Carreira em Medicina

Aprenda os cinco procedimentos de UBS mais comuns!

Aprenda os cinco procedimentos de UBS mais comuns!

Compartilhar
Imagem de perfil de Prática Médica

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), logo, existem muitos procedimentos de UBS que podem ser feitos e muitos esquecem.

O objetivo das UBS é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais.

Drenagem de abscesso

Um abscesso é uma coleção confinada de pus cercada por tecido inflamado. A maioria dos abscessos são encontrados nas extremidades, nádegas, mama, axila, virilha e áreas propensas a fricção ou pequenos traumas, mas podem ser encontrados em qualquer área do corpo. Os abscessos são formados quando a pele é invadida por microorganismos.

A celulite pode preceder ou ocorrer em conjunto com um abscesso. Os dois microrganismos mais comuns que levam à formação de abscessos são Staphylococcus e Streptococcus. Abscessos perianais são comumente causados ​​por organismos entéricos. Organismos Gram-negativos e bactérias anaeróbicas também contribuem para a formação de abscessos.

Tratamento

O tratamento de um abscesso é principalmente através de incisão e drenagem. Abscessos menores (<5 mm) podem se resolver espontaneamente com a aplicação de compressas quentes e antibioticoterapia. Abscessos maiores exigirão I&D como resultado de um aumento na coleção de pus, inflamação e formação da cavidade do abscesso. Isso que diminui o sucesso das medidas conservadoras.

Abscessos não tratados podem seguir um de dois cursos. O abscesso pode permanecer profundo e reabsorver lentamente, ou o epitélio sobrejacente pode atenuar (ou seja, apontar), permitindo que o abscesso se rompa espontaneamente para a superfície e drene. Raramente, a extensão profunda no tecido subcutâneo pode ser seguida por descamação e cicatrizes extensas. A terapia conservadora para pequenos abscessos inclui compressas quentes e úmidas e antibióticos antiestafilocócicos.

Incisão e drenagem é um método consagrado pelo tempo de drenagem de abscessos para aliviar a dor e acelerar a cicatrização. Culturas de rotina e antibióticos geralmente são desnecessários se um abscesso for drenado adequadamente.

Indicações

  • Abscesso palpável e flutuante
  • Um abscesso que não se resolve apesar das medidas conservadoras
  • Abscesso grande (>5 mm)

Contra-indicações

  • Extensamente grandes ou profundos ou abscessos perirretais que podem exigir desbridamento cirúrgico e anestesia geral
  • Faciais nos sulcos nasolabiais (risco de flebite séptica secundária à drenagem do abscesso no seio esfenoidal)
  • Abscessos de mãos e dedos devem receber consulta cirúrgica ou ortopédica

Tenha cuidado com pacientes imunocomprometidos e diabéticos; essas populações podem exigir medidas e acompanhamento mais agressivos.

Equipamento para o procedimento

  • Materiais de precaução universal (jaleco, luvas, óculos de proteção)
  • Toalhas estéreis e luvas estéreis
  • Anestésico local (1% ou 2% lidocaína com ou sem epinefrina)
  • Seringa de 10 cc e agulha de calibre 25 a 30
  • Material de preparação da pele (clorexidina)
  • Lâmina e bisturi nº 11 ou 15
  • Hemostatos curvos
  • Tesouras
  • Gaze de fita de embalagem (simples ou iodofórmio)
  • Curativo (almofadas de gaze de 4 × 4 polegadas e fita adesiva)

