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Doença renal: tipos, principais sintomas, diagnóstico e manejo

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Entenda o principal da doença renal, os sintomas de alarme para cada uma, a evolução das doenças e como abordá-las. Bons estudos!

As doenças renais são importantes causas de internamento e abordagens mais duradouras na unidade de saúde. Devido a função renal, a gravidade das doenças renais pode representar a falência de todos os outros órgãos. Por isso, é fundamental que o médico esteja familiarizado com essas condições.

Função dos rins e sua importância para o organismo

Doença Renal Aguda (DRA): fisiopatologia e apresentação clínica

A doença renal aguda é caracterizada pelo declínio abrupto – em dias ou horas -, porém reversível, da taxa de filtração glomerular (TFG).

As causas da DRA podem ser muitas, como:

  • Lesão tubular, mecanismo mais comum dessa condição.
    • Pode ser decorrente da exposição a medicações nefrotóxicas, como alguns antibióticos. Ainda, a isquemia renal devido a condições subjcentes, levando a diminuição do fluxo sanguíneo pelo glomérulo renal.
  • Distúrbios da perfusão renal, com redução do fluxo devido à hipovolemia, hipotensão ou vasodilatação excessiva nos rins.
  • Obstrução do trato urinário, com retenção de urina. Como consequência, tem-se um aumento da pressão renal e prejuízo da função de filtração.

Pensando nisso, vemos que embora seja uma causa reversível, os potenciais prejuízos são grandes.

Os principais sinais e sintomas associados à DRA, são:

  1. Diminuição da diurese;
  2. Retenção de líquidos, com edema em membros ou face;
  3. Aumento de PA;
  4. Desequilíbrios hidroeletrolíticos, como hipercalemia ou hiponatremia;
  5. Fadiga, anorexia;
  6. Náuseas e vômitos;
  7. Diminuição do nível de consciência, em casos mais graves.

Abordagem do paciente com Doença Renal Aguda (DRA)

No contexto de uma emergência, identificada a DRA, já se tem indicação para uma abordagem específica pelo especialista.

Deve ser identificado com brevidade possíveis distúrbios eletrolíticos que ponham a vida do paciente em risco. Por isso, a uremia, acidose metabólica grave (pH<7,1) e hipercalemia >6,5 exigem diálise. Essas alterações devem ser corrigidas urgentemente.

As condições que levaram a essas alterações laboratoriais devem ser tratadas. Ou seja, identificar a causa da injúria renal é fundamental para impedir o avanço da doença para uma doença renal crônica.

Medicações como AINEs, ECA, BRAs e nefrotoxinas, como antibióticos aminoglicosídeos devem ser interrompidos. No entanto, pode haver situações clínicas nas quais os medicamentos implicados na causa da IRA não podem ser descontinuados (por exemplo, aqueles que estão sendo usados ​​para tratar condições que ameaçam a vida).

As medicações de excreção renal que não puderem ser descontinuadas devem ter suas dosagens revisadas. A tendência de creatinina deve ser estimada em cada medicação, para avaliar o grau de declínio da TFG.

Doença Renal Crônica (DRC): manifestações clínicas e abordagem

A doença renal crônica, por sua vez, é caracterizada pela perda progressiva porém irreversível da função renal ao longo do tempo.

Dentre as principais causas de doença renal crônica tem-se:

  • Diabetes mellitus, com prejuízo dos vasos sanguíneos e filtração renal;
  • Hipertensão arterial, pelas mesmas razões que o diabetes mellitus;
  • Glomerulonefrite, inflamação dos glomérulos que, quando cronificada, leva a DRC;
  • Doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico e vasculite;
  • Doença renal policística.

A medida que a doença progride, sintomas sistêmicos são percebidos. Os sintomas são fadiga, edema, aumento de pressão arterial e alterações na micção. Sobre esse último sintoma, é percebido o aumento da frequência urinária ou diminuição da diurese.

Com o avançar da doença, o paciente pode apresentar anemia e desequilíbrios eletrolíticos, como hipercalemia ou hipocalcemia.

A abordagem da doença renal crônica deve ser tratar a causa subjacente. Embora não seja uma doença reversível, tratar a causa base pode ajudar a controlar os sintomas e, sobretudo, impedir o avanço da doença.

Esse controle pode ser feito por meio de mudanças do estilo de vida, como dieta e redução do consumo de sal. O controle da pressão arterial, dentro dos níveis recomendados, é fundamental para preservar a função renal.

Não menos importante, o controle da glicemia deve ser feito em pacientes diabéticos.

Glomerulonefrites: classificação e patogênese

A glomerulonefrite é a inflamação da unidade glomerular, podendo resultar de muitos distúrbios hereditários ou adquiridos

Muitas vezes, para entendermos qual é a causa da glomerulonefrite é necessária uma biópsia, em especial nos pacientes com síndrome nefrótica.

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Síndrome Nefrótica.

