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Plaquetas: tudo o que você precisa saber para garantir 10 na sua prova!
As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenos componentes celulares em forma de disco encontrados no sangue. Elas desempenham um papel fundamental no sistema de coagulação do corpo, sendo essenciais para prevenir e interromper sangramentos.
Quando ocorre uma lesão em um vaso sanguíneo, as plaquetas se ativam e se agrupam no local da lesão para formar um tampão plaquetário, interrompendo o sangramento.
Onde as plaquetas são produzidas?
As plaquetas são produzidas na medula óssea e liberadas na corrente sanguínea de forma contínua. O número normal de plaquetas no sangue varia, mas geralmente está na faixa de 150.000 a 450.000 por microlitro de sangue. Distúrbios no número de plaquetas, seja muito baixo (trombocitopenia) ou muito alto (trombocitose), podem ter consequências significativas para a saúde e podem requerer tratamento médico.
As plaquetas são produzidas na medula óssea por fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, uma das maiores células do organismo. O precursor dessas células é o megacarioblasto, que surge por um processo de diferenciação da célula-tronco hematopoética. O megacariócito amadurece por replicação endomitótica sincrônica, aumentando o volume do citoplasma a medida que o número de lobos nucleares aumenta em múltiplos de dois.

Nas formas mais precoces de plaquetas, são vistas invaginações da membrana plasmática, chamadas membranas de demarcação, que evoluem durante o desenvolvimento do megacariócito, constituindo uma rede altamente ramificada.
Reguladores da produção de plaquetas
Megacariócitos maduros são enormes, com um único núcleo lobulado excêntrico e baixa relação núcleo-citoplasmática. As plaquetas se formam pela fragmentação das extremidades das extensões do citoplasma do megacariócito, sendo que cada megacariócito dá origem a 1.000 a 5.000 plaquetas. O intervalo entre a diferenciação da célula-tronco humana e a produção de plaquetas é de 10 dias. Portanto, a vida média é de 7 a 10 dias na circulação sanguínea.
O principal regulador da produção de plaquetas é a trombopoetina, produzida pelo fígado e pelos rins. A trombopoetina aumenta o número e o ritmo de maturação dos megacariócitos via receptor c-MPL. Este é um receptor transmembrana presente apenas em plaquetas, megacariócitos e células CD4+ na medula óssea. Ele é responsável por remover a trombopoetina da circulação. Assim, o nível de trombopoetina mostra-se elevado quando há trombocitopenia por falta de produção de plaquetas, como ocorre na aplasia da medula. Por outro lado, o nível de trombopoetina diminui quando há trombocitose.
Qual a fisiologia das plaquetas?
Plaquetas são células pequenas, na verdade incompletas, pois carecem de material nuclear. Apresentam de 3 a 4 µ de tamanho no seu maior diâmetro e cerca de 1 µ de espessura. Possuem uma superfície externa de limites imprecisos, rica em material mucopolissacarídeo e glicoproteico, que tem papel essencial nas funções de adesão e agregação plaquetária.
Essas funções fazem parte de um mecanismo eficiente e rápido que atua para estancar sangramentos em locais de lesão vascular, sendo, portanto, um componentes básicos do sistema hemostático. Dentro da normalidade, as plaquetas atuam como pró-coagulantes desse sistema, tendo função equilibrada por mecanismos fisiológicos anticoagulantes da hemostasia.
Continue aprendendo:
Composição química das plaquetas
As plaquetas são muito pequenas, com forma discoide ou elipsoide e volume médio de 7 a 11 fL. Em sua estrutura são reconhecidas três zonas:
- Zona externa ou periférica
- Zona sol-gel (ou citosol)
- Organelas.
Periférica
É formada por uma porção mais eterna, na qual se encontram antígenos, glicoproteínas e vários tipos de enzimas. Através dessa zona, a plaqueta interage com outras células e com a parede dos vasos. Muitas proteínas plasmáticas e fatores de coagulação (fator V, XI e fibrinogênio) ficam firmemente ligados a essa superfície, também denominada atmosfera plaquetária.
Mais internamente, existe a membrana plaquetária, formada por proteínas e, em menor proporção, carboidratos. A arquitetura dessa membrana é igual a de outras membranas celulares, ou seja, há uma camada dupla de fosfolípides, que representam 70% do total dos lípides, mais colesterol e glicolípides.
O colesterol e as proteínas ficam intercalados entre os fosfolípides de membrana. O colesterol não é sintetizado pela plaqueta, mas é incorporado a ela a partir do plasma (lipoproteínas). Carboidratos, em geral, mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanos, compõe o glicocálice das plaquetas junto com os glicolípides e as glicoproteínas.
Zona sol-gel (ou citosol)
Esta é a zona central da plaqueta, composta por água, proteínas solúveis, íons e outros componentes. Ela contém grânulos alfa, grânulos densos e grânulos lisossomais.
- Grânulos alfa: contêm diversas proteínas e moléculas bioativas, incluindo fatores de crescimento e proteínas de adesão que são liberadas quando as plaquetas são ativadas
- Densos: contêm substâncias como íons de cálcio, serotonina e ADP, que desempenham um papel importante na agregação plaquetária e na coagulação sanguínea.
- Grânulos lisossomais: enzimas hidrolíticas que podem ser liberadas para auxiliar na reparação de tecidos danificados
Zona hidrofóbica ou organelas da célula
Esta é a região mais interna da membrana plasmática e contém o citoesqueleto das plaquetas, composto por microtúbulos, microfilamentos e filamentos de miosina.
Essas estruturas são responsáveis por manter a forma e a motilidade das plaquetas.
Como analisar as plaquetas no hemograma?
Essa análise em um hemograma é uma parte importante do exame de sangue que fornece informações sobre o número de plaquetas presentes na corrente sanguínea. Para interpretar o resultado em um hemograma, você deve considerar o valor expresso em unidades por microlitro (μL) de sangue.
A contagem normal em adultos varia tipicamente entre 150.000 e 450.000 plaquetas por microlitro de sangue. No entanto, os valores de referência podem variar ligeiramente entre laboratórios.
O que acontece se o número de plaquetas estiver baixo?
Se o número estiver abaixo de 150.000 plaquetas por microlitro, isso é conhecido como trombocitopenia. Pode indicar uma variedade de condições, incluindo:
- Distúrbios sanguíneos
- Problemas de medula óssea
- Doenças autoimunes
- Infecções
- Efeito colateral de medicamentos ou outros problemas de saúde.
Valores muito baixos (abaixo de 50.000) podem aumentar o risco de sangramento.
O que acontece se o número estiver alto?
Se o número de plaquetas estiver acima de 450.000 por microlitro, isso é conhecido como trombocitose.
Pode ser causado por condições como:
- Inflamação
- Câncer
- Doenças da medula óssea
- Infecções
- Entre outras.
A trombocitose também pode ser reativa e temporária.
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