Neurologia

Neurologia: residência, mercado de trabalho, salário e mais

Neurologia: residência, mercado de trabalho, salário e mais

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A neurologia é a medicina focada no estudo do sistema nervoso e nas suas relações com o restante do organismo humano. De acordo com o último estudo da Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2023, o país tem 6.776 titulados nessa especialidade.

O profissional desta especialidade atua realizando consulta, exames, investigando patologias, prescrevendo de tratamentos medicamentosos ou não, acompanhamento de histórico além da realização de procedimentos cirúrgicos relacionados ao sistema nervoso.

Para se ter uma ideia da importância de cuidar do sistema nervoso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda doença que causa mais mortes em todo o mundo, atrás apenas da cardiopatia isquêmica. No ranking das 10 doenças que mais matam, também aparece o Alzheimer e outras demências, também tratadas pelo neurologista. 

O objetivo deste texto é te ajudar a conhecer mais sobre esta especialidade médica. Aproveite a leitura!

O neurologista e sua rotina

O neurologista deve ter amplo conhecimento sobre anatomia geral e neuroanatomia, além de fisiologia, farmacologia, patologia e clínica médica. Tudo isso se faz necessário tanto nas diversas situações de doenças neurológicas quanto na interação multidisciplinar que se faz necessária para o acolhimento do paciente. 

Quando falamos sobre características pessoais, destacam-se:

  • curiosidade,
  • compaixão,
  • paciência,
  • persistência,
  • empatia e
  • sinceridade.

Essas competências ajudam buscar investigações aprofundadas, perceber os anseios do paciente e dos seus familiares, explicá-los sobre as consequências da doença de forma adequada e insistir na busca pelo diagnóstico e tratamento mesmo nos casos mais difíceis.

Apesar de a maior causa de mortalidade entre as doenças neurológicas ser o AVC, a maioria dos atendimentos trata de queixas menos complexas, como dores crônicas, vertigem, problemas de memória, crises convulsivas e alterações comportamentais. 

As doenças tratadas pelo neurologista

As doenças estudadas pela neurologia acometem o sistema nervoso central (encéfalo, medula espinhal, líquido cefalorraquidiano e seus envoltórios meníngeos), sistema nervoso periférico (raízes nervosas da medula espinhal e suas ramificações terminais, nervos periféricos) e os tecidos efetores (vasos, músculos, glândulas e outros).

Também pode acontecer de o neurologista trabalhar para diagnosticar a tratar doenças sistêmicas que manifestem sinais e sintomas no funcionamento do sistema nervoso. 

Rotina de atendimentos

Em qualquer atendimento feito por um neurologista, a anamnese e o exame neurológico devem tomar bastante tempo. Essa entrevista deve ser muito detalhada e feita com muita atenção e perspicácia pelo profissional. Isso acontece porque alguns detalhes que podem passar despercebidos aos pacientes e seus familiares ou até a outros médicos podem ser importantes para o diagnóstico correto.

A semiologia neurológica é a que mais exige conhecimento e treinamento do médico. Saber extrair os dados em uma anamnese tão aprofundada não é fácil. Essa tarefa torna-se ainda mais complicada quando o paciente não teve acesso à educação formal, assim como os seus acompanhantes, e cabe ao médico perceber essa situação e saber contorná-la, de modo que consiga extrair do indivíduo o máximo de informações possíveis.

O exame neurológico se inicia desde o primeiro contato com o paciente — até a forma como ele se levanta da cadeira na sala de espera pode trazer pistas para o diagnóstico. A observação desses sinais é muito importante. Ao longo da residência, você vai ver exemplos de como um exame físico equivocado pode desviar o raciocínio na investigação do diagnóstico. 

Áreas de atuação da neurologia

A tendência à subespecialização médica existe em todo o mundo e pode trazer benefícios para o profissional, como a continuidade da vida acadêmica e melhora da assistência prestada a pacientes com doenças complexas ou raras. 

As subespecialidades da neurologia já reconhecidas e disponíveis para médicos formados na residência são:

  • distúrbios da dor: trata de dores crônicas e de difícil tratamento;
  • hansenologia: estuda os nervos periféricos;
  • distúrbios do sono: cuida de condições que interferem na qualidade do sono do paciente;
  • neurofisiologia: foca na realização e interpretação de exames complementares;
  • neurologia pediátrica: acessível para neurologistas e pediatras, trata de doenças neurológicas nessa faixa etária.

Mercado de trabalho da neurologia

Os neurologistas recém-formados tendem a buscar trabalhos em plantões de emergência ou no acompanhamento de pacientes internados em enfermarias especializadas.

Muitos têm vontade de trabalhar atendendo os pacientes em consultórios particulares, mas isso demanda experiência e tempo. Assim, nem todos conseguem seguir por esse caminho logo após o término da especialização.

Também existe a possibilidade de seguir com os estudos e investir em uma sub-especialização, como falamos no tópico anterior.

Remuneração do neurologista

Um médico neurologista ganha em média R$ 5.629,10 para uma jornada de trabalho de 17 horas semanais.

A faixa salarial do neurologista fica entre R$ 5.475,37 (média do piso salarial 2023 de acordos coletivos) e R$ 12.151,27 (teto salarial). Isso levando em conta o salário base de profissionais em regime CLT de todo o Brasil.

As informações são de acordo com pesquisa do Salario.com.br junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web. O período avaliado foi de Março de 2022 a Março de 2023.

Vale ressaltar que a remuneração pode variar de acordo com vários fatores. Entre eles: localidade, área de atuação, jornada de trabalho e nível de experiência.

A cidade com mais ocorrências de contratações e por consequência com mais vagas de emprego para Médico Neurologista é São Paulo – SP.

A residência em Neurologia

Antigamente, a residência em neurologia era feita somente após a formação em clínica médica. No entanto, hoje o acesso é direto para médicos generalistas, mediante concurso de admissão. A residência em neurologia dura três anos, onde o médico tem rotinas de estudos, atividades práticas profissionalizantes e avaliações. 

O primeiro ano é dedicado exclusivamente à clínica médica e os dois seguintes são focados na neurologia. Todas as instituições que oferecem vagas de residência devem seguir as linhas gerais da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que indica as seguintes atividades para cada período:

Primeiro ano (R1):

  • ambulatório de clínica médica;
  • enfermarias de clínica médica;
  • unidades de terapia intensiva;
  • serviços de urgência;
  • unidade básica de saúde;
  • plantões semanais em serviços de urgência;
  • estágios opcionais.

Segundo e terceiro anos (R2 e R3):

  • unidade de internação;
  • ambulatório;
  • urgência e emergência;
  • estágios obrigatórios;
  • estágios opcionais;
  • instalações e equipamentos. 

A neurologia tem grandes desafios — o principal deles é entender a fisioetiopatogenia e o curso clínico das doenças estudadas. no entanto, avanços tecnológicos têm aberto possibilidades interessantes para a área e podem ajudar bastante, desde que se tenha o conhecimento necessário para usá-los com propriedade.

Essa área da medicina está em plena expansão e tem muito a descobrir. Se você acha que a Residência em Neurologia é a opção ideal para o seu futuro, clique aqui e saiba como se preparar para as provas!

Sugestão de leitura complementar

Veja também:

Quer passar na residência médica de neurologia?

Para ingressar na residência médica, é importante que você comece o quanto antes uma rotina de estudos reforçada e consiga revisar todos os conteúdos que serão cobrados na prova.

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