Índice
- 1 O estresse tóxico e sua relação com a pandemia da COVID-19
- 2 Como avaliar o impacto da pandemia na saúde mental de crianças e adolescentes?
- 3 O que dizem os estudos sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 na saúde mental de crianças e adolescentes?
- 4 O impacto do ensino à distância e do uso de telas em crianças e adolescentes
- 5 Houve algum aspecto positivo dessa realidade de atividades centrada nos meios digitais?
- 6 Sugestão de leitura complementar
- 7 Referências
Do estresse tóxico ao isolamento social: a Dra. Nathália Sousa vai abordar o efeito da pandemia na saúde mental de crianças e adolescentes. Continue a leitura para saber tudo!
Em Dezembro de 2019 o mundo acompanhou o surgimento em Wuhan, na China, de um novo coronavírus. Responsável por milhares de casos de síndrome respiratória aguda grave, sendo por isso denominado SARS-CoV-2.
Poucos meses depois, em 11 de Março de 2020, a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia da COVID-19 e sugeriu uma série de medidas de controle como:
- o uso de máscaras,
- isolamento social e
- até o lockdown – essa palavra atualmente tão conhecida e que até 2020 a maioria de nós nunca tinha ouvido falar.
Como consequência vivemos meses de restrição de deslocamentos e do contato social, com o fechamento de todos os serviços não essenciais e das escolas.
Tivemos que lidar não apenas com a possibilidade da infecção (e morte) eminente, mas também com meses de isolamento social, restritos ao lar e convivendo apenas com os membros do núcleo familiar.
A maior parte dos adultos economicamente ativos passou a trabalhar de casa, acumulando múltiplas tarefas: o trabalho doméstico, o home office (trabalho remoto) e o tão importante trabalho de cuidar de seus próprios filhos.
Sem rede de apoio, babás ou avós, as crianças ficaram aos cuidados exclusivos de seus progenitores, que estavam sobrecarregados, cansados e com medo. E ainda tem mais!
A restrição de deslocamentos dos primeiros meses de pandemia obrigou as crianças a ficarem restritas dentro de 4 paredes, sem poder frequentar parquinhos ou qualquer outro ambiente que fornecesse o mínimo de respiro (e de convívio social).
Após algumas semanas de isolamento, na tentativa de reduzir os efeitos educacionais, as atividades escolares retornaram em um novo modelo: o home schooling (ensino à distância) e o que já estava difícil ficou ainda pior.
Crianças e adolescentes foram expostos a horas de ensino a distância e os pais, sobrecarregados, se tornaram também professores. Não precisa ser muito inteligente para imaginar que isso não ia dar certo né? Pois é, não deu.
O estresse tóxico e sua relação com a pandemia da COVID-19
Para entender como, mesmo na ausência de infecção pelo SARS-CoV-2, a pandemia da COVID-19 pode afetar a saúde de crianças e adolescentes e ainda promover o desenvolvimento de doenças à longo prazo precisamos entender um pouco sobre os fatores que interferem no neurodesenvolvimento e retomar outro conceito muito importante, o conceito do estresse tóxico.
O neurodesenvolvimento não depende somente de aspectos biológicos, mas também sofre influência do ambiente.
As crianças que têm acesso à educação, estímulo e afeto e que não vivenciam experiências afetivas ou sociais traumáticas terão melhor desempenho na vida adulta com aquisições acadêmicas e ocupacionais mais expressivas do que crianças vulneráveis.
Ao contrário do que a “lenda da meritocracia” nos faz crer, existe uma relação bem estabelecida entre pobreza e desempenho intelectual na infância que permite a perpetuação das desigualdades na ausência de intervenções individuais e coletivas.
O que é estresse tóxico?
O estresse tóxico é definido como um estresse elevado e contínuo, superior à capacidade de auto regulação da criança, que pode gerar danos irreversíveis ao desenvolvimento neuropsicomotor, além de aumentar os riscos para doenças orgânicas a longo prazo.
Uma série de adversidades e experiências traumáticas poderiam desencadear um estresse tóxico, como:
- pobreza,
- fome,
- agressão física,
- dificuldade de acesso à saúde e à educação e
- desestruturação familiar.
Todas essas situações podem ser reconhecidas no contexto da pandemia da COVID-19.
