Residência Médica

Clínica médica nas provas de residência médica: o que é mais cobrado?

Clínica médica nas provas de residência médica: o que é mais cobrado?

Compartilhar
Imagem de perfil de Sanar Residência Médica

Índice

Domine os assuntos de clínica médica que mais são cobrados nas provas de residência médica! Acesse e confira.

A clínica médica é uma área da medicina que se concentra no diagnóstico e tratamento de doenças e condições médicas gerais em pacientes adultos.

Para se tornarem especialistas nessa área, os médicos devem fazer as provas do processo seletivo de residência médica, que costumam ser bastante concorridas.

Além de dar o título de especialista na especialidade em si, esta especialidade é pré-requisito para diversas outras especialidades clínicas, como a cardiologia, gastroenterologia, endocrinologia e mais. 

Continue a leitura desse texto e fique por dentro dos assuntos mais cobrados nas provas de residência médica e como eles são abordados nas questões das principais instituições do Brasil

Como é a clínica médica nas provas de residência médica?

A clínica médica, juntamente com a cirurgia geral, obstetrícia e ginecologia, medicina preventiva e social e a pediatria, compõem as cinco áreas básicas da medicina.  Todas as provas de R1 têm assuntos dessa especialidade sendo cobrados.

De forma geral, a maioria dos processos seletivos possuem na primeira fase uma prova objetiva com 100 questões distribuídas entre essas 5 grandes áreas, sendo 20 questões de múltipla escolha de cada uma dessas áreas. 

Mas quais seriam os conteúdos cobrados nas provas de clínica médica? 

Os conteúdos dessa especialidade abarcam todas as outras especialidades da medicina que fazem parte da clínica médica e mais outras especialidades em que as doenças podem ser abordadas na prática dos médicos clínicos gerais. São elas:

  • Cardiologia
  • Dermatologia
  • Endocrinologia
  • Gastroenterologia
  • Genética médica
  • Geriatria
  • Hematologia
  • Imunologia
  • Infectologia
  • Nefrologia
  • Neurologia
  • Oncologia
  • Pneumologia
  • Psiquiatria
  • Reumatologia
  • Terapia intensiva

Sabemos que cada uma dessas especialidades possuem muitos conteúdos e que é importante estudar cada um deles. Entretanto, hoje, traremos apenas aqueles que estão sempre presentes nas principais instituições do país. 

Diagnósticos de cardiopatias pelo eletrocardiograma nas provas de clínica médica

O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta importante na identificação de várias condições cardíacas. A função principal do eletrocardiograma é avaliar o ritmo cardíaco e identificar possíveis alterações na condução elétrica do coração. O exame permite analisar a atividade elétrica das diferentes partes do coração, como átrios, ventrículos e o sistema de condução cardíaca.

Com base nas informações obtidas, é possível diagnosticar várias condições cardíacas, incluindo arritmias, isquemia miocárdica, distúrbios de condução, entre outras.

O ECG é frequentemente utilizado nas seguintes situações:

  • Avaliação de sintomas cardíacos
  • Exame de rotina
  • Monitoramento contínuo
  • Avaliação pré-operatória
  • Acompanhamento de doenças cardíacas

Algumas das patologias diagnosticadas por este exame são:

Fibrilação Atrial (FA)

A FA é caracterizada por um ritmo irregular e caótico dos átrios.

No ECG, isso é evidenciado pela ausência de ondas P distintas e a presença de ondas fibrilatórias irregulares entre os complexos QRS. A frequência cardíaca é variável.

Flutter Atrial 

O flutter atrial é caracterizado por uma atividade elétrica atrial rápida e regular, com uma taxa de estimulação atrial geralmente em torno de 250-350 batimentos por minuto.

No ECG, isso é visto como ondas atriais “em serra” ou “em dente de serra” (ondas F) entre os complexos QRS. A relação entre as ondas F e os complexos QRS pode variar.

Bradiarritmias

As bradiarritmias referem-se a ritmos cardíacos lentos, geralmente abaixo de 60 batimentos por minuto. Podem ser causadas por bloqueios cardíacos ou disfunção do nódulo sinusal.

