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Você sabe fazer diluição de medicamentos? Vamos te ensinar de uma maneira fácil a fazer os cálculos que você precisa saber!
A diluição de medicamentos é o processo de redução da concentração de um medicamento pela adição de um diluente ou solvente a ele. Isso geralmente é feito para facilitar a administração do medicamento, principalmente se o medicamento for muito potente e precisar ser administrado em doses menores para minimizar os efeitos colaterais ou a toxicidade.
A diluição do medicamento pode ser realizada de várias maneiras, dependendo do medicamento e do uso pretendido. Em alguns casos, o medicamento pode ser misturado com água estéril ou solução salina para reduzir a concentração. Outras vezes, o medicamento pode ser misturado com um diluente específico que foi desenvolvido para funcionar com esse medicamento em particular.
É importante seguir os procedimentos de diluição adequados e usar o diluente correto para um determinado medicamento para garantir que o medicamento permaneça eficaz e seguro para uso. A diluição incorreta pode levar a um tratamento ineficaz ou mesmo a efeitos colaterais nocivos.
Prescrição medicamentosa
A prescrição de medicamentos vai muito além de escrever um nome de medicamento em um papel. É necessário estabelecer relação com o paciente, esclarecer dúvidas, informar a escolha do fármaco, os risco, os benefícios, o que é esperado.
Além disso, no preenchimento do receituário é necessário que tenha:
- Identificar o paciente: A receita deve incluir o nome completo do paciente, data de nascimento e qualquer outra informação de identificação necessária para garantir que a receita seja preenchida com precisão.
- Especifique o medicamento: A receita deve indicar claramente o nome do medicamento, a dosagem, a dosagem e a forma (por exemplo, comprimido, cápsula, líquido).
- Indicar a via de administração: A prescrição deve especificar como o medicamento deve ser administrado, por via oral, tópica ou injetável.
- Inclua todas as instruções necessárias: A receita deve incluir todas as instruções específicas para tomar o medicamento, como quando e com que frequência tomá-lo, se deve tomá-lo com comida ou água e qualquer outra informação relevante.
- Assinar e datar a receita: O profissional de saúde deve assinar e datar a receita, indicando que autorizou o medicamento e se responsabiliza por sua adequação e segurança.
Também é importante levar em consideração quaisquer alergias do paciente, interações medicamentosas e possíveis efeitos colaterais ao prescrever medicamentos. Os profissionais de saúde também devem documentar a prescrição no prontuário do paciente e comunicar qualquer informação importante ao paciente e ao farmacêutico.
É importante lembrar que existem diversos tipos de receitas. Cada classe medicamentosa possui uma necessidade diferente. Alguns fármacos necessitam, por exemplo, de 2 vias:
- Anticonvulsivantes;
- Anabolizantes;
- Antipsicóticos;
- Medicamentos para Parkinson;
- Antidepressivos;
- Antibióticos.
Para saber mais sobre o assunto, leia nosso artigo completo: Prescrição Médica: dados, modelos, caligrafia e carimbo!
Como é feita a diluição medicamentosa?
A diluição do medicamento deve ser feita de uma forma em transformar uma solução menos concentrada. Aprender a fazer o cálculo é fundamental, uma vez que, algumas medicamentos só são fornecidos em ampolas maiores que a necessidade da posologia indicada ao paciente.
Geralmente os medicamentos por via oral e via intravenosa necessitam de diluição.

Relembrando as grandezas e unidades de medidas
A diluição assusta bastante porque são cálculos matemáticos. Entretanto, não é nenhum “bicho de sete cabeças”. O que precisamos fazer é uma regra de três. Entretanto, precisamos relembrar sobre conversão de unidades de medida de volume.