Técnica para fazer drenagem de abscesso

  1. Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização.
  2. Verifique se o abscesso possui flutuação.
  3. O procedimentos de UBS deve ser realizado de maneira asséptica. Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com um agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril.
    Usando a agulha 40 x 12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg). Troca-se a agulha pela hipodérmica.
  4. Introduza o anestésico numa técnica de bloqueio de campo regional. A anestesia deve realizar-se aproximadamente a 1 cm do perímetro de maior sinal de flutuação, com o cuidado de injetar no subcutâneo. Afinal, a anestesia é para a pele, para a confecção da abertura, nada a mais.
  5. Depois, continue a fazer o bloqueio de maneira linear, ao longo da linha de incisão projetada, que deve ser longa.
  6. Uma vez realizada a anestesia, faz-se uma incisão longa e profunda o suficiente ao longo da linha da pele para promover a drenagem espontânea da secreção purulenta. Não adianta fazer pequenas incisões, pois isso pode levar à recidiva dos abscessos.
  7. Depois da drenagem espontânea, evite espremer a pele circunjacente, pois pode promover a proliferação da infecção para o tecido subcutâneo adjacente.
  8. Coloca-se a pinça hemostática na cavidade, a fim de quebrar as floculações e liberar quaisquer bolsas de material purulento residuais.
  9. Irrigue a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local.
  10. Introduza uma gaze ou um dreno de Penrose no local, com 1 a 2 cm para fora da incisão, para permitir drenagem adequada e impedir que a incisão fique selada. Se necessário, pode ser fixado com um ponto simples frouxo de nylon 3.0.
  11. Curativo com gaze

Complicações

  • Anestesia inadequada
  • Dor durante e após o procedimentos de UBS
  • Sangramento
  • Recorrência de formação de abscesso
  • Tromboflebite séptica
  • Fasceíte necrosante
  • Formação de fístula
  • Danos aos nervos e vasos
  • Cicatriz

Exérese de sebáceo

Decorre da oclusão do conduto de uma glândula sebácea, resultando em acúmulo de secreção (sebo). As áreas mais afetadas são: couro cabeludo,
pescoço e face.

Geralmente é assintomático, tem crescimento lento e atinge tamanhos variados. Apresenta-se como uma elevação local, pouco consistente, arredondada, ligada à pele por ducto excretor que se abre num orifício por onde se extrai, por meio de pressão, material amorfo, caseoso e fétido. Pode infectar, apresentando sinais flogísticos.

Tratamento

O tratamento do cisto não infectado é a exérese cirúrgica (com retirada da cápsula). Já o cisto infectado tem indicação de drenagem de abscesso simples, uma vez que a tentativa de retirar a cápsula pode propiciar propagação de infecção.

Indicações

As indicações comuns para a excisão do cisto sebáceo incluem inflamação recorrente, incômodo e preocupações cosméticas. As tabelas e regulamentos de taxas provinciais determinam quais procedimentos de UBS são serviços segurados.

Contraindicações

As contra-indicações relativas incluem inflamação grave e incisão e drenagem recentes.

Equipamento para o procedimento

  • Solução de iodopovidina tópico ou clorexidina.
  • Lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local.
  • Campos estéreis.
  • Material para o procedimento: pinça hemostática curva, pinça dente de rato, pinça anatômica, tesoura reta, tesoura curva, porta-agulha.
  • Lâmina de bisturi nº 11.
  • Soro fisiológico para irrigação.
  • Gaze.
  • Luva esterilizada.
  • Seringa de 5 ml.
  • Agulha 40 x 12 (rosa).
  • Agulha hipodérmica (de insulina).
  • Fio de sutura nylon 2.0, 3.0, 4.0.
  • Máscara e óculos para proteção.

Técnica para fazer exérese de sebáceo

  1. Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização
  2. O procedimento deve ser realizado de maneira asséptica. Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com um agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril.
  3. Usando a agulha 40 x 12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg). Troca-se a agulha pela hipodérmica. Introduza o anestésico numa técnica de bloqueio de campo regional. A anestesia deve realizar-se aproximadamente sobre o meio da lesão, com o cuidado de injetar no subcutâneo.
  4. Depois, continue a fazer o bloqueio de maneira linear, ao longo da linha de incisão projetada, de acordo com as linhas de força da pele.
  5. Uma vez realizada a anestesia, faz-se uma incisão longa e profunda o suficiente até identificar a cápsula do cisto.
  6. Ressecção do cisto, sem romper a cápsula. Se a cápsula for rompida durante o procedimento, retira-se todo o material interno e segue-se a sua total remoção.
  7. Irrigar a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local.
  8. Hemostasia.
  9. Sutura da pele com pontos simples ou intradérmicos. O fio a ser utilizado depende do local do corpo que foi realizado o procedimento (ver capítulo de sutura). Se o espaço morto residual for importante, considerar o uso de um dreno de Penrose.
  10. Curativo com gaze.