No ECG, a bradicardia é caracterizada por uma frequência cardíaca lenta e intervalos RR prolongados.

Taquiarritmias

As taquiarritmias são ritmos cardíacos rápidos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto. Diferentes tipos de taquiarritmias, como taquicardia sinusal, taquicardia supraventricular paroxística (TSVP) ou taquicardia ventricular, têm características distintas no ECG, incluindo a taxa de estimulação, origem do ritmo e padrões de condução.

Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O IAM é uma condição grave causada pela obstrução de uma artéria coronária, interrompendo o suprimento de sangue para uma parte do músculo cardíaco.

No ECG, o IAM é identificado por elevação do segmento ST, depressão do segmento ST ou presença de ondas Q patológicas, dependendo da localização e extensão do infarto.

Questões de eletrocardiograma nas provas de clínica médica

No processo seletivo de 2022/2023, muitas provas de residência médica, principalmente as de São Paulo, cobraram o conhecimento nesse exame complementar para os seus candidatos.

Algumas questões foram sem imagens, outras, tinha necessidade saber os padrões eletrográficos. 

SUS – SP – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS – SÃO PAULO, 2023

Mulher de 52 anos de idade, hipertensa, diabética e tabagista procurou o pronto-socorro de um hospital terciário com quadro de dor precordial de início súbito há cerca de duas horas, de forte intensidade, associada a diaforese e dispneia.

Ao exame físico, apresenta-se sudoreica, com palidez cutânea, PA = 80 mmHg × 60 mmHg, FC = 64 bpm, FR = 28 ipm, saturação de oxigênio = 98% em ar ambiente, turgência jugular a 45°, com bulhas rítmicas, normofonéticas, sem sopros.

À ausculta pulmonar, observa-se murmúrio vesicular presente em cada hemitórax, com estertores crepitantes em terço inferior bilateralmente. Constatam-se extremidades frias, com tempo de enchimento capilar prolongado.

Foi realizado o eletrocardiograma a seguir.

Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, o correto diagnóstico e a conduta adequada, nesse caso clínico:

(A) Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST; encaminhar ao laboratório de hemodinâmica de imediato.

(B) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede anterior; encaminhar ao laboratório de hemodinâmica de imediato.

(C) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede inferior; realizar trombólise de urgência, se ausência de contraindicações.

(D) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede inferior; encaminhar ao laboratório de hemodinâmica de imediato.

(E) Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST; realizar trombólise de urgência, se ausência de contraindicações.

Gabarito: D

UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 2023

Menino de 1 ano, assintomático é encaminhado para avaliação cardiológica devido a alteração detectada na ausculta cardíaca. Eletrocardiograma (imagem). O paciente apresenta:

(A) Arritmia sinusal.

(B) Ritmo sinusal alternando com ritmo atrial ectópico.

(C) Extrassístoles supraventriculares.

(D) Extrassístoles ventriculares.

Gabarito: A

Diabetes mellitus nas provas de clínica médica

Diabetes mellitus, geralmente referido apenas como diabetes, é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de glicose (açúcar) no sangue. Isso ocorre devido à incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente o hormônio insulina.

Existem diferentes tipos de diabetes mellitus, sendo os principais:

Diabetes tipo 1

Neste tipo de diabetes, o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Como resultado, o corpo não produz insulina suficiente ou nenhuma insulina.

A diabetes tipo 1 geralmente se desenvolve na infância ou adolescência e requer tratamento com injeções diárias de insulina.

Diabetes tipo 2

Neste tipo de diabetes, o corpo não consegue usar efetivamente a insulina produzida. Inicialmente, o pâncreas produz insulina em quantidade suficiente, mas com o tempo a produção pode diminuir.

A diabetes tipo 2 está associada a fatores como excesso de peso, sedentarismo e má alimentação.

Pode ser controlada com mudanças no estilo de vida, dieta, exercícios físicos e, em alguns casos, medicamentos orais ou insulina.