Tenha sempre em mente que:
- 1 quilograma (kg) = 1000 gramas (g);
- 1 g = 1000 miligramas (mg);
- 1mg = 1000 microgramas (mcg)
- 1 litro (l) = 1000 mililitros (ml);
Além disso, é preciso lembrar que as grandezas relacionadas entre si para os cálculos geralmente são:
- Concentração/volume (mg/ml)
- Volume/tempo (ml/hora ou ml/minuto).
Trabalhando com exemplo
A melhor forma de entender como acontece o processo de diluição de medicamento é através de um exemplo. Vem com a gente!
Imagine que você é o interno responsável pelo plantão. O seu paciente chegou queixando de cefaleia, intensidade 9/10, que não melhora com analgésico que o mesmo se medicou em casa. Após coletar a história clinica do paciente, construir um raciocínio clínico, conhecer as alergias que esse paciente possa vir a ter, você e seu preceptor e/ou residente, resolverem administrar 2mg de forma endovenosa analgésico para esse paciente. Ao olhar a forma de apresentação do medicamento, você se depara com a seguinte especificação: 10mg/ml e ampola de 2ml. Como fazer para administrar de forma correta esse medicamento?
Como é feito o cálculo da diluição medicamentosa?
Inicialmente é preciso entender o que significa 10mg/ml. Isso quer dizer que tenho 10mg da droga a cada 1ml de solvente.
- Se a ampola tem 2ml, quanto de medicamento eu tenho nela?
10mg ———– 1ml
X mg ———– 2ml
X=20mg em uma dose de ampola.
- Se o paciente precisa de 2mg, temos que fazer uma diluição:
Em uma ampola eu tenho 20mg em 2ml, quantos ml eu preciso dar a esse paciente? Se fizermos um cálculo rápido, seria 0,2ml. Entretanto, geralmente não se tem seringas disponíveis que consiga graduar essa quantidade de líquido. Então, devido a isso, precisamos fazer a diluição com o sora fisiológico.
Se 2 ml ——– 20mg, vou adicionar + 8ml de soro fisiológico a 0,9% e então, minha solução vai ficar com 10ml. Assim:
10ml ———- 20mg da droga
X ml ———— 2mg da droga
X = 1ml.
- Dessa forma, você precisará fornecer 1ml da ampola para o seu paciente.
Veículos de diluição de medicamentos
Alguns medicamentos são comumente utilizados para realizar diluição de medicamentos. São eles:
- Soluções de glicose a 5%;
- Soro fisiológico a 0,9% ;
- Soro glicofisiológico;
- Solução de Ringer;
- Ringer lactato;
- Água para injeção;
- Agentes antimicrobianos.
Como dominar a farmacologia, prescrição e diluição de medicamentos?
A diluição de medicamentos é apenas mais um dos conteúdos de farmacologia que você precisa aprender e dominar para o internato de medicina. Além de saber diluir medicamentos, você precisa saber prescrever de forma correta, com a posologia correta.
Entretanto, sabemos que essa matéria em específico é um “calo no pé” da maioria dos estudantes de medicina, não é verdade? A fim de te ajudar, temos uma dica maravilhosa para você. Que tal ter acesso à 38 temas sobre farmacologia? Além disso, ter disponível:
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Sugestão de leitura complementar
- Prescrição: tudo que você precisa saber para não errar
- Receituário Médico: Como preencher corretamente?
- Prescrição Médica: dados, modelos, caligrafia e carimbo!
- Resumo de Notificação Compulsória: obrigatoriedade, prazo e quem notificar
Referências
- Guia para preparo de medicamentos injetáveis – Unidade de Dispensação Farmacêutica – HU-UFGD/Ebserh, 2017. 43 p. Disponível em: GuiaparadiluiodemedicamentosinjetveisHU_UFGD1.edio.pdf (www.gov.br)
- Guia de Prescrição Hospitalar, (2012). 1st ed. Atheneu, pp. 1 – 111.
- Manual de orientações básicas para prescrição médica. Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/REGIONAL/crmpb/manualPrescricao.pdf