Índice
- 1 O especialista em gastroenterologia e sua rotina
- 2 Principais procedimentos realizados pelo gastroenterologista
- 3 Mercado de trabalho
- 4 Remuneração do gastroenterologista
- 5 A residência médica em gastroenterologia
- 6 Sugestão de leitura complementar
- 7 Quer passar na residência médica de gastroenterologia?
A gastroenterologia é uma especialidade médica que lida com as doenças do aparelho digestivo. Ela é dividida em duas áreas — a cirurgia do aparelho digestivo e a gastroenterologia clínica, da qual falaremos neste artigo que abrange algumas subespecialidades e áreas de atuação.
Para entender as áreas de atuação do gastroenterologista, conhecer o mercado de trabalho e saber mais sobre a residência médica em gastroenterologia, continue lendo!
O especialista em gastroenterologia e sua rotina
O gastroenterologista clínico, conhecido também como gastroclínico, divide a sua rotina em três partes:
- Consultas de ambulatório
- Acompanhamento de doentes internados
- Realização de procedimentos, especialmente os endoscópicos.
No Brasil, há a cultura de que as hemorragias digestivas e dores abdominais sejam avaliadas inicialmente por um cirurgião na emergência e, por isso, raramente o gastroclínico assume plantões de corpo presente.
Em geral, esse profissional fica na retaguarda à distância e avalia o paciente no dia seguinte ao procedimento. A exceção ocorre com o plantonista de endoscopia, que pode precisar dormir no hospital, a depender da demanda de exames.
O volume de trabalho depende de cada indivíduo e da subárea em que mais atua. Com isso, a qualidade de vida pode ser moldada. Quem tem o perfil de atendimento em consultório, por exemplo, consegue ter dias mais tranquilos.
Quem prefere atender em hospitais, deve estar sempre disponível e ter mobilidade para ir ao local de trabalho com mais frequência e aos finais de semana.
Quais as queixas mais comuns nos consultórios?
Nos consultórios, as queixas mais comuns são de dispepsia, doença do refluxo gastroesofágico, constipação intestinal, síndrome do intestino irritável e dores abdominais. Nos últimos anos, entretanto, a doença celíaca e a doença inflamatória intestinal têm tido expressivo aumento de incidência. Ambas são desafiadoras e podem fidelizar o paciente.
Para atuar bem em consultórios, o profissional precisa ter bom conhecimento de psicofarmacologia para manejo do doente e de nutrição, além de alguma estrutura para exame anorretal simples.
Já nos hospitais públicos, a maioria das ocorrências é de casos graves, envolvendo cirróticos descompensados, portadores de doença inflamatória intestinal em atividade e pacientes desnutridos com diarreia crônica. Nos privados, predominam diarreias agudas, diverticulites agudas não complicadas, dispepsias refratárias e investigação de dores abdominais.
Principais procedimentos realizados pelo gastroenterologista
A gastroenterologia é uma das especialidades clínicas mais intervencionistas, com uma série de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Portanto, os especialistas devem ter afinidade com atividades manuais e certa habilidade psicomotora.
Os procedimentos mais desempenhados por esse especialista são:
- endoscopia digestiva alta;
- colonoscopia;
- retossigmoidoscopia;
- enteroscopia;
- cápsula endoscópica;
- colangiopancreatografia endoscópica retrógrada;
- manometria esofágica convencional e de alta resolução;
- manometria anorretal e biofeedback;
- pHmetria e impedanciometria esofágica de 24h;
- ultrassonografia de abdome superior;
- biópsia hepática transparietal;
- fibroscan;
- testes respiratórios (supercrescimento bacteriano, intolerância a lactose).
Mercado de trabalho
O Brasil tem 5.997 gastroenterologistas titulados, de acordo com a Demografia Médica no Brasil, divulgado em 2023. A maioria desses especialistas encontram-se trabalhando na região sudeste.
O início da vida profissional do gastroenterologista geralmente se dá em um grupo já estabelecido em algum hospital, acompanhando doentes internados, como acontece na maioria das especialidades clínicas.
A partir daí, é possível formar uma clientela própria, seja no hospital, em clínicas ligadas aos chefes da equipe ou até em consultórios próprios. A parte mais complicada é que recai sobre os exames de endoscopia, que exigem grande investimento inicial, além de algum renome para que sejam indicados pacientes.
Remuneração do gastroenterologista
A remuneração das consultas é semelhante ao de qualquer especialista clínico. O diferencial do gastroenterologista se dá nos procedimentos, que podem ser endoscópicos ou não.
Um médico Gastroenterologista ganha em média R$ 6.855,42 em uma jornada de trabalho de 19 horas semanais.
A faixa salarial do Médico Gastroenterologista fica entre R$ 6.668,20 (média do piso salarial 2023) e R$ 15.890,74 (teto salarial), de acordos coletivos levando em conta profissionais em regime CLT de todo o Brasil.
As informações são de acordo com pesquisa do Salario.com.br junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web. O período avaliado foi de Março de 2022 a Março de 2023.
Vale lembrar que a remuneração pode variar de acordo com alguns fatores como localidade, área de atuação, jornada de trabalho e tempo de experiência.
A residência médica em gastroenterologia
A residência médica em Gastroenterologia tem como pré-requisito dois anos de residência em Clínica Médica e dura outros dois anos.
Existe alguma variação entre os programas, mas todos seguem os requisitos mínimos exigidos pelo Ministério da Educação (MEC). Em geral, eles se dividem da seguinte forma:
- Primeiro ano (R3): formação essencialmente hospitalar, com grande parte das atividades na enfermaria. Nesse ambiente, encontra-se principalmente pacientes cirróticos descompensados, doença inflamatória intestinal, alguns casos investigativos, preparo para colonoscopia ou outros procedimentos;
- Segundo ano (R4): esse ano pode ser muito parecido com o anterior quanto aos ambientes e cenários, mas as competências, funções e responsabilidades variam. O período costuma ser predominantemente ambulatorial e propedêutico. O residente passa bastante tempo no setor de endoscopia e nos ambulatórios, mas com doentes de maior complexidade.
Depois de dois anos de residência, grande parte dos profissionais opta por complementar a sua formação com um quinto ano (R5) em endoscopia digestiva.
Neste caso, pode-se escolher entre acumular o título de endoscopia (essa é reconhecidamente uma especialidade médica) ou apenas certificar-se na área de atuação.

Sugestão de leitura complementar
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