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Atendimento Inicial na Emergência: guia de atendimento completo

Atendimento Inicial na Emergência: guia de atendimento completo

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O atendimento inicial na emergência é fundamental para garantir a sobrevivência e a qualidade de vida das pessoas que passam por situações críticas de saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020 foram registradas cerca de 2,4 milhões de internações em unidades de emergência no Brasil. Dentre as principais causas estão as doenças do aparelho circulatório, respiratório e digestivo.

Esse atendimento é o primeiro contato que o paciente tem com o sistema de saúde após o evento agudo. Nesse sentido, ele deve ser realizado de forma rápida e eficiente. Assim, será possível garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Para sistematizar e guiar a conduta inicial no atendimento ao paciente grave confira nosso artigo!

Como identificar o paciente grave no atendimento inicial na emergência?

Mas como identificar o paciente grave? Estabelecendo as prioridades no atendimento na emergência!

Para isso, temos o serviço de classificação de risco, a triagem, geralmente de responsabilidade da enfermagem, e sua avaliação inicial, no momento que você vê o paciente.

Como funciona a triagem?

A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de atendimento de urgências o acolhimento e a triagem de classificação de risco. Um dos principais objetivos da triagem é: classificar a queixa dos pacientes, visando identificar os que necessitam de atendimento médico imediato.

Para estabelecer os critérios de gravidade, deve-se coletar:

  • Queixa principal
  • Evolução da doença
  • Estado geral do paciente
  • Escala de dor e de nível de consciência
  • Medicações em uso
  • Comorbidades e alergias

Além disso, é importante medir dados vitais importantes, como pressão arterial, temperatura, saturação de O2, frequência cardíaca e frequência respiratória.

Quais as cores utilizadas na triagem?

Depois de ter coletado os dados do paciente, será possível classificá-lo por cores:

  • Vermelho: indica que o paciente apresenta um quadro clínico grave e necessita de atendimento imediato, pois há risco iminente de morte ou sequelas graves
  • Amarelo: indica que o paciente apresenta um quadro clínico grave, mas sem risco imediato de morte ou sequelas graves. O atendimento deve ser rápido, mas não tão urgente quanto no caso vermelho
  • Verde: indica que o paciente apresenta um quadro clínico moderado, com pouca ou nenhuma ameaça à vida. O atendimento pode ser realizado em tempo razoável, sem a necessidade de prioridade máxima.
  • Azul: indica que o paciente apresenta um quadro clínico leve, com baixo risco de complicações ou gravidade. O atendimento pode ser realizado de forma mais tranquila e sem prioridade máxima.

Quais os primeiros procedimentos que devem ser realizados no atendimento inicial na emergência?

O atendimento inicial na emergência é uma etapa fundamental para garantir a sobrevivência e a qualidade de vida do paciente. Os primeiros procedimentos realizados nessa etapa podem variar de acordo com a queixa principal do paciente e a gravidade do quadro clínico. Contudo, alguns procedimentos básicos que devem ser realizados em todos os casos. São eles:

  • Avaliação inicial
  • Monitorização dos sinais vitais
  • Oxigenoterapia
  • Controle da dor

Avaliação inicial

Em primeiro lugar, é realizada uma avaliação inicial para identificar a queixa principal do paciente, os sinais e sintomas presentes e a gravidade do quadro clínico.

Essa avaliação deve ser rápida e sistemática, para garantir uma intervenção precoce.

Monitorização dos sinais vitais

A monitorização dos sinais vitais é outro procedimento importante realizado no atendimento inicial na emergência.

A frequência cardíaca, a frequência respiratória, a pressão arterial, a temperatura corporal e a saturação de oxigênio são alguns dos sinais vitais que devem ser monitorados para avaliar a estabilidade hemodinâmica do paciente e identificar possíveis complicações.

Oxigenoterapia

A oxigenoterapia pode ser realizada para pacientes com insuficiência respiratória, fornecendo oxigênio suplementar para melhorar a oxigenação dos tecidos.

A obtenção de acesso venoso também pode ser necessária para administração de medicamentos e fluidos intravenosos, em casos de desidratação, hipovolemia ou outras condições que exijam reposição de líquidos.

Controle da dor

O controle da dor é outra medida importante que deve ser adotada no atendimento inicial na emergência.

A dor é uma queixa comum em pacientes que procuram atendimento na emergência e pode ser controlada com a administração de analgésicos e outras medidas não farmacológicas.

Quais as doenças mais frequentes na emergência?

Existem várias doenças que são comuns na emergência e isso pode variar de acordo com fatores como a região geográfica, a época do ano e a faixa etária da população atendida. No entanto, algumas doenças são mais frequentes do que outras em qualquer emergência médica.

As doenças mais frequentes na emergência incluem:

  • Doenças respiratórias, como asma, bronquite, pneumonia e insuficiência respiratória aguda.
  • Dor abdominal, que pode ser causada por uma série de condições, incluindo gastrite, úlceras, apendicite, colecistite, entre outras.
  • Doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas, entre outras.
  • Traumatismos, que podem ser causados por acidentes de trânsito, quedas, agressões, entre outros.
  • Acidente vascular cerebral (AVC), que pode ser causado por um coágulo ou hemorragia no cérebro.
  • Intoxicações, incluindo intoxicações alimentares, envenenamento por medicamentos ou substâncias químicas.
  • Infecções, como infecções do trato urinário, infecções de pele, meningite, entre outras.
  • Doenças psiquiátricas, como depressão, ansiedade, psicose e ideação suicida.

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