O atendimento domiciliar representa um importante papel no desafio contra o novo coronavírus, isto pois sabe-se que a redução da demanda por leitos hospitalares torna possível o atendimento adequado aos pacientes agudizados e evita o colapso do sistema de saúde.
Boa parte dos pacientes em internação domiciliar compõe o grupo de risco para a COVID-19 logo, a cautela com estes indivíduos deverá ser redobrada. É necessário que as medidas a serem adotadas visem a proteção de quem recebe cuidados domiciliares, sendo crucial a adesão de cuidadores e familiares.

Precauções na assistência
Na atenção domiciliar, os profissionais de saúde devem seguir algumas recomendações durante esse período, minimizando o contato interpessoal relacionado ao paciente:
- Triagem e monitorização a distância (Via telefone ou web)
- Atenção às manifestações clínicas que demandem atendimento urgente
- Orientação aos pacientes, familiares e cuidadores sobre ações gerais de prevenção
- Isolamento de familiares com suspeitas
- Em caso de visita domiciliar, os presentes na residência devem utilizar máscara
- O profissional de saúde deve se paramentar com EPI’s adequados ao procedimento que realizar ao paciente
- Minimizar o contato físico com o paciente, restringindo-os apenas ao essencial para a assistência adequada
- Atenção aos momentos de higienização das mãos: ao chegar na residência, ao manipular o paciente ou mediante contato com superfícies
- Descarte de resíduos e materiais separado, em lixo específico
A desinfecção das superfícies de contato frequente é também uma importante orientação a ser prestada: maçanetas, interruptores e ambientes como o banheiro precisam de uma higienização diária. Além dos ambientes e superfícies gerais, a limpeza precisa ser feita em objetos dos cuidadores ou familiares, como, por exemplo, o telefone celular.
O atendimento a distância é uma alternativa já regulamentada por conselhos profissionais como os de Fisioterapia, Medicina e Enfermagem. Esta pode ser uma medida que minimiza as visitas domiciliares e visa diminuir o risco de contágio pelo novo coronavírus. Sabe-se que a realidade do Brasil conta com individualidades, que por vezes inviabiliza a implementação de todas as medidas, mas a análise e implementação de uma ação segura deve ser prioridade nestes casos.
Este é um momento de somar forças para prevenção e proteção dos fragilizados pacientes em internação domiciliar, o profissional de saúde exerce o papel de agente disseminador de informação segura e boas práticas.