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Tudo o que você precisa saber sobre cisto no testículo para a prática clínica!
O que é um cisto no testículo?
É comum os homens consultarem o urologista com queixa de cisto no testículo. Os testículos fazem parte do escroto, uma bolsa músculo cutânea que abrange outras estruturas essenciais no armazenamento, produção e transporte dos hormônios sexuais masculinos e espermatozóides.
O cisto consiste em um acúmulo de líquido e pode surgir por fatores como:
- Anomalia congênita
- Trauma
- Infecção
Esses caroços podem ser sintomáticos ou assintomáticos e podem surgir em qualquer idade da vida do homem, devendo ser investigado para outros diagnósticos diferenciais.
Diagnóstico de cisto no testículo
Para que ocorra um bom diagnóstico, é preciso que os homens façam o autoexame dos testículos periodicamente e, quando houver algum nódulo, é necessário procurar um urologista.
Para identificar a causa de um nódulo testicular, será necessário realizar uma avaliação clínica e, se necessário, a solicitação de exames para investigar essa alteração.
Iniciando o diagnóstico, será necessário realizar uma anamnese bem detalhada do paciente, questionando informações importantes como:
- Há outras lesões de pele além do nódulo testicular?
- Quando o nódulo surgiu? Houve aumento de tamanho?
- Há alterações de cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido em alguma parte da pele?
- Existe algum sintoma associado?
Além disso, no exame físico, durante a inspeção, devem ser avaliados:
- Alteração da coloração
- Sinais de infecção
- Tamanho e consistência do nódulo
- Se o nódulo é móvel ou aderente a planos profundos
Para mais, podem ser utilizados exames complementares de imagem como ultrassonografia e ressonância magnética, que são indicados para confirmar o diagnóstico.
Diagnósticos diferenciais
Os cistos no testículos podem ser causados por algumas patologias como:
Espermatocele
O espermatocele consiste em um acúmulo de pequenas quantidades de espermatozóide em pequenas bolsas, ocasionando obstrução dos canais. Como o epidídimo é responsável por transportar o espermatozóide para o testículo, essa interrupção resultará na formação de nódulos.
No geral, inicialmente os pacientes não apresentam outros sintomas além do cisto. Contudo, se não houver um tratamento adequado outros sintomas poderão surgir:
- Dor ou desconforto no lado do testículo afetado;
- Sensação de peso na região íntima;
- Aumento do tamanho do tamanho do nódulo.
Tratamento para espermatocele
Para tratar a espermatocele sintomática, o urologista poderá receitar anti-inflamatórios, diminuindo assim a infecção local. Caso o paciente seja assintomático, será necessário manter o acompanhamento médico para garantir que não se trata de um tumor maligno.
Hidrocele
Consiste em um acúmulo de líquido dentro do escroto envolvendo o testículo, podendo causar inchaço, o que gera um desconforto ao paciente. No geral, acomete bebês, mas também pode afetar homens em qualquer idade.
No geral, o hidrocele não apresenta nenhum sintoma associado ao inchaço do testículo. Além disso, costuma desaparecer espontaneamente (principalmente nos bebês) sem necessitar de tratamento.
Tratamento para hidrocele
Em homens adultos é necessário manter o acompanhamento durante alguns meses para verificar se o líquido será reabsorvido espontaneamente, sem necessidade de intervenção. Caso isso não ocorra e a doença continue a evoluir, o paciente poderá ser submetido a uma pequena cirurgia para remover o hidrocele do escroto.
Saúde do homem
Por fim, é possível perceber os desafios enfrentados na atenção à saúde do homem e a importância dos exames periódicos e do conhecimento do próprio corpo para anteceder o diagnóstico de doenças mais graves.
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Referências bibliográficas
- REZENDE, D. L. Cisto simples de testículo: um relato de caso. 2001. Disponível aqui. Acesso em 02 de Junho de 2022.
- TABAJARA, Fernanda Beck et al. Patologias genitais masculinas em cirurgia pediátrica de manejo. Acta méd.(Porto Alegre), p. [6]-[6], 2017.
- RESENDE, Daniel de Almeida Queiroz Prata et al. Coleções na bolsa testicular: ensaio iconográfico correlacionando achados ultrassonográficos com a ressonância magnética. Radiologia Brasileira, v. 47, n. 1, p. 43-48, 2014.