Diabetes gestacional

Ocorre durante a gravidez e é causada pela resistência à insulina. Geralmente, os níveis de glicose retornam ao normal após o parto, mas mulheres com diabetes gestacional têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Questões de diabetes mellitus nas provas de residência médica 

Nas provas de residência são cobrados:

  • Sintomas e manifestações clínicas;
  • Classificação;
  • Diagnóstico;
  • Tratamento;
  • Insulinoterapia e antidiabéticos;
  • Complicações agudas e crônicas. 

Confira as questões:

AMP – PR – ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ, 2023

Paciente de 55 anos, obeso (IMC 35), hipertenso, iniciou investigação a partir de resultado de glicemia de jejum de 112 mg/dL. Retorna à consulta com os resultados de exames a seguir: glicemia de jejum 139 mg/dl e Hb glicosilada (A1C): 7,4%. Seu plano inclui mudanças no estilo de vida e inicia e a prescrição de medicação com o(s) seguinte (s) perfil(is) de ação.

(A) Redução da absorção intestinal de glicose e da neoglicogênese hepática.

(B) Anorexigeno oral com ação dual (serotoninérgica e dopaminérgica).

(C) Redução do glucagon e inibição da reabsorção tubular de glicose.

(D) Aumento da secreção pancreática da insulina e da captação periférica de glicose.

(E) Prolongamento da ação do peptídeo glucagon símile 1 e inibição do esvaziamento gástrico.

Gabarito: E

SCMSP – SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO, 2023

Alta rotatividade de leitos, boa porcentagem de alta hospitalar antes das dez horas da manhã, boa avaliação do serviço de saúde por seus usuários e baixos índices de infecção hospitalar e de lesões por pressões são alguns dos indicadores de qualidade de um hospital, seja ele público ou particular.

É necessário, então, evitar red days, isto é, dias em que o paciente permanece internado sem mudança de planos, sem novas condutas essenciais e sem progredir em seu tratamento.

Além dos custos para o sistema de saúde, os red days também aumentam riscos de infecções hospitalares, eventos tromboembólicos e o número de óbitos.

Considerando as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta uma conduta que mais provavelmente contribuirá para a ocorrência de um red day:

(A) manter internada na enfermaria, por mais um dia, uma paciente de 37 anos de idade admitida devido à broncopneumonia, extubada há 24 horas e em ar ambiente, após alta da UTI e terminado o esquema de antibioticoterapia

(B) manter internado, por mais três dias, um paciente com pielonefrite bilateral que deu entrada em sepse, porém melhorado, e que está em uso de ceftriaxona, a fim de aguardar o resultado de urocultura e, na ocasião da alta, guiar a antibioticoterapia

(C) manter internado, por mais alguns dias, um paciente com adenocarcinoma de pulmão (pequenas células) que foi admitido por dispneia (já resolvida), para investigar piora recente e aguda de rouquidão que ocorreu durante a internação

(D) manter internada, por mais dias, uma paciente jovem, previamente hígida, de dezoito anos de idade, admitida por cefaleia sem sinais meníngeos e já melhorada com uso dexametasona, para proceder à antibioticoterapia endovenosa, devido ao crescimento de meningococo em dois pares de hemoculturas, segundo aviso do laboratório

(E) manter internado, por mais três dias, um paciente com boas condições sociais admitido devido à cetoacidose diabética (já revertida), para controle minucioso de glicemias

Gabarito: E

Hipertensão arterial sistêmica

Hipertensão arterial sistêmica, assim como a diabetes, são patologias que fazem parte da rotina de todo médico e estudante de medicina. Os conhecimentos sobre diagnóstico e tratamento devem estar sempre fresco na memória de quem vai fazer prova.

A hipertensão arterial sistêmica é uma condição crônica em que a pressão sanguínea nas artérias está persistentemente elevada. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é representada por dois valores: a pressão sistólica e a pressão diastólica.

