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Apesar de ser difícil estabelecer quais são as melhores residências em Oncologia no Brasil, vamos trazer nesta publicação mais informações não apenas sobre a especialidade, mas principalmente uma relação com as instituições que são referência no setor quando podemos pensar em possíves melhores residências em Oncologia.
Afinal, estabelecer as melhores seria uma tarefa delicada, uma vez que não há metodologia única no Brasil para comparar e analisar cada programa. Então conheça mais sobre Oncologia e instituições de referência na área.
Oncologia clínica
A Oncologia clínica é a especialidade que se dedica ao tratamento clínico de tumores malignos sólidos em adultos. Ou seja, a Oncologia lida com todos os cânceres, com exceção daqueles de origem hematológica (leucemias, linfomas e mieloma múltiplo).
Durante os últimos anos a Oncologia tornou-se uma ciência complexa. Atualmente, é de enorme importância a abordagem multidisciplinar no tratamento do paciente oncológico, assim o médico oncologista trabalha integrado a uma equipe multiprofissional e conta com a colaboração de outras especialidades médicas como patologia, radiologia, cirurgia, pediatria, psiquiatria, enfermagem, psico-oncologia, fisioterapia, nutrição e muitos outros profissionais.
O médico oncologista
Diferentemente do que acontece em outras especialidades clínicas, o oncologista dificilmente trabalha sozinho em seu consultório próprio. Dessa maneira, o mais comum é a prática associada a alguma clínica com diversos colegas de especialidade. Assim, esse fato proporciona grande troca de experiências e discussões dos casos mais complexos.
O tratamento do câncer exige abordagem multidisciplinar e, por isso, o oncologista clínico convive de maneira muito próxima com médicos de praticamente todas as áreas cirúrgicas, como por exemplo radioterapeutas, radiologistas, médicos nucleares e cuidados paliativos, além de profissionais de outras áreas da saúde, como nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, e fonoaudiólogos.
Um dos grandes desafios da profissão é a complexidade de lidar com pacientes evoluindo em quadros de caráter terminal – a angústia do paciente e dos familiares resulta em grande desgaste emocional tanto para eles quanto para a equipe médica. Nesse contexto, o diálogo próximo e a relação de confiança ajudam a esclarecer dúvidas e evitar cenários de negação por parte do paciente e de melhor processamento do luto por parte do profissional assistente.
É uma especialidade que lida diretamente com o paciente e a família. Dessa forma, torna-se imprescindível que o profissional desenvolva habilidades de comunicação e empatia, demonstrando compaixão, equilíbrio, segurança e sensibilidade.
Apesar do regime de trabalho ser predominantemente ambulatorial e com poucos plantões, a carga horária elevada também é um ponto a ser lembrado quando se fala em desafios da oncologia clínica.
Isso acontece, principalmente, por causa da alta demanda de comunicação por parte dos pacientes, o que pode acabar tornando o profissional disponível em tempo integral.
O especialista precisa saber administrar o tempo dedicado ao trabalho para que isso não interfira de maneira negativa na sua vida pessoal.
Dados publicados pelo Relatório de Demografia Médica de 2018, no Brasil mostram que a especialidade possui 3583 médicos oncologistas (o que representa 0,9%) e o perfil consiste em um profissional de em média 44 anos, 56,4% são homens e com distribuição de 1,73 profissional a cada 100 mil habitantes. Por região, a quantidade de oncologista é irregular e se dá, da seguinte maneira: Norte 4,2%, Nordeste 18,3%, Sudeste 46,5%, Sul 21,5% e Centro-Oeste 9,5%.
A rotina do oncologista
A Oncologia clínica é uma especialidade essencialmente ambulatorial, com as consultas representando grande parcela das atividades de rotina. Geralmente, o dia a dia desse profissional é complementado por visitas aos pacientes internados (em quartos, enfermarias ou unidades de tratamento intensivo).
