Residência Médica

As melhores residências em Cirurgia do Aparelho Digestivo

As melhores residências em Cirurgia do Aparelho Digestivo

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Não é uma tarefa fácil definir quais são as melhores residências em Cirurgia do Aparelho Digestivo, pois existem muitas instituições qualificadas para oferecer excelentes treinamentos.

Pensando nisso, com o objetivo de ajudar os futuros residentes, a Sanar Residência Médica traz as informações mais importantes sobre a especialidade e, também, algumas instituições que são referência na especialidade quando pensamos em melhores residências em Cirurgia do Aparelho Digestivo. 

A Demografia Médica 2018 revela que, no Brasil, existe um total de 2864 especialistas em Cirurgia do Aparelho Digestivo, o que equivale a 1,38 por 100 mil habitantes. Esses profissionais ainda estão mal distribuídos, já que a maioria se concentra no Sudeste (55,6%) e no Sul (22,5%) do país. 

O mesmo estudo mostra que, apenas em 2017, foram autorizadas 330 vagas de residência médica na especialidade. Entretanto, esse número não foi bem aproveitado, já que 127 delas não foram ocupadas, restando 203 residentes em todo país.

De acordo com o site Salário, para uma jornada de 20h semanais, a remuneração média de um Cirurgião do Aparelho Digestivo é de R$ 5.777 . Esse valor, segundo dados divulgados pelo portal Guia da Carreira, pode alcançar a marca de R$ 17.400, com a experiência. 

Para ser bom, o Cirurgião do Aparelho Digestivo necessita de habilidades manuais, capacidade para trabalhar em equipe multidisciplinar e um vasto conhecimento em anatomia humana, fisiopatologia gastroenterológica e clínica cirúrgica.

A área de atuação é diversa. O especialista pode se dedicar a uma carreira acadêmica, atuar em cirurgias ambulatoriais ou de curta internação, realizar exames diagnósticos/ terapêuticos ambulatoriais ou participar de cirurgias de alta complexidade, como as oncológicas e os transplantes.

Metodologia

Determinar as melhores residências em Cirurgia do Aparelho Digestivo é uma tarefa árdua e minuciosa, então vamos mostrar algumas das instituições que são consideradas referência na especialidade, com base nas indicações do CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva).

Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Criada há 460 anos, a Santa Casa é uma instituição filantrópica, privada e laica, considerada um dos principais centros hospitalares do Brasil e da América Latina.

Possui um Centro Cirúrgico de referência em diversas especialidades, entre as quais estão a Cirurgia do Aparelho Digestivo e suas áreas de atuação: 

  • Vias Biliares e Pâncreas, Fígado, Esôfago, Coloproctologia e Estômago e Duodeno, Parede da Abdominal e Cirurgia Bariátrica. 

Com 08 vagas anuais oferecidas em seu programa de residência, possui 44 salas de cirurgias e contabiliza cerca de 2200 procedimentos cirúrgicos por mês. Além disso, possui 1076 leitos de internação e 290 salas ambulatoriais.

Hospital Universitário Profº Polydoro Ernani De São Thiago – UFSC

O HU -UFSC foi criado em 1980 e tem serviços 100% voltados ao SUS. É o único hospital federal do Estado de Santa Catarina e, além da Cirurgia do Aparelho Digestivo, se destaca pela qualificação nos serviços de Cirurgias Geral, Vascular Plástica e Torácica.

Administrado pela EBSERH, é referência em atendimentos de média e alta complexidade e oferta 04 vagas de residência em Cirurgia do Aparelho Digestivo.

Além disso, possui um ambulatório de especialidades, uma maternidade e oferece atendimento emergencial nas áreas pediátrica, ginecológica-obstétrica e adulto.

O HU também participa do programa de telemedicina desenvolvido em 2005 pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina. 

Hospital das Clínicas da UFMG

Seu programa em Cirurgia do Aparelho Digestivo oferece 08 vagas e oferece treinamento 100% voltado para atendimento no SUS. O HC-UFMG também é administrado pela EBSERH e é considerado referência em atendimento em média e alta complexidade do estado de Minas Gerais.

Inaugurado em 1928, possui uma infraestrutura com 504 leitos, CTI’s adulto e pediátrico, Unidade Coronariana, Unidade de Urgência e Unidade de Neonatologia.

O Hospital também registra, mensalmente, uma média de 4500 atendimentos de urgência, 1500 internações, 36 mil consultas ambulatoriais e 750 cirurgias.