As incertezas econômicas, sociais e psíquicas que tanto estressaram os adultos nos últimos anos foram fatores ainda mais lesivos nessa população que ainda está em desenvolvimento.
Mas se todos estão passando pela mesma situação adversa isso significa que todas as crianças serão acometidas da mesma forma? É óbvio que não! Existe uma variabilidade individual na percepção e na reação às situações estressoras presentes na vida, dependente de fatores:
- ambientais (dinâmica familiar, saúde mental materna e paterna e ocorrência de violências como a negligência e o abuso),
- genéticos e
- epigenéticos (influência do ambiente no funcionamento dos genes).
Classificação do estresse
De acordo com as reações, o estresse pode ser classificado em positivo, tolerável ou tóxico.
Estresse positivo
O estresse positivo apresenta baixa intensidade e é limitado a curtos períodos de tempo. É um estresse saudável e que determina alterações biológicas na criança, como:
- aumento da frequência cardíaca,
- elevação da pressão arterial e
- elevação do nível de hormônios do sistema neuroendócrino (hormônio liberador de corticotrofina, glicocorticoides, mineralcorticoides e catecolaminas).
O estresse positivo é modulado por mecanismos protetores extrínsecos (ambientais) e intrínsecos (genéticos) capazes de rapidamente recuperar a homeostasia.
Alguns exemplos são situações do dia-a-dia das crianças como a incapacidade de verbalizar bem seus desejos antes dos 15 meses, a inserção escolar e a aplicação de vacinas.
Em todas essas situações os pais podem utilizar do afeto e do diálogo para criação de limites e respeito, estimulando a formação de uma personalidade sólida a longo prazo por meio de novas sinapses neuronais.
Estresse tolerável
O estresse é considerado tolerável quando a criança experimenta fatores estressantes por um período mais prolongado, longo o suficiente para elevar o risco de alterações na arquitetura cerebral.
Mesmo nessa situação, a existência de relacionamentos sólidos amortece e tampona o risco de toxicidade biológica. Trazendo para o contexto da pandemia da COVID-19, o apoio positivo dos familiares poderia ser suficiente para impedir que as modificações trazidas pelo isolamento social (e eminência de doença) fossem suficientemente importantes a ponto de suplantar os mecanismos de auto regulação das crianças. Entretanto, sabemos que não foi isso que aconteceu na maior parte das casas.
A ausência de suporte emocional, físico e econômico, associada a longa duração e forte intensidade do fator estressor (pandemia) fez com que a maior parte das crianças e dos adolescentes experimentasse o estresse tóxico.
Qual o impacto do estresse no organismo durante a infância?
Como resposta a exposição constante ao estresse na infância ocorre a liberação incessante de cortisol que provoca alteração das conectividades sinápticas, limitando as capacidades estruturais do cérebro e alterando inclusive a arquitetura do cérebro, com redução do volume cerebral, disfunção dos sistemas neuroendócrino e límbico, além de afetar a neuroplasticidade estrutural e funcional.
Sabemos que o indivíduo que foi exposto ao estresse tóxico na infância apresenta maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta como:
- hipertensão arterial sistêmica,
- diabetes mellitus,
- doenças pulmonares,
- cardiopatias isquêmicas,
- acidentes vasculares encefálicos e
- doenças autoimunes.
Também há um aumento do risco de distúrbios neuropsiquiátricos e comportamentais e do desenvolvimento, tais como:
- transtorno de ansiedade generalizada,
- depressão,
- transtorno obsessivo compulsivo,
- hiperatividade e déficit de atenção
- transtorno do espectro autista, e
- até um maior risco à dependência química.
Como avaliar o impacto da pandemia na saúde mental de crianças e adolescentes?
Desde o ano de 2020 diversos estudos foram publicados analisando os efeitos da pandemia da COVID-19 (e das medidas de isolamento social) na saúde mental de crianças e adolescentes.
É importante ressaltar que embora tenham ocorrido outras epidemias de coronavírus nos últimos anos, como o SARS-CoV-1 e o MERS, a rapidez com que a COVID-19 se espalhou foi o motivo pelo qual as medidas de restrição do convívio social foram tão drásticas logo no início, uma situação sem precedentes.
Quais fatores contribuíram para os efeitos adversos?
