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A mastologia é a especialidade médica que estuda, diagnostica, trata e previne as doenças da mama. O especialista tem tido grande destaque no meio médico nos últimos anos por conta do aumento no número da incidência de câncer de mama.
A doença é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a taxa de mortalidade por câncer de mama aumentou 33,6% nos últimos 35 anos. A tendência é que essa taxa continue aumentando.
Além disso, para o ano de 2021, foram estimados 66.280 casos novos. O que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. Os dados são do INCA.
Para saber mais sobre essa especialidade, continue lendo este artigo! Aqui, você vai conhecer a rotina do mastologista, o mercado de trabalho e a residência médica em mastologia. Vamos lá?

O especialista e sua rotina
O mastologista é um profissional muito requisito, principalmente pela oncologia. Isso se deve aos altos números relativos ao câncer de mama.
O especialista recebe pacientes geralmente encaminhados por alterações em exames de rastreio, queixas clínicas mamárias, seguimento de pessoas de alto risco de desenvolver a câncer de mama ou aqueles que já estão em tratamento com oncologistas ou ginecologistas.
Apesar de os casos de câncer de mama serem o foco da maioria dos profissionais, existe boa demanda de patologias benignas, que requerem orientações, terapias medicamentosas e cirurgias.
Além de dominar as patologias mamárias, o mastologista deve saber diagnosticá-las da melhor maneira e com menor morbidade. As habilidades terapêuticas indicadas vão desde a boa condução de consultas até o tratamento cirúrgico.
O bom especialista deve ter ainda conhecimentos sobre outras especialidades, como radiologia, patologia, oncologia e radioterapia.
O mastologista também deve saber lidar com o paciente oncológico, que tem perfis variados. Alguns demonstram grande ansiedade em relação ao diagnóstico, enquanto outros têm postura de enfrentamento do processo. Por isso, o tato na relação médico-paciente é fundamental.
Mercado de trabalho e remuneração
A mastologia é uma especialidade em ascensão. Mas, o mercado de trabalho vem se tornando cada vez mais restrito, pois os setores de radiologia “tomaram” para si a detecção e o diagnóstico de doenças mamárias. Vale salientar que o ideal é que essas especialidades atuem juntas para uma melhor qualidade de tratamento para o paciente.
Após a formação, é comum ver o mastologista trabalhando em plantões de suas páreas de origem (cirurgia geral ou obstetrícia) para complementar a renda. Já quem trabalha na rede particular costuma ter rendimentos mais justos. No geral, os horários de trabalho são flexíveis e as noites e finais de semana são preservados.
O especialista pode atuar em hospitais, clínicas particulares, centros de prevenção da saúde da mulher ou seguir carreira acadêmica, atuando com docência e pesquisa em universidades ou hospitais-escola.
O mastologista também tem possibilidade de trabalhar com:
- radiologia mamária: existe uma série de cursos para capacitar o especialista para laudar exames radiológicos de mama;
- oncoplástica: há uma tendência grande dessa prática se tornar um curso oficial, com um ano adicional na residência em mastologia.
O Brasil tem 2.500 mastologistas titulados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo dados da última Demografia Médica no Brasil, divulgada em 2020.
A maior parte dos especialistas atua na região sudeste (51,4%). Em seguida, aparece a região nordeste com 21,8% dos titulados em mastologia do país.
Remuneração do mastologista
Um médico mastologista trabalhando no Brasil, ganha entre R$ 1.254,73 e R$ 10.024,04, com a média salarial de R$ 3.018,62. De acordo com pesquisa salarial junto ao Novo CAGED, Empregador Web e eSocial.
A remuneração pode variar a depender do local de trabalho, da região do país e da própria experiência do profissional.
A residência médica em mastologia
A residência médica em mastologia dura dois anos e tem como pré-requisito a formação em ginecologia e obstetrícia ou cirurgia geral. Ao longo do programa, o residente aprende diagnóstico e tratamento voltados para a mama, dentre patologias benignas e câncer de mama.
A carga horária é de 60h semanais, divididas entre ambulatórios e centro cirúrgico. As outras atividades incluem aulas e discussões de casos, períodos de experiência na patologia, oncologia, cirurgia plástica, radioterapia e radiologia. Existem algumas áreas específicas que podem variar de um serviço para o outro, como a ênfase em oncoplástica e alto risco familiar.
A residência em mastologia não costuma exigir plantões noturnos. Geralmente, as escalas de sobreaviso são suficientes, o que preserva os finais de semana e as noites dos residentes.
Antes de escolher um serviço para fazer a sua residência, deve-se considerar alguns pontos como o equilíbrio entre atividades práticas e teóricas. As duas partes são importantes para a formação do mastologista. Não adianta o serviço oferecer uma grande quantidade de cirurgias, por exemplo, se não há uma assistência adequada ao residente, e vice-versa.
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