O programa de residência médica

O programa de residência em Cirurgia do Aparelho Digestivo exige pré-requisito em Cirurgia Geral e tem duração de 02 anos.

O objetivo geral do treinamento é capacitar o médico para realizar o diagnóstico e tratamento cirúrgico das doenças do aparelho digestivo, avaliar as opções não operatórias e desenvolver pensamento crítico-reflexivo.

De acordo com a Resolução Nº 5, de 8 de abril de 2019, ao longo dos anos de residência, os residentes devem trabalhar as seguintes competências:

R1

  • Formular hipóteses para o diagnóstico e diagnósticos diferenciais das afecções do aparelho digestivo e órgãos anexos e indicar os exames complementares pertinentes e a terapêutica.
  • Dominar a anatomia cirúrgica do abdome; resposta endócrino-metabólica ao trauma; nutrição em cirurgia do aparelho digestivo;
  • Dominar o atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva e na emergência) e identificar e tratar as principais complicações clínicas pós-operatórias;
  • Indicar e interpretar os principais exames de imagem;
  • Conduzir o preparo do paciente no pré-operatório;
  • Conhecimento sobre a prevalência da desnutrição e de suas repercussões no paciente de cirurgia do aparelho digestivo: alterações da digestão e/ou absorção dos nutrientes; impacto do câncer digestivo no estado nutricional, das doenças inflamatórias intestinais, do trauma e dos estados hipermetabólicos, dentre outros;
  • Avaliar a importância dos principais métodos de triagem nutricional e de avaliação nutricional na desnutrição: avaliação global subjetiva e métodos antropométricos, bioquímicos e de composição corporal;
  • Avaliar as principais alterações metabólicas da resposta orgânica ao jejum e decorrentes da resposta orgânica ao trauma/hipermetabolismo/sepse e suas consequentes necessidades nutricionais;
  • Avaliar os princípios dos programas de aceleração da recuperação pós-operatória (ERAS, ACERTO, ASER e outros validados);
  • Demonstrar conhecimentos dos princípios da imunonutrição (preparo imunológico perioperatório);
  • Coordenar os conhecimentos das indicações e contraindicações de suplementos orais e de nutrição enteral, e as vantagens e desvantagens de cada uma das vias de nutrição enteral: nasogástrica, naso-duodenal/jejunal (pós-pilórica), jejunostomia e gastrostomia (cirúrgica e endoscópica);
  • Coordenar as indicações e contraindicações da nutrição parenteral e as vantagens e desvantagens da via central e periférica;
  • Dominar diagnóstico, tratamento e prevenção das complicações mecânicas, metabólicas e infecciosas da nutrição parenteral;
  • Dominar a realização de laparotomias e laparoscopias diagnósticas e para estadiamento de afecções neoplásicas benignas e malignas;
  • Dominar a realização de cirurgias paliativas como gastroenteroanastomoses, derivações biliodigestivas, enterectomias, gastrostomias, colostomias, jejunostomias, ileostomias, bem como, suas reconstruções, tubos gástricos e esofagostomias;
  • Dominar e aplicar as manobras relacionadas ao controle de danos em cirurgia abdominal de urgência;
  • Dominar o conhecimento da fisiopatologia da hipertensão intra-abdominal e as indicações e técnicas de peritoniostomias, o tratamento e os cuidados perioperatórios do abdômen aberto, bem como, curativo a vácuo e outras técnicas de fechamento e reconstrução da parede abdominal; uso de drenos na cavidade abdominal (tipos e indicações);
  • Dominar a correção cirúrgica de hérnias da parede abdominal nas suas várias formas de apresentação clínica e variantes técnicas de correção cirúrgica (herniorrafias incisionais, ventrais e inguinais);
  • Dominar o atendimento e orientação nos casos de hemorragia digestiva, manejo da ressuscitação volêmica e tratamento clínico, endoscópico e cirúrgico, conforme cada caso;
  • Dominar o uso dos equipamentos de videocirurgias para realização de cirurgias minimamente invasivas;
  • Valorizar o Sistema Público de Saúde, suas propriedades e possibilidades, consciente dos mecanismos utilizados para concessão de medicamentos para os pacientes de acordo com as normas vigentes;
  • Analisar os custos da prática médica em benefício do paciente mantendo os padrões de excelência;
  • Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e conhecer o essencial de metodologia científica para apresentações em sessões clínicas e formulação de trabalhos científicos;
  • Obedecer aos conceitos fundamentais da ética médica e os aspectos médico-legais em sua abrangência com ênfase para a Cirurgia do Aparelho Digestivo;
