Otorrinolaringologia

Exames de Imagem em Otorrinolaringologia: conheça os principais!

Exames de Imagem em Otorrinolaringologia: conheça os principais!

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Imagem de perfil de Graduação Médica

A avaliação clínica tem grande importância na otorrinolaringologia, assim como em qualquer especialidade. Entretanto, nem sempre é possível que o diagnóstico seja dado apenas pelo quadro clínico. É neste âmbito que os Exames de Imagem em Otorrinolaringologia ganham destaque.

Os principais exames de imagem utilizados em otorrinolaringologia são a radiografia, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética nuclear e a videolaringoscopia.

Neste Super Material, serão apresentadas as principais aplicações destes exames de acordo com a localização: ouvidos, nariz, seios paranasais, faringe e laringe.

Exames de Imagem em Otorrinolaringologia: Ouvidos

Antes de compreender as alterações patológicas encontradas nos exames de imagem, é essencial conhecer as estruturas dentro do seu padrão de normalidade. Se achar necessário, você pode voltar ao tópico anatomia e fisiologia do módulo de otorrinolaringologia, para relembrar as principais estruturas e assimilá-las às destacadas nos exames de imagem expostos a seguir.

Imagem: Tomografia computadorizada de mastoide em corte coronal. Fonte: www.radiopaedia.org

Exames de imagem em otorrinolaringologia de uma Tomografia computadorizada de mastoide em corte coronal, com enfoque na visualização do sistema auditivo.

Imagem: Tomografia computadorizada de mastoide em corte coronal, com enfoque na visualização do sistema auditivo. Fonte: www.radiopaedia.org

Exames de imagem em otorrinolaringologia de uma Tomografia computadorizada de mastoide em corte axial.

Imagem: Tomografia computadorizada de mastoide em corte axial. Fonte: www.radiopaedia.org

Com o desenvolvimento da tomografia computadorizada (TC), nos anos 70, houve grande avanço do diagnóstico por imagem em otologia. Isso se deve ao fato de as estruturas presentes na região do ouvido possuírem diferentes densidades e, assim, diferentes aspectos na TC, o que leva ao fácil reconhecimento das mesmas e de possíveis lesões.

Dessa forma, a TC é o método padrão-ouro para o estudo da mastoide. Em cortes coronais é possível visualizar as orelhas externa, média e interna, enquanto que em cortes axiais, pode-se realizar o estudo mais detalhado do osso temporal. Já em cortes sagitais, torna-se possível observar as paredes anterior e posterior, o assoalho e o teto do conduto auditivo, assim como a parte vertical do canal do nervo facial. As principais aplicações da tomografia computadorizada no ramo da otologia são:

  • Investigação de malformações, como a microtia – redução ou completa ausência do pavilhão auditivo externo, agenesia do canal auditivo externo e a síndrome do aqueduto vestibular dilatado. Ademais, a TC é importante para o planejamento cirúrgico, avaliando se há outras malformações associadas e qual a melhor abordagem

Imagem: Microtia grau III ou anotia associada a estenose do canal auditivo externo à direita, constatada através de tomografia computadorizada em corte coronal. Fonte: Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial, 2011.

Aqueduto vestibular dilatado bilateralmente observado por meio de TC em corte axial.

Imagem: Aqueduto vestibular dilatado bilateralmente observado por meio de TC em corte axial. Fonte: Silveira, PAL. et al., 2005.

SAIBA MAIS: A síndrome do aqueduto vestibular dilatado caracteriza-se clinicamente por hipoacusia do tipo neurossensorial. Além disso, é a anomalia mais comum do ouvido interno.

  • Avaliação de fraturas do osso temporal. Estas podem ser longitudinais ou transversais. A longitudinal é mais comum e decorrente de traumas laterais fechados, já a transversal, apesar de menos frequente, pode acometer a orelha interna e ter maiores complicações.
  • Avaliação de complicações de otites, como a otomastoidite e o abscesso subperiosteal.
  • Investigação de otosclerose, evidenciada pelo sinal do duplo anel.

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