Lavagem auricular

O cerume é uma condição normal do canal auditivo externo e geralmente fornece proteção otite média aguda. O cerume afetado está presente em cerca de 10% das crianças, 5% adultos saudáveis, 57% dos pacientes idosos e 37% dos pacientes com déficit cognitivo.

Sua presença é geralmente assintomático, mas às vezes pode ocorrer complicações como perda auditiva, dor ou tontura. Também pode interferir no exame do tímpano.

A remoção do cerume é a cirurgia otorrinolaringológica mais comum
Atenção Primária à Saúde (APS) nos Brasil. Estima-se que 4% dos pacientes da APS consultarão por causa da situação no país.

Existem algumas técnicas que podem ser usadas para remover, depende de suas habilidades e especialidade, disponibilidade de instrumentos e aceitabilidade dos pacientes.

Tratamento

O tratamento é realizado, sobretudo, por meio da remoção mecânica do cerume impactado, principalmente pelas técnicas de solução com solução salina ou remoção manual. Vamos a técnica de solução com a solução Abordagem salina pela disponibilidade, boa segurança e aceitabilidade, sendo possível de ser realizada na maioria dos centros de saúde do País. Para remoção de cerume, são como seguintes:

  1. Otalgia.
  2. Diminuição importante da audição.
  3. Dificuldade de realização da otoscopia.
  4. Desconforto auditivo.
  5. Zumbido (zumbido).
  6. Tontura ou vertigem.
  7. Tosse crônica.

Contraindicações

Em geral, as contra-indicações mais comuns para a lavagem de ouvido são:

  • presença de secreção no conduto auditivo externo, ou otorréia;
  • perfuração de membrana do tímpano;
  • dor de ouvido e sinais inflamatórios e/ou infecciosos de orelha externa podendo indicar o possível diagnóstico de uma otite externa;
  • história de cirurgia no ouvido;
  • presença de tubo de ventilação de ouvido médio;
  • suspeita de otite média aguda ou crônica.

Equipamento para o procedimento

  1. Campo, toalha limpa ou compressa.1 otoscópio com otocone (calibre médio).
  2. 1 seringa de 20 ml ou maior (pode-se usar seringa comum de plástico).
  3. 01 cuba redonda.
  4. 1 cuba rim.
  5. 01 par de luvas de procedimento.
  6. 1 tesoura.
  7. 01 scalp (butterfly) calibroso (pelo menos calibre 19).
  8. 1 frasco estéril de solução salina isotônica a 0,9% (soro fisiológico) – sugere-se usar frascos de 100 ml. É possível a necessidade de uso de mais de um frasco.

Técnica para fazer lavagem auricular

  1. Indicar emolientes ou solução salina, sempre que possível, previamente ao procedimento.Preparar o material seguindo a lista de equipamentos recomendados para o procedimento.
  2. Cortar o scalp (butterfly) com aproximadamente 4 cm a partir da extremidade de acoplamento da seringa. Descartar a extremidade da agulha em local apropriado.
  3. Aquecer a solução fisiológica isotônica a 0,9% (soro fisiológico), ainda com o frasco fechado, até a temperatura corporal (37ºC), para evitar nistagmos e desconforto. Pode-se utilizar “banho-maria” ou aquecimento em micro-ondas.
  4. Examinar cuidadosamente o canal do ouvido externo por meio da inspeção e palpação.
  5. Realizar sempre a otoscopia antes do procedimento.
  6. Despejar o soro aquecido na cuba redonda. Sempre assegurar que a temperatura do soro não está excessivamente alta, podendo pedir também ao paciente para verificá-la.
  7. Aspirar com a seringa diretamente na cuba com o soro aquecido até completar a seringa
  8. Acoplar a seringa na extremidade não cortada do scalp.
  9. Posicionar a toalha, campo cirúrgico ou compressa no ombro do paciente.
  10. Sob leve pressão, posicionar a cuba rim, bem justaposta, à cabeça/pescoço do paciente na altura logo abaixo da orelha. Verificar se está bem justaposta para não molhar o paciente durante o procedimento.
  11. Usar luva de procedimentos.
  12. Introduzir a extremidade cortada do scalp com a concavidade voltada para frente e levemente para cima. Monitorar sempre sintoma de dor durante o procedimento.
  13. Sob leve pressão, instilar o soro fisiológico, deixando escoá-lo na cuba rim.
  14. Uma vez esvaziada a seringa, removê-la com o cateter (scalp), desacoplá-la e repetir as seis etapas anteriores quantas vezes forem necessárias.
  15. Uma vez que esvazie a cuba redonda com o soro, deve-se completar novamente com o soro aquecido. Depois de completa de soro com cerume, esvaziá-la.
  16. Verificar esporadicamente por meio da otoscopia se há mais cerume a ser removido. O procedimento deve ser suspenso diante das seguintes situações:
    • Se não houver mais cerume a ser removido;
    • Insucesso após várias tentativas de remoção do cerume;
    • Desistência do paciente;
    • Dor ou outra intercorrência