  • Dominar as bases do diagnóstico, estadiamento e tratamento das seguintes afecções: doenças funcionais esofágicas; esclerodermia e esofagite eosinofílica; megaesôfago (acalásia) e distúrbios motores; doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e suas complicações; grandes hérnias hiatais; divertículos esofágicos e faringoesofágico (Zenker); estenoses esofágicas benignas (péptica, cáustica e outras); leiomiomas e cisto de duplicação do esôfago; úlcera gástrica e duodenal e suas complicações: úlcera estenosante e hemorrágica; câncer gástrico; litíase biliar e suas complicações: colecistite calculosa aguda e crônica, coledocolitíase, papilites e litíase intra-hepática; icterícia obstrutiva; colangite; estenose cicatricial das vias biliares; pancreatite aguda; pancreatite crônica; pseudocistos do pâncreas; câncer da vesícula biliar e das vias biliares; tumores císticos do pâncreas: neoplasia mucinosa intraductal pancreática e cistoadenomas do pâncreas; Nódulos incidentais hepáticos (tumores benignos do fígado: hemangioma, hiperplasia nodular focal e adenoma); Metástases hepáticas (em especial de câncer colorretal);
  • Dominar a anatomia radiológica do fígado e sistema portal;
  • Analisar o papel da radiologia intervencionista no diagnóstico e como terapêutica das doenças do aparelho digestivo;
  • Analisar o papel da quimioterapia no tratamento das doenças malignas do aparelho digestivo;
  • Dominar o diagnóstico e tratamento das afecções anorretais (doença hemorroidária, fissura anal, abscesso e fístula anal) e das doenças sexualmente transmissíveis (HPV) e o desbridamento de lesões de partes moles perineais;
  • Dominar o diagnóstico e o tratamento das fístulas simples (interesfincterianas) e das complexas (transesfincterianas, e supraesfincterianas;
  • Dominar o diagnóstico e o tratamento do prolapso mucoso da procidência de reto;
  • Dominar diagnóstico e tratamento de cisto pilonidal, cisto dermóide e tumor pré-sacral;
  • Dominar diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das doenças inflamatórias intestinais (Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa);
  • Dominar diagnóstico e tratamento de diverticulose e diverticulite aguda;
  • Dominar diagnóstico e tratamento do Megacólon;
  • Dominar diagnóstico e tratamento da obstrução intestinal;
  • Demonstrar conhecimento em endoscopia digestiva alta, colangiopancreatografia e ultrassonografia endoscópica (ecoendoscopia) e nas condutas nas lesões esôfago-gástricas, duodenais e papila duodenal;
  • Demonstrar conhecimento em Colonoscopia, as indicações e noções básicas sobre conduta nos pólipos e o domínio do seguimento pós-polipectomia, bem como, o diagnóstico e tratamento das síndromes polipóides;
  • Dominar o rastreamento do câncer gastrointestinal;
  • Demonstrar conhecimento no diagnóstico da incontinência fecal: os testes funcionais (manometria anorretal, videodefecografia, tempo de trânsito colônico e eletroneuromiografia anal);
  • Demonstrar conhecimento sobre o câncer colorretal e de ânus;
  • Demonstrar conhecimento sobre os métodos de imagem, indicações e interpretação, no diagnóstico e tratamento do câncer colorretal (Tomografia, Ressonância magnética nuclear e ultrasson endoanal)
  • Dominar o preparo de cólon (anterógrado e retrógrado);
  • Dominar a indicação do tratamento cirúrgico da obesidade grave e doenças metabólicas associadas, através das seguintes ações: reconhecer os pacientes com obesidade e transtornos metabólicos passíveis de indicação cirúrgica; ter capacidade de realização do preparo pré-operatório de forma a diminuir o risco cirúrgico; escolher a técnica cirúrgica e sua variante mais indicada de forma personalizada a cada caso, de modo a obtenção dos melhores resultados imediatos e tardios depois da cirurgia; estimar precocemente as complicações que podem ocorrer depois das cirurgias bariátricas e metabólicas, instituindo o tratamento adequado; realizar o acompanhamento pós-operatório prevenindo problemas cirúrgicos e nutricionais;
  • Dominar a realização, por via aberta ou minimamente invasiva, dos seguintes procedimentos: Hiatoplastia com fundoplicatura na DRGE; Miotomia com fundoplicatura no megaesôfago; Diverticulectomia e miotomia no Divertículo de Zenker; Colecistectomia; Colangiografia intra-operatória e pós-operatória; Drenagem da via biliar; Esplenectomia; Resseções não regradas do fígado (nodulectomias hepáticas); Ressecções anatômicas hepáticas menores (segmentectomias e bi-segmentectomias); Apendicectomias; Enterectomias, colostomias e ileostomias (confecção e fechamento);
  • Dominar a realização de biópsia hepática;
  • Valorizar e solicitar a necessidade de interconsultas com outros especialistas quando se fizer necessário;
  • Elaborar prontuário médico legível para cada paciente, contendo os dados clínicos para a boa condução do caso, preenchido em cada avaliação em ordem cronológica, com data, hora, assinatura e número de registro no Conselho Regional de Medicina e mantê-lo atualizado;
  • Realizar a prescrição do plano terapêutico, informado e aceito pelo paciente e/ou seu responsável legal;
  • Elaborar e aplicar o termo de consentimento livre esclarecido de acordo com as normas vigentes;
  • Demonstrar cuidado, respeito na interação com os pacientes e familiares, valores culturais, crenças e religião dos
  • pacientes, oferecendo o melhor tratamento.

