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Conhecer a rotina da residência de Endocrinologia e Metabologia é muito importante para quem tem interesse na área. Afinal, são necessários cerca de 10 anos de formação até se tornar um especialista em Endocrinologia.
A Endocrinologia é uma área relativamente nova e com poucos especialistas. De acordo com a pesquisa Demografia Médica no Brasil 2018, existem 5210 especialistas em todo país, razão de 2,51 por 100 mil habitantes. Isso representa 1,4% sobre o total de especialidades.
Diversos serviços oferecem residência em Endocrinologia no país. São mais de 70 serviços credenciados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Entre os que mais se destacam, estão o Hospital Santa Marcelina (SP), Hospital Felício Rocho (MG) e Hospital das Clínicas (UFPR).
- Leia também: As melhores residências em Endocrinologia
São muitas coisas que você não pode deixar de saber antes de escolher a residência em Endocrinologia. Por isso, para você conhecer um pouco mais da especialidade e da rotina do residente, a Sanar Residência Médica conversou com Deborah Nogueira, graduada em Medicina pela Unifenas/MG, que realizou residência em Clínica Médica pela Secretaria do Estado de Saúde, em Brasília-DF, e está finalizando o R4 de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Geral Roberto Santos em Salvador/BA.
Acompanhe os detalhes abaixo e escolha bem a sua especialidade!
A escolha da residência
A escolha da residência é um momento fundamental na carreira do médico. Geralmente, são levados em consideração diversos aspectos, tanto pessoais quanto profissionais.
Deborah conta que escolheu a especialidade durante a residência de Clínica Médica. “Eu não tive muito contato com a Endocrinologia durante a graduação ou mesmo durante a residência de Clínica Médica. Entretanto, busquei formas de me aproximar da especialidade. Aos poucos, descobri que essa seria a minha escolha”.
A decisão foi baseada principalmente por se tratar de uma área clínica ampla. “A Endocrinologia é uma especialidade fascinante e muito abrangente, permitindo um olhar clínico preciso diante de patologias sistêmicas e hormonais complexas. Além disso, tem foco também na prevenção de doenças e promoção de qualidade de vida”.
Deborah conta também que a residência no HGRS está sendo muito positiva, já que “é uma instituição que permite uma formação completa, possibilitando amplo aprendizado intra-hospitalar, além dos ambulatórios e diversas atividades em estágios externos. Isso sempre junto a uma preceptoria de excelência”, explica.
Como a residência é dividida
Para se tornar um médico endocrinologista, é necessário concluir pelo menos 2 anos de residência em Clínica Médica e, só então, prestar uma nova prova para ingressar na especialidade. A residência tem duração de dois anos.
Deborah conta um pouco sobre o funcionamento da residência do serviço que faz parte. “No R3, tem atividades ambulatoriais e hospitalares no acompanhamento de pacientes internados na enfermaria de endocrinologia. O R2, por sua vez, avalia interconsultas hospitalares, além das atividades ambulatoriais. Além disso, o aprendizado prático é complementado em estágios externos, em serviços parceiros”.
Os residentes também passam por diversas áreas de atuação. “A formação contempla diversas áreas de atuação ao longo dos 2 anos de residência na especialidade, tais como: Doenças Tireoideanas, Diabetes, Obesidade, Neuro-endocrinologia, Câncer de Tireoide, Metabolismo Ósseo, doenças da Adrenal, das gônadas, dentre outras”, explica.
O melhor da residência em Endocrinologia
Para Deborah, “Compreender melhor todo o metabolismo e a complexidade da atuação hormonal no organismo” é a melhor parte da endocrinologia.
Além disso, ela também destaca a possibilidade de direcionar pacientes em prevenção e tratamento. “Poder conduzir pacientes na prevenção de agravos e no tratamento de doenças com tanto impacto clínico, e ver bons resultados ao longo do tempo, é muito gratificante”, completa.
Expectativa de trabalho e emprego
A Endocrinologia oferece umas vasta área de atuação. Após fazer a residência, o médico pode realizar subespecialização para aprofundar os conhecimentos em áreas como:
- Doenças da hipófise;
- Obesidade;
- Crescimento;
- Menopausa etc.
“É uma especialidade com atuação ampla e, portanto, existem opções interessantes e diversificadas para o dia a dia, com boas oportunidades”, afirma Deborah.
A remuneração de um endocrinologista pode variar de acordo com a região e o tipo de trabalho, que pode ser no serviço público ou em clínicas privadas. De acordo com o site Salario.com.br, um endocrinologista no Brasil ganha em média R$ 6.795,82 para uma jornada de trabalho de 18 horas semanais.
Em geral, o médico endocrinologista atua em ambulatórios públicos ou clínicas privadas, porém nos últimos anos tem ganhado novas possibilidades, como conta Deborah.
“A especialidade é voltada para atendimento ambulatorial, então a maior parte da carga horária é nesse tipo de atendimento. Entretanto, cada vez mais o endocrinologista tem ganhado espaço no contexto intra-hospitalar e na abordagem multidisciplinar”, revela.
Conclusão sobre a rotina da residência em Endocrinologia e Metabologia
A residência em Endocrinologia tem pontos positivos e negativos, assim como outras especialidades. Os longos anos de formação e o grande volume de conteúdo e trabalho durante a residência exigem do médico dedicação integral.
Mesmo com o longo caminho, “a Endocrinologia é uma especialidade maravilhosa”, conclui Deborah. Afinal, é uma especialidade que tem ganhado cada vez mais espaço no tratamento de doenças e na promoção de saúde.
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Referências:
As melhores residências em Endocrinologia