A maior parte dos efeitos adversos da pandemia em crianças e adolescentes decorre do fechamento das escolas, do isolamento social, da redução das atividades físicas e da imposição de restrição à liberdade.
Mesmo assim, o impacto psicossocial varia de acordo com a idade da criança e suas características sociais e demográficas. Também varia de acordo com a resposta do governo à pandemia da COVID-19.
Fechamentos de escolas afetam principalmente escolares e adolescentes, entre 5 e 18 anos.
Já lactentes e pré-escolares são afetados pelo estresse que a COVID-19, e as decisões governamentais acerca do enfrentamento da pandemia, causam em seus pais.
É possível dizer que os adolescentes foram mais impactados?
A adolescência representa um período de maior vulnerabilidade da saúde mental pela ausência de controle emocional adequado e de estratégias eficazes de enfrentamento das adversidades.
O comprometimento psicossocial é especialmente importante nos adolescentes, que dependem das interações sociais e da formação de grupos com seus pares para o desenvolvimento cerebral, a construção da sua percepção pessoal e o bem-estar mental.
Além disso, a participação ativa dos adolescentes nas comunidades tem efeitos positivos como a melhora no desempenho acadêmico, na autoestima, na resiliência e os maiores níveis de otimismo e satisfação consigo mesmo.
A própria motivação para manutenção do isolamento social por adolescentes foi alvo de estudo.
Notou-se que adolescentes que se isolaram para se protegerem do adoecimento ou para evitar o julgamento social apresentaram mais sintomas ansiosos. Já os adolescentes que se isolaram em decorrência de uma pressão de grupo apresentaram mais sintomas depressivos.
Curiosamente, quando a motivação para o isolamento foi uma regra governamental ou parental não houve qualquer sintoma mental associado. Inclusive, a percepção do isolamento social como uma regra familiar aumentou, em alguns casos, a sensação de coesão familiar, identificada como um fator positivo e protetor para saúde mental dos adolescentes.
O que dizem os estudos sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 na saúde mental de crianças e adolescentes?
De uma forma geral os estudos mostraram uma maior frequência de sintomas em crianças e adolescentes de 3 a 18 anos durante a pandemia como:
- desatenção,
- tédio,
- irritabilidade,
- inquietação,
- preocupação,
- ansiedade de separação e
- solidão.
O que apresentou um impacto negativo na saúde mental com aumento de sintomas de ansiedade, depressão, medo e até de estresse pós-traumático. Também foram relatados distúrbios do sono, pesadelos e redução do apetite em crianças durante a pandemia.
Analisando as diferenças com relação à idade, alguns estudos mostraram que crianças menores (3 a 6 anos) reagiram com mais medo e insegurança (o que resulta em maior apego aos cuidadores), do que crianças maiores (6 a 18 anos) que apresentaram mais sintomas de desatenção e de questionamento incessante acerca da pandemia.
A somatização (aparecimento de sintomas físicos em resposta a um distúrbio psicológico) foi mais comum em crianças menores (presente em até 22% dos casos), ao passo que sintomas de depressão e ansiedade foram mais frequentemente encontrados em adolescentes.
Por sua vez, o declínio da saúde mental de crianças e adolescentes foi associado ao aumento de comportamentos nocivos, como o abuso de substâncias, o absenteísmo e a evasão escolar.
Maior impacto na saúde mental de crianças e adolescentes
Com relação ao impacto na saúde mental, estudos reportaram um aumento da prevalência de depressão em crianças e adolescentes (de 22,6% a 43,7%) e de sintomas ansiosos (de 18,9% a 37,4%).
Além disso, foram descritas diferentes reações emocionais relacionadas a COVID-19 neste grupo etário, como medo pela saúde dos familiares (em 22% dos indivíduos), medo se infectar pelo SARS-CoV-2 (62,2%) e medo de morte pela COVID-19 (em quase 40% das crianças de ensino fundamental).
A presença dessas reações emocionais, mas principalmente do medo com relação a COVID-19, foi associada ao maior risco de sintomas somáticos e ansiedade em crianças e de depressão, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo em adolescentes. Em contrapartida, o pensamento positivo de crianças com relação a COVID-19 reduziu o risco de sintomas depressivos nessa faixa etária.
