Residência Médica

As melhores residências em Anestesiologia

As melhores residências em Anestesiologia

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Elencar as melhores residências em Anestesiologia no Brasil é uma tarefa difícil, pois nunca foi feito um estudo alinhado e comparativo nesse sentido. Entretanto, algumas avaliações são realizadas pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), o que nos ajuda a direcionar no rank.

Confira agora tudo que você precisa saber sobre a residência em anestesiologia e quais as principais instituições de ensino no Brasil.

Residência médica em anestesiologia

A residência médica em anestesiologia tem duração de três anos e a forma de ingresso é por acesso direto.

O treinamento deve ser realizado em instituição credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica/Ministério da Educação (CNMR/MEC). Estas tem por obejtivo formar e habilitar médicos na área da Anestesiologia a adquirir as competências necessárias a realizar anestesia aos diversos procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos.

Como é a rotina da residência em anestesiologia?

Confira agora como é a rotina da residência em anestesiologia:

Primeiro ano – R1

No R1, o curso deve proporcionar conhecimento teórico-prático com os fundamentos da anestesiologia e desenvolver competências com:

  • Habilidades técnicas para realização de intubação orotraqueal;
  • Venóclise periférica e central;
  • Anestesia do neuroeixo entre outras.

Todas essas atividades, entretanto, devem ser realizadas sob supervisão.

O residente deve avaliar as condições clínicas do paciente antes do ato anestésico e decidir pela melhor estratégia a ser adotada.

Os casos mais recomendados para o residente do primeiro ano são cirurgias eletivas com avaliação pré-anestésica para cirurgias de pequeno ou médio porte.

Segundo ano – R2

No R2, o residente já mais experiente deve realizar a avaliação pré-anestésica e planejamento anestésico a cirurgias de médio e grande porte. Deve ainda adquirir maior desenvolvimento dos procedimentos invasivos como punção arterial e acesso venoso central guiado por ultrassonografia ou não.

Neste ano os conhecimentos sobre avaliação e tratamento da dor aguda serão mais explorados com abordagem, também, da analgesia controlada pelo paciente por via sistêmica e epidural. Receberá maior enfoque para tratamento intensivo de pacientes cirúrgicos no ambiente da terapia intensiva e na sala de recuperação pós-anestésica.

A habilidade na manipulação da via aérea deverá abranger preparo da via aérea com adequada anestesia regional e tópica e uso de dispositivos ópticos (videolaringoscópio, fibroscopia básica). Além disso, deve ter completo domínio da manipulação de dispositivos supraglóticos.

Nas atividades práticas o residente do segundo ano deve priorizar cirurgias de médio ou grande porte.

Terceiro – R3

O residente em seu último ano de residência deve ter visão global do paciente a ser submetido a procedimentos cirúrgicos, desde seu preparo, visando otimização prévia, até manejo intensivo pós-operatório, estratificando riscos dos diferentes órgãos e sistemas (risco pulmonar; risco renal, delirium, cardíaco e neurológico).

Deverá ainda ter domínio no manejo das vias aéreas, reposição volêmica e transfusão de hemocomponentes, bem como adequada correção de coagulopatias.

Será responsável por realizar anestesia para cirurgias de grande porte como cirurgia cardíaca, transplantes em geral, principalmente o receptor do transplante hepático.

Realizará anestesias para cirurgias pediátrica e obstétricas, bem como para procedimentos diagnósticos e terapêuticos fora do centro cirúrgico, incluindo os de alta complexidade, tais como a radiologia vascular. Também é obrigação do residente realizar acesso vascular central e bloqueios periféricos guiados pela ultrassonografia.

Além disso, o R3 deverá ter adequado comportamento tanto assistencial, no cuidado do paciente como na relação com colegas e assistentes. É sua obrigação desenvolver compromisso com sua formação, tanto teórica, quanto prática e científica, com a entrega no período adequado do trabalho de conclusão de curso.

Subespecialidades

Segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, haviam 02 subespecialidade autorizadas pelo CNRM:

  • Dor – 01 ano
  • Medicina paliativa – 01 ano

Diante da evidência de que nas últimas décadas, a área da anestesiologiatem passado por grandes progressos em termos de conhecimento e técnicas, alguns profissionais optam por complementar a formação no exterior, nas chamadas “fellowships”.

Processo de avaliação do curso

Diferente de algumas outras especialidades, a SBA define um sistema de avaliação diferente. Anualmente, é aplicada uma prova ao longo do processo de formação do residente.

O resultado dessa avaliação compõe um ranking de desempenho entre as instituições reconhecidas pela entidade. Isso acaba definindo os melhores Centros de Ensino e Treinamento – CETs, o que pode gerar maior ou menor concorrência em algumas instituições.

Segundo o Relatório de Demografia Médica de 2023, havia 29.358 médicos residentes em atuação. Em 10 anos a especilidade cresceu 61%. Desses, 39,5% são do sexo feminino e 60,5% são do sexo masculino.

Atualmente tem 2.966 residentes, sendo 994 no R1. Esse número representa 7,1% dos residentes brasileiros (é a 5ª especialidade com mais residentes em treinamento).

A maior concentração desses residentes está na região sudeste (50,3%), seguida do nordeste (18,8%) e do sul (18,2%). É uma especialidade predominantemente do sexo masculino (62,2%).

Melhores residências em Anestesiologia

Escolher qual programa de residência médica seguir é fundamental na formação de um médico. Por isso, é de suma importância que pesquise sobre as instituições que oferecem a especialidade escolhida e opte por aquelas que atendam as demandas pessoais para uma boa formação, suas necessidades e a satisfação profissional. 

A anestesiologia é um dos programas mais concorridos atualmente. Segundo a SBA, hoje existem 121 Centros de Ensino e Treinamento (CET) destribuidos pelo Brasil. Os CET são serviços credenciados e reconhecidos para treinar os residentes.

Apesar de ser delicado definir quais as melhores residências em Anestesiologia, listamos algumas instituições com boas referências no setor, sendo as melhores avaliadas pela SBA no ano de 2020, com base no ano de 2019 (4° quartil: conceito global do CET igual ou maior que 75% dos demais CETs). Confira abaixo.

Ranking das melhores residências médicas em anestesiologia

Confira agora as 10 das melhores especialidades médicas em anestesiologia:

Instituições
 HOSP.G.DO INAMPS FORTALEZA
 CENTRO ANESTESIOL.UNIV.DE BRASILIA
 HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL
S.A.HOSP.CLIN.FAC.MED.UFMG
HOSP.DAS CLÍNICAS DA UFPE
S.ANEST.E MED.PERIOP.DO HCPA – SAMPE
SANE
CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS
S.A.HOSP.SERVID.PUBL.DE SP
DISCIPLINA DE ANESTESIOL.DA FMUSP
Sociedade Brasileira de Anestesiologia – Rank 2020 com base no ano de 2019 – 4º quartil

Para mais informações sobre outras instituições acesse o rank disponibilizado no site da SBA.

Sugestão de leitura

Veja também:

Referências

  1. Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
  2. Comissão Nacional de Residência Médica/Ministério da Educação (CNMR/MEC)
  3. Ranking de melhores Centros de Ensino e Treinamento – CETs em Anestesiologia
  4. Matriz de Competência em Anestesoiologia 2018
  5. Demografia Medica2023_