Uma leitura normal da pressão arterial é geralmente considerada abaixo de 120/80 mmHg. A hipertensão arterial é diagnosticada quando a pressão arterial é consistentemente igual ou superior a 130/80 mmHg em múltiplas medições ao longo do tempo.

A hipertensão arterial pode ser classificada em duas categorias:

  1. Hipertensão arterial primária ou essencial: É o tipo mais comum de hipertensão, sem uma causa específica identificada. Vários fatores de risco podem contribuir para o seu desenvolvimento, como predisposição genética, estilo de vida sedentário, excesso de peso ou obesidade, dieta rica em sódio, consumo excessivo de álcool e tabagismo.
  2. Hipertensão arterial secundária: Nesse caso, a hipertensão é causada por outra condição subjacente, como doença renal, distúrbios hormonais (por exemplo, hipertireoidismo ou doença de Cushing), problemas cardíacos, efeitos colaterais de certos medicamentos ou uso de substâncias ilícitas, entre outros.

A hipertensão arterial geralmente é assintomática, sendo conhecida como “assassina silenciosa”. No entanto, pressão arterial elevada crônica pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares (como doença coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral), doença renal, danos aos vasos sanguíneos, problemas oculares e disfunção cognitiva.

Questões de hipertensão arterial sistêmica na prova de residência médica

É importante dominar o tratamento, diagnóstico e manejo do paciente com hipertensão. É fundamental ainda saber como proceder em casos de crises hipertensivas. 

Confira como é cobrado nas questões abaixo:

USP – SP – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – SP, 2023

Homem, 38 anos, tem roncos e sonolência diurna há 2 anos. Refere obstrução nasal e sua esposa diz que, durante a noite, o paciente apresenta episódios em que “para de respirar” e parece que parece estar “engasgado”. Sem antecedentes mórbidos relevantes.

O exame clínico é normal, com exceção de IMC = 34 kg/m2.

Considerando a principal hipótese diagnóstica, qual a terapia clínica de escolha para o caso?

(A) Aparelho de pressão aérea positiva (CPAP).

(B) Elevação da cabeceira da cama.

(C) Atividade física 30 minutos antes de dormir.

(D) Aparelho intraoral noturno.

Gabarito: A

PSU – MG – PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG, 2023

Homem de 45 anos realiza exame periódico de saúde na UBS. Queixa-se de falta de energia no período da tarde e sonolência durante leituras e programas de televisão. Nega uso de medicamentos, tabagismo ou etilismo. Ao exame físico, PA 200/110mmHg e IMC 31,3kg/m². Sem outras anormalidades.

O paciente ficou surpreso e afirmou que a PA sempre fora normal, inclusive no exame ocupacional realizado há seis meses. Aferições da PA realizadas no domicílio por aparelho automático nos três dias seguintes confirmaram os níveis medidos na USB.

Assinale a alternativa que apresenta um teste propedêutico INADEQUADO na investigação inicial desse caso:

(A) Aldosterona e renina séricas

(B) Metanefrinas e catecolaminas na urina de 24h

(C) Polissonografia

(D) TSH sérico

Gabarito: B.

Doenças inflamatórias intestinais

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são um grupo de condições crônicas que causam inflamação crônica no trato gastrointestinal. As duas principais formas de DII são a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Embora compartilhem algumas características, cada uma tem características distintas:

Doença de Crohn

É uma doença que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus. A inflamação da doença de Crohn pode se estender através de todas as camadas da parede intestinal e pode ocorrer em áreas salteadas (descontínuas) do intestino. 

Os sintomas incluem diarreia crônica, dor abdominal, perda de peso, fadiga, sangramento retal e má absorção de nutrientes.

A doença de Crohn pode causar complicações, como obstrução intestinal, formação de fístulas e abscessos. Não há cura para a doença de Crohn, mas o tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir complicações.

Colite ulcerativa

É uma doença que afeta o cólon (intestino grosso) e o reto. A inflamação da colite ulcerativa ocorre apenas na camada mais interna do revestimento intestinal e geralmente começa no reto e se estende de forma contínua em direção ao cólon. Os sintomas incluem diarreia com sangue, cólicas abdominais, urgência para evacuar e perda de peso. 

