Neurologia

Caso Clínico da doença de Parkinson e suas repercussões | Ligas

Caso Clínico da doença de Parkinson e suas repercussões | Ligas

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Apresentação do caso clínico de Parkinson

Paciente, 65 anos, sexo masculino, pardo, residente e procedente de Recife, ensino superior incompleto. Procurou consultório médico com queixa de  tremor nas mãos há cerca de 5 anos, e após exclusão de outras comorbidades, após alguns meses foi diagnosticado com Doença de Parkinson, acometendo também membros inferiores, principalmente há 1 ano. Sem comorbidades. Não faz uso de medicamentos.

Ao exame físico, o paciente encontrava-se em estado geral comprometido, fácie depressiva, lúcido e orientado em tempo e espaço, afebril, acianótico, anictérico, hidratado, eupneico (frequência respiratória = 17 irp), normocárdico (frequência cardíaca = 82 bpm) e normotenso (110 x 82 mmHg). Ao exame neurológico, apresentou tremor de repouso, marcha lenta e pouco balançar do braço, rigidez em roda denteada e reflexos normoativos.

Questões para orientar a discussão sobre Parkinson

  1. Qual a tríade característica da Doença de Parkinson?
  2. Qual neurotransmissor é responsável pela etiologia desta doença?
  3. Por que a instabilidade postural não é mais obrigatória na tríade característica da doença?
  4. Quais exames auxiliam no diagnóstico da Doença de Parkinson?
  5. Qual o tratamento inicial da Doença de Parkinson?

Respostas

  1. Tremor de repouso, bradicinesia (lentificação dos movimentos voluntários) e rigidez plástica, esses caracterizando os sintomas motores precoces da doença.
  2. A dopamina, que pertence à classe das catecolaminas, tem redução na substância negra e em outros núcleos pigmentados. Essas alterações correspondem à perda as células produtoras de dopamina na parte compacta da substância negra, com gliose subsequente. A constelação de resultados clínicos é causada pela perda de dopamina no estriado, que inclui o núcleo caudado, o putame e o globo pálido.
  3. A instabilidade postural é um sintoma motor avançado, ou seja, tardio. Presente no Estágio V e VI da doença de Parkinson, optou-se por retirá-la como critério obrigatório de diagnóstico.
  4. Não há nenhum exame que faça o diagnóstico por si só da Doença de Parkinson, sendo este através da História Clínica e Exame Físico. Alguns exames complementares, como Eletroencefalograma, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, etc. são feitos para  excluir outras causas  para origem dos sintomas, não para de fato diagnosticar o Parkinson. 
  5. A Levodopa pode melhorar o déficit de dopamina e estadiar os sintomas durante algum tempo, cursando com uma melhora do quadro clínico, mas não existem medicamentos que tragam a cura da doença de fato.

Área: Neurologia

Autora: Wendra Emmanuelly Abrantes Sarmento

Revisor (a):  Nicole Bruna da Costa Azevedo

Orientador (a): Luiz Severo Bem Junior

Liga: LAAOCCI – Liga Acadêmica de Anatomia orientada para a clínica cirúrgica

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