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Prescrição: tudo que você precisa saber para não errar

Prescrição: tudo que você precisa saber para não errar

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Receitar tratamentos é uma das tarefas mais comuns do dia a dia do médico. No entanto, o processo de elaborar uma prescrição ainda pode gerar muitas dúvidas.

A intenção desse artigo é justamente solucionar parte desse problema que assola uma expressiva parcela da classe médica, sobretudo os recém formados.

Se você se identifica com esse sentimento, esse artigo é para você! Se não, compartilhe com um amigo ou em suas redes sociais, pois a seguir iremos compartilhar orientações valiosas de como fazer uma prescrição médica.

O que é precrição médica?

A prescrição médica vai além de prescrever medicamentos. Esta é uma etapa do processo de atendimento médico muito importante que tem enorme complexidade e, algumas vezes necessita de ação multidisciplinar.

O médico é responsável por prescrever:

  • Tratamentos medicamentosos;
  • Tratamentos que que podem ser realizados por outros profissionais da saúde como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc;
  • Exames;
  • Prescrição médica hospitalar, em que precisa deixar orientações sobre repouso, dieta, monitorização, oxigenoterapia e ventilação, venóclise, antibióticos e imunossupressores, medicamentos de uso contínuo e/ou de uso eventual, profilaxias e outras medidas de suporte.

Hoje iremos abortar sobre a prescrição medicamentosa, o que ela deve conter e o que não se deve fazer!

Passo a passo para uma prescrição completa

Conheça o passo a passo para uma boa prescrição médica:

1. Prescrição não é apenas escrever

Um erro que muitos médicos podem cometer é achar que prescrever é apenas escrever em um papel, mas não é. Ela envolve alguns fatores como:

  • Relação entre o médico-paciente: fundamental para a adesão terapêutica, devendo ser de confiança e de muito diálogo;
  • Esclarecimentos: é importante explicar a finalidade do medicamento e quais efeitos adversos o paciente pode apresentar ao fazer o uso;
  • Avaliar alergias, interações medicamentosas e comorbidades.

2. Escolha do medicamento

Após uma anamnese bem feita, junto com um exame clínico e até com o resultado de exames complementares, o médico deve escolher a melhor terapêutica para seu paciente.

Para isso, o mesmo deve levar em consideração o valor do produto, acessibilidade, quantidade de medicamentos que aquele paciente já utiliza. Sempre que possível, escolher a menor quantidade de fármacos e que sejam de fácil acesso para o paciente.

É importante também saber sobre quais outros medicamentos o paciente está fazendo uso para que não tenha interação medicamentosa e para auxiliar na melhor hora de se fazer uso.

3. Preenchimento do receituário médico

Após a escolha do fármaco, da sua dose e formas de uso, o médico deve passar essas informações à folha de receita que deve conter o nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha, e o registro no conselho de medicina.

Para a precrição, deve estar presente, sem abreviações e de forma legível:

  • Nome completo do paciente;
  • Nome da drogra, sua forma farmacêutica e sua concentração;
  • Quantidade de medicamentos necessários ou se de uso contínuo;
  • Orientação de dose, via de administração, horário e quantidade de dias de uso;
  • Ao final, deve ter a data da prescrição, assinatura e número de inscrição no Conselhor Federal de Medicina, o CRM.

O art. 35 da Lei 5.991/73 determina que o receituário possua data, assinatura do profissional, endereço do consultório/estabelecimento e o número de inscrição no conselho. Não há exigência em relação ao uso de carimbo.

Para maiores informações e visualização de categorias de receituário médico, acesso nosso texto Receituário Médico: Como preencher corretamente?.

Principais erros na prescrição

Alguns erros são frequentes na prescrição de medicamentos e devem ser evitados ao máximo:

  • Letra ilegível;
  • Rasuras e emendas;
  • Ausência de data;
  • Prescrever medicamentos ou solicitar exames sem avaliação direta do paciente;
  • Omissão da dose na prescrição;
  • Horário errado de administração.

Muitos deles foram reduzidos e sanados com as prescrições eletrônicas. Mas ainda é possível se deparar com muitas delas na rotina ambulatorial e hospitalar.

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