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Caso Clínico: Câncer de mama em cadeirante | Ligas

Caso Clínico: Câncer de mama em cadeirante | Ligas

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Imagem de perfil de Comunidade Sanar

O caso clínico abaixo aborda sobre uma paciente do sexo feminino, 62 anos de idade, cadeirante devido a uma paralisia infantil, depressiva e que teve câncer de mama aos 60 anos.

Identificação do paciente

  • Nome: JMLF
  • Idade: 62 anos
  • Data de nascimento: 04/04/1959
  • Sexo: Feminino
  • Naturalidade: Piauí
  • Nacionalidade: Brasileira
  • Ocupação: Do lar
  • Estado Civil: Solteira

Queixa principal

Presença de nódulo na mama esquerda.

História da doença Atual (HDA)

Paciente, sexo feminino, em uma visita domiciliar refere-se a presença de um nódulo em sua mama esquerda, aguardando a mamografia; mama esquerda apresentando calcificações puntiformes em sua projeção, predominantemente densa, com presença de nódulo na união dos quadrantes superiores 21-50mm, irregulares e com linfonodos axilares normais.

Diagnosticada posteriormente com câncer de mama. Paciente obteve tratamento quimioterápico no HGP (Hospital Geral de Palmas). Realizou mastectomia em maio de 2020 e hoje está em acompanhamento oncoclínico. Realizado acompanhamento em conjunto com mastologista e oncologista. 

Antecedentes pessoais, familiares e sociais

  • Paciente possui: deficiência física (cadeirante) devido a uma paralisia infantil aos 2 anos de idade; depressão; hipertensão e câncer de mama.
  • Antecedentes cirúrgicos: histerectomia aos 47 anos de idade
  • Faz uso de: omeprazol, clonazepan (2mg), amitriptilina (25mg), losartana (50mg) e buscopan composto.
  • Solteira, reside com seu pai idoso e sobrevivem da aposentadoria que só paga a cuidadora e medicação. Faz acompanhamento no CAPS. Recebe cestas básicas da UBS.

Exame físico

  • Nódulo em quadrante superior interno fibloeslástico (endurecido) em mama esquerda
  • PA: 150×80 mmHg
  • ACV: BRNF 2T sem sopros
  • AP: MV + SRA
  • StO2: 98%
  • FC: 86 bpm
  • Mamas irregulares
  • Linfonodos axilares normais

Suspeitas diagnósticas

●     Câncer de mama

Exames complementares

  • Mamografia
  • USG mamas
  • Raio x de tórax
  • Hemograma
  • Cintilografia
  • Biópsia

Diagnóstico

A clínica da paciente, analisando suas queixas foi primordial para compreender o diagnóstico clínico de um câncer de mama, que é uma doença causada por uma multiplicação desordenada de células da mama, gerando células anormais que se multiplicam e acabam formando um tumor.

O diagnóstico se dá ao analisar a questão do aparecimento de um nódulo na mama, associado a idade e as queixas da paciente.

Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estádio (extensão).

Discussão do caso de câncer de mama

O que é câncer de mama?

É uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.

Onde mais acomete?

Região Sul e Sudeste brasileiro apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres. A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos.

Quais os sinais e sintomas da doença?

Um nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e mudanças na forma ou textura do mamilo ou da mama.

Quais as formas da doença?

Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama.  No geral, o diagnóstico leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo tipo histológico (Carcinoma ducta in situ, carcinoma ductal invasivo, carcinoma lobular in situ, carcinoma lobular invasivo, carcinoma inflamatório ou triplo negativo, doença de paget) avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão).

Como se dá o diagnóstico?

Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama.  No geral, o diagnóstico leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo tipo histológico (Carcinoma ducta in situ, carcinoma ductal invasivo, carcinoma lobular in situ, carcinoma lobular invasivo, carcinoma inflamatório ou triplo negativo, doença de paget) avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão).

Qual o tratamento adequado?

Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

Qual a fisiopatologia dessa doença?

Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária); tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

O câncer invade localmente e se dissemina através dos linfonodos regionais, da corrente sanguínea, ou de ambos. O câncer de mama metastático pode afetar qualquer órgão do corpo — mais comumente pulmões, fígado, ossos, cérebro e pele.

A maior parte das metástases cutâneas ocorre na região da cirurgia mamária; as metástases de couro cabeludo também são comuns. O câncer de mama metastático frequentemente surge anos ou décadas após o diagnóstico e o tratamento inicial.

Quais os diagnósticos diferenciais?

Seu diagnóstico diferencial é amplo, envolvendo os cistos mamários, os fibroadenomas, os tumores filóides, os papilomas, os lipomas, os hamartomas e os adenomas, entre outros.

O fibroadenoma é a neoplasia mamária mais comum em pacientes menores de 35 anos e os cistos são mais freqüentes na perimenopausa.

O diagnóstico diferencial entre nódulos sólidos ou císticos poderá ser feito por meio da punção aspirativa com agulha fina ou pela ultra-sonografia, sendo terapêutica para os últimos.

Neste artigo serão revisados os aspectos diagnósticos diferenciais entre estes tumores e as novas abordagens terapêuticas.

Conclusão

  • Após exame físico, exames de imagens e exames complementares constatou-se o câncer de mama.
  • A paciente obteve acompanhamento com o médico oncologista e mastologista
  • Realizou a cirurgia de mastectomia
  • Fez quimioterapia
  • Retorno de 3 em 3 meses

Objetivos de aprendizado:

  • Anamnese bem colhida
  • Exame físico direcionado
  • Formas de tratamento
  • Projeto terapêutico

Autores, revisores e orientadores

Liga: Nome – Liga Acadêmica de Anatomia Humana e Cirúrgica @laahcporto

Autores: Rafaela França (@rafafrancadasilva) e Gabriel Lino Ribas Sousa (@gabriel.ribas17)

Revisor(a): Laryssa Cardoso (@laryssaribeirocardoso)

Orientador(a): Sara Janai Corado Lopes

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O texto acima é de total responsabilidade do(s) autor(es) e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Observação: material produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar junto com estudantes de medicina e ligas acadêmicas de todo Brasil. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido. Eventualmente, esses materiais podem passar por atualização.

Novidade: temos colunas sendo produzidas por Experts da Sanar, médicos conceituados em suas áreas de atuação e coordenadores da Sanar Pós.


Referências

https://www.einstein.br/doencas-sintomas/cancer-mama

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama#:~:text=O%20c%C3%A2ncer%20de%20mama%20%C3%A9,se%20multiplicam%2C%20formando%20um%20tumor.

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama

https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000400008#:~:text=Seu%20diagn%C3%B3stico%20diferencial%20%C3%A9%20amplo,s%C3%A3o%20mais%20freq%C3%BCentes%20na%20perimenopausa.