Lavagem gástrica

Trata-se de um procedimentos de UBS emergencial que deve ser realizado tão precocemente quanto orientado pela equipe da APS para evitar a ingestão acidental ou intencional de substâncias tóxicas (medicamentos, plantas, etc.) a fim de reduzir a exposição e absorção da substância pelo paciente. pergunta.

Quanto mais rápido os procedimentos de UBS for decidido e iniciado, maior a probabilidade de remover substâncias tóxicas. Se o paciente tiver que esperar pelo serviço de remoção, a oportunidade de descontaminação efetiva é perdida na maioria dos casos. Portanto, é importante que a equipe de saúde da APS seja treinada/qualificada para realizar esses procedimentos de UBS.

Contraindicações

  • Pacientes com Glasgow ≤ 8, exceto se forem intubados.
  • Ingestão de cáusticos ou corrosivos, com exceção do Paraquate, que, por ter efeito sistêmico muito importante, mesmo sendo cáustico, a lavagem gástrica é indicada.
  • Ingestão de hidrocarbonetos com alta volatilidade (solventes em geral).
  • Varizes de esôfago de grosso calibre.
  • Hematêmese volumosa.
  • Cirurgia recente do trato gastrintestinal (ex.: gastroplastia).
  • Ingestão de materiais sólidos com pontas.
  • Ingestão de pacotes contendo drogas.

Equipamento para o procedimento

  • Sonda oro ou nasogástrica.
  • Lidocaína gel.
  • Soro fisiológico para irrigação ou água.
  • Gaze.
  • Luva esterilizada.
  • Seringa de 20 ml.
  • Máscara e óculos para proteção.

Técnica

A irrigação pode ser feita com sonda oral ou nasogástrica. A vantagem da sonda orogástrica é que ela é maior, o que facilita a retirada de substâncias tóxicas. No entanto, este é um procedimentos de UBS que não é bem tolerado pelos pacientes. Na maioria dos casos, através de sonda nasogástrica. Isso deve ser o maior possível para facilitar a recuperação do veneno.

A posição ideal é decúbito lateral esquerdo com a cabeça abaixo do nível do corpo. É necessário explicar ao paciente como será o procedimentos de UBS, para que, além de não se sentir agredido, ele possa cooperar pela sonda. Se estiver em coma, ele deve ser intubado antes da lavagem. Estimativa do comprimento (lóbulo da orelha, ponta do nariz,
processo xifóide), o gel de lidocaína é colocado distalmente e em narinas selecionadas.

Durante a colocação, flexiona-se o pescoço do paciente e pede-se para engolir. Deve-se confirmar a presença da sonda para assegurar o posicionamento. Habitualmente, insufla-se ar por meio de uma seringa ao mesmo tempo em que se ausculta a região epigástrica. Em adultos, uma lavagem gástrica bem sucedida necessita de uma média de 6 a 8 litros de
líquido (soro fisiológico ou água). Em crianças, utilizam-se 5-10 ml/kg até o máximo de 250 ml/vez. Volume total usado em média para RN 500 ml; lactentes 2-3 l; escolares 4-5 l.