R2

  • Dominar a seleção, avaliação de risco, princípios oncológicos e técnicas operatórias do paciente com câncer do aparelho digestivo (esôfago, junção esofagogástrica, estômago e intestino delgado, fígado, pâncreas e vias biliares, cólon, reto e ânus, e do peritônio);
  • Dominar os aspectos do câncer do aparelho digestivo relacionados a fatores de risco e campanhas de prevenção, rastreamento e vigilância epidemiológica;
  • Participar de modo decisivo no atendimento multiprofissional do paciente com câncer do aparelho digestivo, envolvendo a oncologia clínica, nutrição, radiologia, radioterapia dentre outros;
  • Analisar os métodos de imagem aplicados no diagnóstico e tratamento do câncer do aparelho digestivo;
  • Dominar a base do diagnóstico anatomopatológico e suas implicações na classificação de estadiamento TNM;
  • Analisar a biologia dos tumores (oncogenes e marcadores) e aplicar o conhecimento nas bases da oncologia clínica e cirúrgica;
  • Demonstrar conhecimentos sobre o uso racional dos quimioterápicos e imunossupressores, da radioterapia e seus benefícios e toxicidade;
  • Dominar o uso racional de antibióticos;
  • Dominar as bases do diagnóstico, estadiamento e tratamento das seguintes afecções: câncer do esôfago e da cárdia; câncer da papila de vater; câncer do pâncreas;
  • Dominar a realização, por via aberta ou minimamente invasiva, os seguintes procedimentos: Gastrectomias parciais ou totais com ou sem linfadenectomias para as afecções benignas e malignas do estômago; Tratamento das obstruções intestinais por tumores benignos ou malignos; Reintervenções sobre o estômago como degastrectomias em casos benignos e malignos; Vagotomias e suas variantes técnicas; Reconstrução do trato digestivo após gastrectomias totais ou subtotais; Esofagectomia nas afecções benignas; Esofagectomia com linfadenectomia por diferentes acessos (transtorácico ou transhiatal) no câncer do esôfago e cárdia; Reconstruções esofágicas: Esôfago ou faringo gastro ou coloplastias; Cirurgia das grandes hérnias hiatais; Reoperações na DRGE e megaesôfago; Litotomia das vias biliares intra e extra-hepáticas; Papilotomia; Anastomose biliodigestiva; Duodenopancreatectomia; Gastroduodenopancreatectomia; Pancreatectomia distal com e sem espelenectomia; Anastomoses: pancreatojejunal, cistogástrica e cistojejunal; Necrosectomia pancreática;
  • Dominar o tratamento cirúrgico da hipertensão portal;
  • Dominar as ressecções anatômicas hepáticas maiores (hepatectomias direita, esquerda e trissetorectomias); Hepatectomias regradas nos tumores primários do fígado; Linfadenectomia do hilo hepático;
  • Dominar diagnóstico e tratamento cirúrgico do câncer colo-retal-anal;
  • Compreender as indicações de cirurgias de exenteração pélvica;
  • Dominar o diagnóstico e o tratamento cirúrgico da obesidade grave e doenças metabólicas associadas, como as técnicas e resultados dos procedimentos cirúrgicos: Banda gástrica ajustável, Gastrectomia vertical, Bypass gástrico com derivação jejunal, Derivação bileo-pancreática nas suas variantes de Scopinaro, Duodenal-Switch total ou parcial (bipartição intestinal) e as perspectivas de novas modalidades técnicas;
  • Compartilhar o manejo com a equipe multiprofissional através das seguintes ações: Coordenar a equipe multiprofissional; atuar na prevenção de trombose venosa e embolia pulmonar; avaliar os aspectos metabólicos e entero-hormonais do paciente obeso, bem como da Diabetes Mellitus Tipo 2 e seu tratamento através da Cirurgia Metabólica; Avaliar as alterações nutrológicas mais comuns e conduzir seu tratamento;
  • Analisar as técnicas endoscópicas de diagnóstico e tratamento das principais complicações da cirurgia bariátrica;
  • Dominar os aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento das Urgências em cirurgia bariátrica;
  • Dominar os aspectos relacionados a Cirurgia revisional, como indicações, seleção dos pacientes e aspectos técnicos;
  • Demonstrar conhecimento das indicações e contra-indicações do transplante de fígado, pâncreas, intestino e multivisceral;
  • Dominar diagnóstico e tratamento das complicações cirúrgicas dos pacientes cirróticos;
  • Dominar os aspectos éticos do transplante com doador vivo e falecido e os critérios para ser doador vivo e falecido e como diagnosticar a morte encefálica, bem como, notificar e manter os doadores com morte encefálica;
  • Dominar as técnicas de captação de órgãos do aparelho digestivo;
  • Reconhecer as complicações precoces e tardias do transplante de órgãos do aparelho digestivo, bem como, as reações adversas e complicações do uso dos imunossupressores;
  • Dominar as bases para preservação de órgãos para transplante;
  • Produzir de artigo científico;
  • Compreender a aplicabilidade da Cirurgia Robótica;
  • Tomar decisões sob condições adversas, com controle emocional e equilíbrio, aplicando liderança para minimizar eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações;

