Clínica Médica

Exame físico geral – Roteiro| Colunistas

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A anamnese é a entrevista clínica, primeiro contato com paciente para entender o motivo da consulta e evolução do caso. Inclui identificação, história da doença atual, antecedentes pessoais, antecedentes familiares, hábitos de vida e interrogatório sobre diversos aparelhos. É uma das partes fundamenteis da semiologia, mas hoje o resumo será sobre o complemento da anamnese, o exame físico geral. 

O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico, complementa a anamnese (entrevista clínica) e fornece uma visão do paciente como um todo e não centrada em cada órgão. É uma parte muito importante da semiologia, mas muitas vezes é passado despercebido.

O exame fisco começa quando o paciente entra no consultório médico, com a inspeção, avaliação do estado geral, é uma impressão subjetiva do avaliador.

Para um adequado exame é fundamental ainda, manter o paciente confortável, ele pode estar acompanhado, o local deve ser adequado, iluminado. Antes de tocar o paciente deve-se: higienizar as mãos, se apresentar (geralmente, feito na anamnese) e pedir permissão.

Medidas antropométricas:

– Peso, circunferência abdominal, IMC, FC (55 a 100), FR (16 a 20), temperatura (35,5 a 37).

Descrição do exame físico geral Normal: 

– NORMAL: paciente BEG (bom estado geral), vígil, orientado no tempo e espaço, ativo no leito, sem decúbito preferencial, fáceis atípica, normocorado, acianótico, anictérico, perfundido, hidratado, nutrido, sem linfonodomegalias, pulsos presentes e simétricos.

MMII (membros inferiores) – pulsos presentes e simétricos, perfundido, sem sinais de TVP e livre de edemas.

1. Exame físico geral

  • Estado geral (avaliação subjetiva):
    • bom
    • Bom
    • Regular
    • Ruim
  • Nível de consciência: é a capacidade de responder a estímulos voluntaria e conscientemente.
    • Vigil – Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo.
    • Obnubilado – alterado
    • Comatoso
      • Grau I
      • Grau II
      • Grau III
      • Grau IV

*Pacientes traumáticos: é avaliado a escala de Glasgow.

Resultado de imagem para classificação de coma pelo glasgow
Fonte: Sanar Med
  • Orientação no tempo e espaço – avaliar se o paciente consegue reconhecer dados da realidade e de si mesmo. A orientação pode ser relacionada a tempo (dia, mês, ano, hora do dia), espaço (onde está agora, em que cidade) e pessoa (quem ele é, como se chama).
  • Classificação Linguagem: 

– Disfonia (alteração na voz);

– Dislalia (troca letra – cebolinha);

– Disartria (voz pesada do AVC, arrastada);

– Disfasia (relacionado a construção da fala, incapacidade de dispor palavras);

– Disgrafia (escrita);

– Dislexia (dificuldade leitura/aprendizagem).

  • Atividade no leito:
    • Ativo;
    • Pouco ativo;
    • Inativo.
  • Decúbito preferencial:
    • Ausente;
    • Presente.
      • Decúbito dorsal;
      • Decúbito lateral;
      • Decúbito ventral.
  • Fácies:
    • Atípica (quando normal);
    • Hipocrática;
    • Mixedematosa;
    • Cushingoie;
    • Renal;
    • Outras (características de doenças/síndromes específicas).
  • Pele, fâneros e mucosas:
    • Coloração;
      • Normocorado;
      • Hipocorado;
      • Hipercorado;
    • Icterícia (esclera, frênulo lingual, pele);
    • Cianose (hipocratismo digital);
    • Lesões elementares;
    • Rarefação pilosa.
  • Perfusão tissular periférica das mãos (Consiste em comprimir a polpa do dedo contra a unha até esta ficar branca e libertar a pressão. A coloração deve voltar normalmente em 2 segundos):
    • Normal;
    • Reduzida.
  • Estado de hidratação (avalia mucosas, elasticidade e turgor):
    • Hidratado;
    • Desidratado (graduado de + a 4+).
  • Estado de nutrição (peso, altura, IMC, perda de peso):
    • Nutrido (para avaliação desse parâmetro é importante a associação da anamnese com os dados antropométricos);
    • Desnutrido.
  • Palpação dos linfonodos (quando linfonodo palpável pode ser foco de alguma infecção, é um sinal de alerta):
    • Suboccipital;
    • Póstero-auricular;
    • Ântero-auricular;
    • Submandibular;
    • Submentual;
    • Cervical posterior;
    • Cervical anterior;
    • Supraclavicular;
    • Infraclavicular;
    • Axilar.
  • Sinais vitais:
    • Pulsos;
      • Carotídeo;
      • Braquial;
      • Radial;
        • Presente? Simétrico?
        • Amplitude preservada?
    • Frequência cardíaca;
      • Normal;
      • Taquicardia;
      • Bradicardia;
      • Frequência respiratória;
    • Eupneia;
      • Bradipneia;
      • Taquipneia;
      • Apneia.
  • Biotipo:
    • Normolíneo
    • Brevilíneo
    • Longilíneo
  • Exame Membros inferiores
    • Sinais vitais;
      • Pulsos (avaliar se são presente, simétricos e com frequência regular);
        • Poplíteo;
        • Tibial;
        • Pedioso;
    • Perfusão tissular dos pés (Consiste em comprimir a polpa do dedo contra a unha até esta ficar branca e libertar a pressão. A coloração deve voltar normalmente em 2 segundos);
      • Normal;
      • Diminuída;
    • Trombose venosa profunda;
      • Empastamento das panturrilhas;
      • Sinal de Homans: dor à dorsoflexão forçada do pé;
    • Edema;
      • Cacifo ou sinal de Godet;
        • Localização;
        • Sensibilidade;
        • Tamanho;
        • Simetria;
        • Consistência;
        • Temperatura.
  • Exames da tireoide:
    • Localização de frente para o paciente;
    • Localização proeminência laríngea, cartilagem tireoide, cartilagem cricoidea, membrana cricotireoide, istmo da glândula tireoide.

Referencias

1. Bates – Propedêutica Médica – Lynn S. Bickley. 11ª Edição. 2015. Editora Guanabara Koogan.

2. Semiologia Médica – Celmo Celeno Porto – 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.

3. Semiologia Médica – Mario López, José Laurentys Medeiros –5ª Edição. 2009. Editora Atheneu

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O texto acima é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.