A colite ulcerativa pode levar a complicações, como colite grave, megacólon tóxico e câncer de cólon. O tratamento visa controlar a inflamação e aliviar os sintomas, podendo envolver medicamentos, modificação da dieta, suplementação nutricional e, em casos graves, cirurgia para remover o cólon.

Embora as causas exatas das doenças inflamatórias intestinais não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que fatores genéticos, ambientais e imunológicos desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. As DII geralmente têm um curso de recidivas (exacerbações) e remissões (melhorias), e o manejo de longo prazo é necessário para controlar os sintomas e prevenir complicações.

Questão de doenças inflamatórias intestinais nas provas de residência médica 

Confira como é cobrado esse assunto nas provas de clínica médica. 

ENARE – EXAME NACIONAL DE RESIDÊNCIA / EBSERH, 2023

Assinale a alternativa correta quanto às características das doenças inflamatórias intestinais – doença de Crohn e retocolite ulcerativa.A retocolite ulcerativa tem sua maior incidência em pacientes de 50 anos.

(A) A retocolite ulcerativa é uma doença que geralmente acomete mucosa, submucosa e muscular do cólon.

(B) A retocolite ulcerativa pode estar associada a manifestações extraintestinais, como a colangite esclerosante, e geralmente é agravada pelo tabagismo.

(C) Tanto a retocolite ulcerativa como a doença de Crohn são mais comuns entre mulheres que usam contraceptivos orais em comparação com aquelas que não usam.

(D) O tabagismo atua como efeito protetor na doença de Crohn.

Gabarito:

FMABC – FACULDADE DE MEDICINA DO ABC, 2023

Considerando as doenças inflamatórias intestinais, assinale a alternativa correta.

(A) Positividade fator reumatoide está presente em 95% dos casos de retocolite ulcerativa.

(B) Positividade fator antinuclear (FAN) está presente em 8% dos pacientes com doença de Crohn.

(C) Anticorpos anticitoplasma são detectados em 98% dos casos de doença de Crohn.

(D) Os anticorpos anticitoplasma de neutrófilo (ANCA) são detectados em, aproximadamente, 80% dos pacientes adultos com doença de Crohn.

(E) Na doença de Crohn, a presença de anticorpos anti-Saccharomyces cerevisiae (ASCA) das classes IgG e IgA é muito mais prevalente que na retocolite ulcerativa.

Gabarito: E

Síndrome nefrótica e nefrítica nas provas de clínica médica

A síndrome nefrótica e a síndrome nefrítica são duas condições distintas que afetam os rins e podem resultar em diferentes sintomas e complicações. Confira cada uma delas:

Síndrome nefrótica

 É caracterizada por uma série de sinais e sintomas que ocorrem devido ao aumento da permeabilidade dos glomérulos, que são estruturas nos rins responsáveis pela filtração do sangue. A síndrome nefrótica é mais comum em crianças, mas pode afetar pessoas de todas as idades. Os principais sinais e sintomas incluem:

  • Proteinúria: presença de grande quantidade de proteínas na urina devido à falha dos glomérulos em reter as proteínas no sangue.
  • Edema: inchaço, geralmente mais evidente nas pernas e ao redor dos olhos, devido à retenção de líquidos causada pela perda de proteínas.
  • Hipoalbuminemia: níveis baixos de albumina (uma das principais proteínas do sangue), o que contribui para a retenção de líquidos.
  • Hiperlipidemia: aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue devido à disfunção da regulação lipídica.

A síndrome nefrótica pode ser causada por diversas condições subjacentes, incluindo glomerulonefrite membranosa, glomerulonefrite minimalista, doença de lesões mínimas, nefropatia diabética e doenças autoimunes. O tratamento visa controlar a doença de base, reduzir a proteinúria, controlar o edema e prevenir complicações, como infecções e trombose venosa.