Conceito do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Criado em 1988,  o CBCD é uma instituição científica voltada para a divulgação, capacitação e aperfeiçoamento da Cirurgia Digestiva em todo Brasil.

O Colégio possui o objetivo de congregar médicos praticantes da especialidade, além de ser responsável por elaborar as Normas da Residência em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Brasil.

Em seu estatuto, estabelece como algumas de suas finalidades:

  • Criar e desenvolver entre seus membros o espírito de luta por ideais comuns, de unidade, fraternidade e reciprocidade, bem como integração, solidariedade e participação na vida da sociedade brasileira;
  • Promover o ensino continuado da Cirurgia do Aparelho Digestivo e das áreas afins correlatas a ela, através de congressos, jornadas, seminários e cursos de âmbito regional, estadual, nacional ou internacional;
  • Estimular o progresso científico e tecnológico da especialidade;
  • Estimular, supervisionar e avaliar a formação pós-graduada na especialidade de Cirurgia do Aparelho Digestivo;
  • Estabelecer padrões de treinamento, ensino e pesquisa da especialidade;
  • Credenciar serviços universitários ou não ao treinamento e ensino da especialidade;

Além disso, o CBCD se responsabiliza por estimular o intercâmbio entre serviços de cirurgia do país e do exterior, além de representar os cirurgiões do aparelho digestivo na defesa dos seus interesses profissionais, técnicos e científicos.

Em seu site, o Colégio afirma que, após se submeter ao treinamento de residência, o médico “é considerado um profissional apto a realizar ou então conduzir o diagnóstico em casos de maior complexidade clínica. Bem como tratar pacientes graves, suficientemente capaz de praticar com sucesso intervenções de grande porte cirúrgico”.

Conclusão sobre as melhores residências em Cirurgia do Aparelho Digestivo

Como se observa, para obter destaque no mercado de trabalho e saber lidar melhor com os mais variados pacientes, é muito importante fazer residência médica em um centro de referência. 

Felizmente, são muitas as instituições com bons treinamentos, portanto, não é possível estabelecer um ranking para afirmar quais deles são os melhores. Para auxiliar na decisão, o melhor caminho é consultar os programas de residência divulgados pelo CBCD que dão um indicativo de quais são algumas das melhores residências em Cirurgia do aparelho Digestivo, entre as quais já foram destacadas:

  • Irmandade Santa Casa de Misericórdia de SP;
  • HU-UFSC;
  • HC-UFMG;

Referências:

Cirurgia do Aparelho Digestivo: residência, áreas de atuação, rotina e mais! 

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Estatuto do CBCD

Resolução Nº5, de 8 de abril de 2019