O que dizem os especialistas sobre a flexibilização do uso de máscaras?

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Estados brasileiros e o Distrito Federal já começou a flexibilizar o uso de máscaras de proteção respiratórias, sobretudo em locais abertos. A decisão dos governantes é fundamentada no avanço da vacinação e na redução do número de casos de covid-19 no país.

Os municípios podem optar por adotar ou não a orientação do governo estadual.

Vale ressaltar que a máscara deve continuar sendo exigida em locais fechados de cidades onde menos de 70% da população com idade para ser imunizada tenham completado o ciclo vacinal.

Há ainda a recomendação para que pessoas que apresentem sinais e sintomas de quaisquer doenças respiratórias continuem usando a máscara em locais públicos.

Esse é o momento de flexibilizar o uso de máscaras?

A Agência Brasil entrevistou o professor do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB), Bergmann Morais Ribeiro, sobre o assunto.

“Na minha opinião, ainda não é o momento de liberar o uso de máscaras em ambientes fechados. Como o número de transmissões e mortes está diminuindo ao longo do tempo, a liberação em espaços abertos é algo natural. Mas, ainda não é o momento para espaços fechados”, pontuou Ribeiro.

“A variante Ômicron é muito transmissível. E há pessoas imunossuprimidas ou idosos que, se pegarem o vírus, mesmo vacinados, correm o risco de ser hospitalizados e ter a doença de forma grave”, acrescentou.

Para o professor, locais com aglomerações ainda deveriam manter a obrigatoriedade do uso de máscara. Exemplos: transporte público, comércios, teatro, cinema, feiras e shopping.

Avaliação da Fiocruz sobre a decisão

Para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a flexibilização de medidas protetivas contra a doença é prematuro.

De acordo com o boletim do Observatório Covid-19 divulgado pela instituição, as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença. Ainda não é possível avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval.

O boletim cita estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%.

Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim diz que as máscaras ficaram ainda mais importantes.

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A nova cepa combina características genéticas da Ômicron e da Delta. Ela vem sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início do mês. Período em que os primeiros casos foram identificados na França.

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Fonte: Agência Brasil

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