Residência Médica

O retrato da residência médica no Brasil

O retrato da residência médica no Brasil

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Tudo que você precisa saber sobre a residência médica no Brasil em um só lugar. Acesse e fique por dentro do assunto!

A residência médica no Brasil é um programa de pós-graduação lato sensu, oferecido por instituições de saúde, que tem como objetivo a formação de médicos especialistas.

É uma etapa complementar à graduação em Medicina, na qual o médico recém-formado aprimora seus conhecimentos e habilidades em uma área específica da medicina.

Continue a leitura do artigo e conheça o retrato da residência médica no Brasil. Vem com a gente!

Residência médica no Brasil

A residência médica é regulamentada e fiscalizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Saúde. O programa tem duração de dois a cinco anos, dependendo da especialidade escolhida. É desenvolvido em hospitais-escola, institutos de pesquisa e outras instituições de saúde credenciadas.

Durante a residência médica, os médicos realizam atividades práticas e teóricas, sob supervisão de médicos preceptores experientes. Eles participam de plantões, atendimentos ambulatoriais, cirurgias, discussões de casos clínicos, aulas e pesquisas. Ao final do programa, o médico recebe o título de especialista na área em que se especializou.

Esta é uma etapa fundamental na formação de médicos no Brasil, pois oferece uma oportunidade de aprofundamento nos conhecimentos práticos e teóricos de uma especialidade médica específica. Além disso, é uma exigência para o exercício de algumas especialidades e para o ingresso em concursos públicos e programas de saúde.

Retrato da residência médica

A residência médica no Brasil passou por transformações nos últimos anos. São mais ofertas de vagas, ocupadas por um número cada vez maior de mulheres. Porém, a distribuição dos cursos de residência ainda é desigual.

Essas e outras informações são reveladas pela Demografia Médica no Brasil 2023, produzida pela Universidade de São Paulo (USP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).

O levantamento mostra como a residência médica, instituída no Brasil em 1977 e uma das principais maneiras de formar profissionais, têm mudado.

Com base em dados de 2022, a pesquisa traz informações sobre sexo, faixa etária, distribuição conforme o ano de residência médica e, também, as principais especialidades cursadas pelos residentes.

A Demografia Médica no Brasil mostra que temos 41.853 médicos cursando a residência médica, em 4.951 programas que são ofertados por 789 instituições credenciadas pelo Ministério da Educação.

Qual o perfil dos residentes médicos no Brasil?

Com base no estudo da USP e do CFM, apresentaremos o perfil quanto ao sexo e raça/cor. Confira abaixo

Em relação ao sexo

O estudo mostra que 56,5% das pessoas que cursavam residência médica no Brasil são mulheres. Esse é um dos símbolos da tendência de feminização da Medicina no Brasil, de acordo com a demografia. A maioria delas se encontram com 35 anos.

Quando olhamos para os médicos formados de forma geral no Brasil através dos dados do Observatório, o predomínio masculino com 50,92%. Entretanto, olhando por faixa etária, eles só estão em maioria na de 70 anos.

Em relação à raça/cor

Quanto à raça/cor autodeclarada, 70,1% dos médicos residentes se
identificam como brancos e 27,5%, negros. Desses últimos, 3% se declararam pretos e 24,5% pardos.

Quantos residentes temos no Brasil por ano de residência?

Com possibilidade de durar de dois a cinco anos de acordo com a especialidade médica, a residência em geral tem um número alto de profissionais no primeiro ano. A Demografia Médica no Brasil 2023 lista a distribuição dos residentes segundo o ano de formação da seguinte maneira:

  • R1: 27,5%;
  • R2: 32,7%;
  • R3: 26,3%;
  • R4: 8,5%;
  • R5: 5%.

Como é a distribuição geográfica na residência médica no Brasil?

A pesquisa indica que a distribuição de médicos na residência ainda é desigual. Isso porque a Região Sudeste concentra 57,0 % dos residentes do Brasil.

Da mesma forma, a região tem mais da metade dos programas de residência médica, oferecidos por 374 instituições de ensino. A mesma desigualdade geográfica é vista na distribuição de médicos especialistas em atividade.

Por região, a distribuição geográfica de residentes médicos acontece da seguinte maneira:

  • Norte: 4%;
  • Nordeste: 18%;
  • Sudeste: 57%;
  • Sul: 14%;
  • Centro-Oeste: 7%.

O estudo mostra que São Paulo tem a maioria dos médicos residentes, seguido por Minas Gerais e Rio Grande do Sul. 

Quais as principais especialidades médicas dos residentes?

A Demografia Médica 2023 mostra que as especialidades que mais tem residentes são:

  • Clínica Médica, com 10,1%;
  • Pediatria, 8,9%;
  • Ginecologia e Obstetrícia 7,9%;
  • Cirurgia Geral, e 6,8%.

Anestesiologia, Otorrinolaringologia, Neurologia, Mastologia, Neurocirurgia e Cirurgia do Aparelho Digestivo, fecham a lista das 10 residências médicas mais procuradas. 

Na outra ponta, os programas de residência médica com menos médicos são:

  • Acupuntura;
  • Medicina do Trabalho;
  • Medicina Física e Reabilitação;
  • Homeopatia;
  • Medicina Preventiva e Social.

Crescimento das especialidades nos últimos 10 anos

Quinze especialidades se destacaram com crescimento entre 80% e 100%. Dentre elas, as três principais foram:

  • Medicina legal e perícia médica, com 266%;
  • Medicina de família e comunidade, com um crescimento de 246%;
  • Cirurgia de mão, com 172%.

As especialidades que apresentaram menor crescimento relativo foram
Ginecologia e Obstetrícia, Acupuntura, Medicina Preventiva e Social, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Cardiovascular, Medicina Física e Reabilitação e Homeopatia.

A única especialidade que apresentou declínio (de 2,4%) na série histórica foi Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, cujo número de especialistas diminuiu de 1.617 para 1.578.

Como o número de médicos residentes avançou?

Se em 2010 o número de médicos residentes era de 268.218, em 2022 o índice saltou para 495.716 médicos. É um aumento de 84,8%.

Como se preparar para a residência médica?

A Sanar residência médica já aprovou mais de 10 mil estudantes em R1. No último processo seletivo foi destaque com:

  • 1º lugar geral na UNICAMP
  • 1º lugar na UFES e UFRJ
  • 2º lugar no PSU/SCMG
  • 1º lugar FAMERP.

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Sugestão de leitura complementar

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Referências

  1. Demografia Médica do Brasil 2023;
  2. Ministério da Saúde;
  3. Ministério da Educação.