Existem muitos diferentes tipos de glomerulonefrite, sendo as principais glomerulonefrites as seguintes:

  • Pós-estreptocócica, devido à complicação da infecção por Streptococcus, como a faringite estreptocócica ou a escarlatina.
  • Membranoproliferativa, pelo depósito de imunocomplexos e ativação do sistema complementos nos glomérulos.
  • Rapidamente progressiva, uma forma grave, associada à autoanticorpos, como anticitoplasma de neutrófilos (ANCA).
  • Por imunoglobulina A (IgA), também conhecida como doença de Berger, pelo acúmulo de imunoglobulina A nos glomérulos.

No caso da glomerulonefrite, os principais sintomas são:

  1. Hematúria;
  2. Proteinúria;
  3. Edema;
  4. Pressão arterial elevada;
  5. Urina espumosa, devido à proteinúria.

Para o diagnóstico da glomerulonefrite, a avaliação clínica e resultados laboratoriais, com dosagem de creatinina são necessárias. A biópsia renal pode ser necessária.

Nefropatia diabética: como essa doença renal é desenvolvida?

A nefropatia diabética é uma doença renal resultado da diabetes mellitus, representando uma complicação do quadro. Essa é uma das principais doenças relacionada aos rins.

A hiperglicemia sobre os vasos sanguíneos e glomérulos causam os seguintes efeitos:

  • Danos progressivos aos vasos sanguíneos renais, levando a uma diminuição da função renal devido a baixo fluxo sanguíneo pelos glomérulos;
  • Aumento da pressão arterial, o que pode causar lesão renal, secundária à hiperglicemia;
  • Lesão glomerular, com inflamação crônica e cicatrização nos glomérulos.

A nefropatia diabética geralmente se desenvolve em fases silenciosas e progride lentamente ao longo do tempo. As manifestações clínicas podem incluir:

  1. Presença de proteína na urina (proteinúria). É um sinal característico da nefropatia diabética e pode progredir de uma proteinúria leve para uma proteinúria maciça à medida que a doença avança;
  2. Aumento da pressão arterial (hipertensão) que pode ser difícil de controlar;
  3. Edema (inchaço) nos tornozelos, pés e pernas devido à retenção de líquidos;
  4. Redução gradual da taxa de filtração glomerular (TFG) e diminuição da função renal. Isso pode levar à progressão para insuficiência renal crônica e à necessidade de terapia de substituição renal, como diálise ou transplante renal.

Nefrolitíase: como abordar?

A nefrolitíase é uma condição muito comum. É caracterizada pelos cálculos renais, formados pelo depósitos sólidos de cálcio, oxalato e ácido úrico.

O manejo das nefrolitíases podem ser muito variados. A escolha da abordagem deve considerar o tamanho, composição e localização dos cálculos mas, sobretudo, os sintomas do paciente.

Algumas estratégias comuns envolvem hidratação e uso de analgésicos. A ingestão de água entre 2 e 3 litros por dia é recomendada e ajuda a eliminar cálculos, além de prevenir a formação de novos. Os analgésicos podem ser prescritos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são frequentemente utilizados.

Uma abordagem mais intervencionista envolve a ureteroscopia, em que através de um ureteroscópio flexível ou rígido visualiza-se e remove os cálculos. Ele pode ser frequentemente combinado com a fragmentação dos cálculos por laser.

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Ilustração de uma ureteroscopia.

Prevenção da formação dos cálculos na nefrolitíase

Após abordar os cálculos renais, é importante que haja prevenção do quadro. Para isso, é realizada uma avaliação para entender as causas subjacentes.

A depender da composição dos cálculos renais, pode ser necessário modificar a dieta, reduzindo a chance de recorrência.

Em alguns casos, suplementos ou medicamentos podem ser prescritos para ajudar a prevenir a formação de cálculos, como citrato de potássio para aumentar a alcalinidade da urina ou medicamentos para reduzir os níveis de cálcio ou ácido úrico na urina.

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Perguntas frequentes

  1. O que é a insuficiência renal?
    A insuficiência renal é a perda parcial ou total da função dos rins, resultando na incapacidade dos rins de filtrar adequadamente o sangue e remover resíduos e excesso de fluidos do corpo.
  2. Quais são os principais sintomas das doenças renais?
    Os sintomas comuns das doenças renais incluem fadiga, inchaço nas pernas e tornozelos, alterações na micção, pressão arterial elevada, presença de sangue ou proteína na urina e aumento da sede.
  3. Quais são algumas das principais causas das doenças renais?
    As principais causas das doenças renais incluem diabetes mellitus, hipertensão arterial, glomerulonefrite, doença renal policística, obstrução urinária, infecções do trato urinário e uso prolongado de certos medicamentos.

Referências

  1. Visão geral do manejo da lesão renal aguda (LRA) em adultos. Mark D Okusa, MD. UpToDate
  2. Overview of the management of chronic kidney disease in adults. Mark Rosenberg, MD. UpToDate
  3. Doença glomerular: avaliação e diagnóstico diferencial em adultos. Jai Radhakrishnan, MD, MS. UpToDate

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