De modo geral, o oncologista clínico não trabalha em regime de plantões, exceto nos setores de quimioterapia e dos plantões de intercorrências, que funcionam no esquema de sobreaviso.
No dia a dia da profissão, o tratamento oncológico sistêmico se faz muito presente, o que inclui a quimioterapia, a hormonioterapia e as terapias-alvo.
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa os médicos oncologistas clínicos. Fundada em 1981, atua em diversas frentes como incentivo à formação e à pesquisa, educação continuada, políticas de saúde, defesa profissional, relações nacionais e internacionais.
Diante da importância crescente da especialidade, a SBOC aprimora-se constantemente como agente reflexivo, propositivo, colaborativo e realizador, visando contribuir para o fortalecimento da Oncologia no Brasil e no mundo.
Missão
- Estimular e promover a garantia do exercício ético da Oncologia, da valorização e dignidade profissional do médico oncologista e das questões éticas em saúde, tendo por princípio a melhoria constante das condições de vida dos profissionais e pacientes de forma a impulsionar a promoção da saúde no Brasil;
- Organizar, propor e defender políticas e medidas que assegurem ao oncologista clínico excelência na formação, atuação e reconhecimento profissional;
- Valorizar o ensino e fomentar a educação continuada por meio do incentivo à pesquisa, da colaboração com instituições de excelência e da promoção de iniciativas que inspirem o progresso da Oncologia no Brasil;
- Promover a multidisciplinaridade no atendimento oncológico e na pesquisa clínica em Oncologia, de forma a incentivar o apoio mútuo, a troca de informações e o desenvolvimento conjunto dos profissionais da área.
Visão
Ser reconhecida como uma sociedade pioneira e efetiva na promoção e no progresso da Oncologia Clínica no Brasil
Mercado de trabalho
Dentre as doenças conhecidas, o câncer é capaz de provocar arrepios de temor. Trata-se de um diagnóstico que muitas vezes traz uma representação social ligada à negatividade, como perdas, luto, sofrimento… É um diagnóstico que impacta, não apenas o paciente, mas também a sua família.
Por conta disso, o oncologista é aquele profissional que todos gostariam de evitá-lo. Entretanto, trata-se de uma especialidade bem vista no meio médico e no meio externo, graças aos resultados positivos alcançados no enfrentamento da doença. Esse profissional lida com pacientes de todas as idades, exceto crianças (que são tratadas por oncologistas e hematologistas pediátricos), de todas as classes sociais, gêneros e com os mais diversos acometimentos..
A cada ano, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), evidenciam aumento do número de neoplasias malignas diagnosticadas no Brasil. O grande número de casos da doença provoca também um grande avanço em técnicas de diagnóstico e tratamento, cada vez mais modernas.
Por esses e outros motivos, o mercado de trabalho em oncologia clínica está em expansão no país. Assim como em outras especialidades, o oncologista poderá trabalhar em clínicas privadas, hospitais públicos ou investir em seu próprio consultório.
Para o oncologista, também existe a possibilidade de seguir com os estudos e investir em uma subespecialização!
Área de atuação
A oncologia é uma especialidade bastante abrangente que possibilita ao residente estudar diversas entidades patologias, de casos simples a complexos, com perspectivas de cura ou não.
Os principais campos de trabalho são:
- Consultórios privados
- Ambulatórios de especialidades
- Enfermarias
- UTI
- Centros de tratamento em quimioterapia
Remuneração
O médico oncologista clínico ganha R$ 6.314,07, em média, para uma jornada de trabalho de 22 horas semanais. É o que mostra pesquisa do site Salário junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web.
Atualmente, as melhores propostas de trabalho estão nas cidades de grande e médio porte no interior do país, com maior concentração profissional na cidade de São Paulo.
De todo modo, a remuneração, em linhas gerais, depende da experiência do profissional e da área de atuação.
