Qual é o cenário atual do câncer de pele no Brasil?

câncer de pele
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Dezembro e a chegada do verão são um excelente convite para falarmos sobre a campanha de conscientização sobre o câncer de pele. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou a campanha de Dezembro Laranja. O tema é “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”. 

Segundo o Painel da Oncologia do Ministério da Saúde, o Brasil registrou em torno de 205,18 mil diagnósticos de câncer de pele entre 2013 e 2021. E o número pode ser bem superior a esse, se for considerada a subnotificação.

Afinal, somente em maio de 2018 passou a ser obrigatório o registro do cartão nacional de saúde e da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID-10). 

Os números registrados pela plataforma mostram que, entre 2013 e 2017, a proporção dos novos diagnósticos chegou a aproximadamente 4 mil a cada ano.

Com o aperfeiçoamento da ferramenta e dos fluxos de informação, os números foram aumentando. E assim, entre 2018 e julho deste ano, o total de diagnósticos registrados chegou a 184,09 mil. Sendo cerca de 46 mil ao ano.

Câncer de pele 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia esclareceu que a doença é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. 

Esse é o tipo de câncer mais comum no Brasil. Isso é de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país. Sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. O mais agressivo deles é o melanoma. 

Veja mais sobre sobre cada um deles:

O carcinoma basocelular se manifesta por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade. 

Já o espinocelular é caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Podem causar dor e produzir sangramentos.

E o melanoma  é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato gradativamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento. Esse tipo é o mais letal. 

Tratamentos para câncer de pele

Todos os casos devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade. Dessa forma, pode-se evitar que aconteçam lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. 

A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença. Mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Entre eles: 

  • Cirurgia excisional
  • Curetagem e eletrodissecção
  • Criocirurgia
  • Cirurgia a laser
  • Cirurgia Micrográfica de Mohs
  • Terapia Fotodinâmica (PDT)

Outras opções são  radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas.

O que é a campanha Dezembro Laranja? 

Realizada desde 2014, a campanha dezembro laranja  incentiva o uso de filtro solar com fator de proteção solar de, no mínimo, 30. Além de barreiras solares como bonés, chapéus e guarda sol.

Organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), conta com a adesão voluntária de:

– Tony Ramos
– Carmo Dalla Vecchia
– Kelly Key
– Karol Conká
– Claúdia Liz
– Tom Borges
– Eliane Cantanhede

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