de todo o Brasil.
As informações são de acordo com pesquisa do Salario.com.br junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web com um total de 528 salários de profissionais admitidos e desligados pelas empresas no período de Março de 2022 a Março de 2023.
Vale ressaltar que a remuneração pode variar de acordo com alguns fatores, como localidade, área de atuação, jornada de trabalho e tempo de experiência.
História da Cardiologia
É possível encontrar registros médicos e estudos do coração desde o Antigo Egito. Inclusive, um dos primeiros relatos do sistema cardiocirculatório está registrado nos papiros de Smith, com mais de 3 mil anos de idade.
Os conhecimentos foram sendo mais elaborados na Grécia antiga e também em Alexandria, mas cessou sob o domínio dos romanos . Eles foram revividos com a introdução da dissecção anatômica nas universidades europeias, abrindo o caminho para a descoberta da circulação do sangue.
Inicialmente a Cardiologia era um assunto dentro da Clínica Médica. Foi então que, em função do desenvolvimento e complexidade crescente, na década de 1920, ela foi separada e passou a ser uma especialidade autônoma e bem definida.
No Brasil, a primeira tentativa de criar uma “Sociedade Brasileira de Cardiologia e Hematologia” aconteceu em 1933, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. No entanto, a iniciativa não prosperou.A Sociedade Brasileira de Cardiologia foi fundada, então, em 1943, por estudantes do 3º Curso do Serviço de Cardiologia do Hospital Municipal de São Paulo. A instituição foi a 5ª Sociedade Nacional no Continente Americano e a 13ª no mundo.
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