Residência médica em Oncologia
A residência médica em oncologia tem duração de três anos e o ingresso exige a conclusão do programa de Clínica Médica credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica/Ministério da Educação (CNMR/MEC), com duração de dois anos. Ou seja, para receber o título de oncologista clínico, o profissional após a graduação, deve cursar cinco anos de residência médica ao todo.
- Leia também: Rotina da residência de Oncologia Clínica
A SBOC desenvolveu o novo PROC – Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica, aprovado pela CNRM em setembro de 2018. A elaboração do novo PROC vem ao encontro da necessidade da aquisição teórica e do treinamento prático estarem em compasso com a nova realidade da prevenção e tratamento oncológicos, após mudanças profundas geradas por novas descobertas das últimas duas décadas.
Segundo o Relatório de Demografia Médica de 2018, havia 823 médicos residentes em atuação, destes 339 R1, 282 R2 e 202 R3. Esse número representa 2,3% dos residentes brasileiros. Todavia, em 2018 havia, autorizadas pelo CNRM, 1748 vagas.
Objetivo
Formar e habilitar médicos na área da oncologia clínica com competências que os capacitem a dirimir as situações, os problemas e os dilemas na área da Oncologia e dominar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade, além de desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica, tornando-os progressivamente responsáveis e independentes.
Matriz de competências
A última atualização da matriz de competências para a formação do oncologista clínico brasileiro foi elaborada entre 2005 e 2007 e entrou em vigor no início de 2008. Uma das principais mudanças, à época, foi o aumento do tempo de treinamento em Cancerologia/Oncologia Clínica de dois para três anos.
De modo a contemplar todas as mudanças e avanços da prática médica na especialidade nesse período superior a uma década, a SBOC considerou fundamental estabelecer, em acordo com a CNRM/MEC, uma nova Matriz de Competências para a formação do oncologista clínico no país
O novo programa está alinhado com as Recomendações para um Currículo Global em Oncologia Clínica, elaboradas conjuntamente pelas Sociedades Europeia e Americana de Oncologia (ESMO/ASCO), em 2016, e atualizadas periodicamente (Ditrich et al: Recommendations For a Global Curriculum in Medical Oncology; ESMO Open access 2016).
O PROC expõe o currículo baseado em matriz de competências a serem adquiridas pelo residente ao longo dos três anos de treinamento. Além disso, é abrangente e traz avanços importantes, como a unificação da avaliação do conhecimento teórico e do comportamento durante a residência; o aumento da carga horária de atividade ambulatorial, principalmente no primeiro ano; a possibilidade da individualização da formação do residente durante o terceiro ano, conforme seus propósitos; entre outros.
Subespecialidades
Segundo o Relatório de Demografia Médica de 2018, havia apena uma subespecialidade autorizada pelo CNRM:
- Oncologia pediátrica – 02 anos
Diante da evidência de que nas últimas décadas, a área da oncologia tem passado por grandes progressos em termos de conhecimento e técnicas, alguns profissionais optam por complementar a formação no exterior, nas chamadas “fellowships”.
Melhores residências em oncologia
Independente da especialidade desejada, a escolha de qual programa de residência médica seguir é uma etapa fundamental na formação do médico. Sendo assim, é fundamental que pesquise sobre as instituições que oferecem a especialidade escolhida e opte por aquelas que atendam as demandas pessoais para uma boa formação, suas necessidades e a satisfação pessoal e profissional.
Apesar da tarefa delicada em definir quais as melhores residências em Oncologia (pois não há metodologia única para análise e comparação), listamos abaixo algumas instituições que são boas referências na área médica quando pensamos em quais seriam as melhores residências em Oncologia para médicos escolherem:
- FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP – https://www.fcm.unicamp.br/
- FACULDADE DE MEDICINA DA USP – http://www.fm.usp.br/fmusp/portal/
- INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – https://www.inca.gov.br/
- HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN – https://www.einstein.br/Pages/Home.aspx
- HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS – https://iep.hospitalsiriolibanes.org.br/