Síndrome nefrítica

É caracterizada por uma inflamação nos glomérulos renais, que pode ser causada por diferentes condições, incluindo glomerulonefrite, doenças autoimunes, infecções bacterianas ou virais e certos medicamentos. Os principais sinais e sintomas da síndrome nefrítica incluem:

  • Hematúria: presença de sangue na urina, que pode ser visível (urina avermelhada ou cor de café) ou detectada apenas por exames de urina.
  • Edema: inchaço, geralmente nas pernas, pés e ao redor dos olhos.
  • Hipertensão arterial: aumento da pressão arterial.
  • Diminuição da produção de urina.
  • Sintomas gerais, como fadiga, perda de apetite e mal-estar.

O tratamento da síndrome nefrítica depende da causa subjacente e pode envolver o uso de medicamentos para controlar a inflamação, reduzir a pressão arterial, tratar infecções e reduzir o acúmulo de líquidos.

Questões de Síndrome nefrótica e nefrítica nas provas de residência médica

Confira as questões abaixo: 

AMRIGS – ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL, 2023

Na investigação de um paciente com hematúria microscópica e suspeita de lesão glomerular, qual tipo de cilindros espera-se encontrar no exame de urina?

  1. Hemáticos
  2. Hialinos.
  3. Granulosos pigmentados.
  4. Leucocitários.

Gabarito: A. 

PSU – MG – PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG, 2023

Mulher de 18 anos apresenta edema acentuado dos membros inferiores. Desconhece comorbidades e nega o uso de medicamentos. Ao exame físico, PA 150/94mmHg, FC 76bpm, FR 16ipm, SpO2 95% (em ar ambiente).

Há edema palpebral, na parede abdominal e nos membros inferiores. Palpam-se pequenos linfonodos indolores nas cadeias cervicais, axilares e inguinais. Os sons respiratórios estão reduzidos em ambas as bases dos hemitórax. Algumas articulações interfalangeanas proximais apresentam-se com o volume aumentado, hiperemiadas e dolorosas à palpação.

EXAMES DE LABORATÓRIO: Hg 12,2g/dL; LG 1890/mm³; NS 896/mm³; linfócitos 320/mm³; Plaq 109.800/mm³; creat 2,8mg/dL; sódio 135mEq/L; potássio 4,8mEq/L; LDH 540U/L; ácido úrico 9,3mg/dL; albumina sérica 2,3g/dL; C3 26; C4 3; FAN 1/320 padrão nuclear homogêneo; exame de urina: proteína 3+; hemoglobina negativo; 8 leucócitos/campo; 3 hemácias/campo.

Assinale a alternativa que apresenta uma conduta INADEQUADA nesse caso:

  1. Prescrever enalapril
  2. Prescrever furosemida
  3. Deve Prescrever glicocorticoide
  4. Solicitar biópsia renal

Gabarito: A

Garanta sua aprovação nas provas de residência

Sabemos o quão desafiador é buscar uma formação sólida e competitiva na área médica. É por isso que a Sanar está aqui para apresentar a você o nosso renomado Curso de Residência Médica, uma oportunidade única para impulsionar sua carreira e se destacar como um médico de excelência.

Por que escolher o Curso de Residência Médica da Sanar?

  • Conteúdo de qualidade
  • Material didático de ponta
  • Simulados e questões comentadas
  • Orientação personalizada
  • Comunidade de estudantes

Não perca a chance de transformar seu futuro na medicina! Inscreva-se agora mesmo no Curso de Residência Médica da Sanar e prepare-se para conquistar sua vaga em um programa de residência de prestígio. Nossa missão é ajudá-lo a se tornar um médico altamente qualificado, preparado para enfrentar os desafios da prática clínica e oferecer um atendimento de qualidade aos pacientes.

Para saber mais e garantir sua inscrição, visite nosso site. Estamos ansiosos para fazer parte da sua trajetória de sucesso na medicina. Junte-se à Sanar e prepare-se para uma carreira brilhante!

Sugestão de leitura complementar

Referências

  1. AMRIGS
  2. ENARE
  3. SUS-SP
  4. AREMG