Administram-se pequenas quantidades (máximo 250 ml/vez), visto que volumes maiores podem “empurrar” o toxicante para o duodeno. Repete-se esse procedimento várias vezes (mínimo oito). O volume retornado sempre deve ser próximo ao volume ofertado e observar atentamente o conteúdo que retorna, na procura de restos do agente tóxico. Podem ser guardadas as amostras que aparentam ter mais resíduos, para análise toxicológica.

Remoção de corpos estranhos

Quase todos os ferimentos causados por corpos estranhos têm o potencial de infecção e, devido ao pequeno orifício de entrada, devem-se considerar o bacilo do tétano e os organismos piogênicos comuns como os possíveis invasores. Assim, a profilaxia do tétano deve ser rotina no tratamento primário dos corpos estranhos nos tecidos moles.

O segundo problema diz respeito à questão sobre remover ou não o corpo estranho. Quando penetrado nos tecidos recentemente, ele é facilmente localizado e acessível. Nesses casos, no geral, tentase a remoção. Se, contudo, ele não determina quaisquer sintomas, é melhor deixá-lo permanecer. Esse julgamento é criterioso, e o paciente deve ser informado.

Quando se decide remover o corpo estranho, deve-se localizá-lo no tecido. Isso pode não ser difícil se o objeto é palpável, ou se é relativamente grande e o orifício de entrada estiver nitidamente visível. Às vezes é necessário o
uso de radiografias para determinar o local exato dos objetos.

Equipamento para o procedimento

  • Solução de iodopovidina tópico ou clorexidina.
  • Lidocaína 1% sem vasoconstrictor para anestesia local.
  • Campos estéreis.
  • Material para o procedimento: pinça hemostática curva, pinça anatômica, pinça dente de rato, porta-agulha, tesoura reta e tesoura curva.
  • Lâmina de bisturi nº 11.
  • Fio de sutura nylon 3.0.
  • Soro fisiológico para irrigação.
  • Gaze.
  • Dreno de Penrose.
  • Luva esterilizada.
  • Seringa de 5 ml.
  • Agulha 40 x 12 (rosa).
  • Agulha hipodérmica (de insulina).
  • Máscara e óculos para proteção

Técnica

  1. Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização.Determine o local do corpo estranho.
  2. O procedimento deve ser realizado de maneira asséptica. Com as luvas estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com um agente tópico disponível e cubra-a com o campo estéril.
  3. Usando a agulha 40 x 12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7-10 mg/kg). Trocase a agulha pela hipodérmica. Introduzir o anestésico numa técnica de bloqueio decampo regional. A anestesia deve realizar-se aproximadamente a 1 cm do perímetro do local do objeto. Cuidar com o edema que resulta, pois se podem perder os parâmetros da localização. Utiliza-se o orifício de entrada quando existente ou utiliza-se a cicatriz
    prévia como referência.
  4. Depois, continue a fazer o bloqueio de maneira linear, ao longo da linha de incisão projetada, que deve ser longa.
  5. Uma vez realizada a anestesia, faz-se incisão longa e profunda o suficiente ao longo da linha da pele para promover a retirada do objeto, com auxílio das pinças.
  6. Irrigar a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local.
  7. Se o ferimento permitir, e for necessário, pode-se confeccionar uma sutura com pontos simples como nylon 3.0.
  8. Curativo com gaze.

Referências

  1. ALMEIDA, Hilberto Correa. Manual de cirurgia ambulatorial. Porto Alegre: Editora UFRGS, 1997
  2. ANDRADE FILHO, A.; CAMPOLINA, D.; DIAS, M.B. Toxicologia na prática clínica. Belo Horizonte: Folium, 2001.
  3. AUNG, T.; MULLEY, G. P. Removal of ear wax. BMJ, United States, v. 325 n. 7.354, p. 27, jul. 2002.
  4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
  5. DUNCAN, Bruce. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseada em evidências. 3. ed. São Paulo: Artmed, 2004.

Posts relacionados

Perguntas frequentes

  1. Qual principal procedimento na UBS?
    Principalmente troca de curativos.
  2. Consegue-se fazer procedimentos em UBS?
    Sim, e muitos!
  3. Algum procedimento de urgência pode ser feito na UBS?
    Sim, lavagem gástrica.