Piora de sintomas
Analisando crianças que já apresentavam algum distúrbio do desenvolvimento, alguns estudos relataram piora dos sintomas de desatenção e hiperatividade em crianças com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).
Também maior prevalência de problemas emocionais e de conduta tanto em crianças com TDAH quanto no transtorno do espectro autista (TEA), que apresentam especial dificuldade em se adequar às mudanças de rotina.
Essas crianças ficaram, em sua maioria, desassistidas de suas terapias complementares, com um consequente impacto negativo no desenvolvimento de habilidades sociais e de linguagem.
O impacto do ensino à distância e do uso de telas em crianças e adolescentes
O fechamento das escolas foi uma das medidas de restrição proposta para evitar a propagação do contágio e o colapso dos serviços de saúde em uma fase inicial da pandemia.
Mesmo antes da ampla distribuição das vacinas contra a COVID-19, estudos de 2020 demonstravam que o fechamento das escolas previa apenas cerca de 2 a 4% das mortes, porcentagem muito menor do que a observada por outras medidas de distanciamento pessoal, como o uso de máscaras adequadas.
Começaram a ser publicados também, na mesma época, artigos relatando os efeitos psicossociais do isolamento social nas crianças e adolescentes, dados que inclusive embasaram o pleno retorno às aulas presenciais no ano de 2021.
O ensino à distância, que tinha por objetivo reduzir o impacto escolar da pandemia, escancarou as desigualdades sociais do Brasil, ao demonstrar o baixo acesso à internet e aos dispositivos eletrônicos (o que dirá a um ambiente adequado de estudo) de boa parte da população. Principalmente em famílias com menor nível sócio econômico o comprometimento do aprendizado nesses últimos anos resultou em piores performances acadêmicas e no aumento dos índices de evasão escolar.
Obviamente o prejuízo é maior dentre negros e famílias com menor renda mensal, fator que apenas perpetua as desigualdades socioeconômicas em nosso país. Além disso, não podemos esquecer que o insucesso acadêmico também pode ser associado a piora da saúde mental de escolares e adolescentes.
Saúde mental: como ficar longe das escolas prejudica as crianças e adolescentes?
Crianças e adolescentes que ficaram longe das escolas em geral são menos ativos fisicamente, passam mais tempo em contato com telas (celular, computador, televisão e tablets), têm padrões mais irregulares de sono e dietas mais inadequadas, com aumento do risco de ganho de peso e da perda do condicionamento cardiorrespiratório.
Esses efeitos negativos são exacerbados por medidas de isolamento como o confinamento ao lar, a limitação de atividades ao ar livre e a suspensão da interação com outros indivíduos da mesma idade.
O fechamento das escolas também dificulta o acesso a ajuda, formal ou informal, para os problemas de saúde mental, já que deixam de existir figuras positivas importantes como os professores, que poderiam auxiliar essas crianças e adolescentes a lidar com as dificuldades psicossociais impostas pela pandemia.
Vício em celulares e internet
O impacto do aumento do tempo gasto na frente das telas pelas crianças e adolescentes durante o isolamento social foi alvo de uma série de estudos, que chegaram a diferentes conclusões.
Alguns estudos reportaram que os adolescentes passaram de 5 a 10 horas por dia online durante a pandemia, um fator de risco importante para o vício em celulares e na Internet, condição comumente associada ao aumento de problemas comportamentais, desordens de relacionamento, alterações do humor, redução das interações sociais e menor desempenho acadêmico.
Além disso, a exposição frequente às mídias sociais foi associada a maior probabilidade de depressão e ansiedade em adultos e adolescentes.
Em contrapartida, alguns estudos mostraram que a manutenção da comunicação online com amigos durante o período do lockdown esteve associada a redução de problemas de relacionamento com os pares.

Houve algum aspecto positivo dessa realidade de atividades centrada nos meios digitais?
Um estudo mostrou que no começo da pandemia o entretenimento oferecido pelas mídias (como videogames ou jogar em computadores) foi uma forma de aliviar o estresse, apresentando inclusive efeitos positivos na saúde mental ao estimular o desenvolvimento cognitivo e reduzir os sintomas de depressão, ansiedade e solidão.
Esse aspecto positivo provavelmente está relacionado ao potencial que alguns jogos têm de satisfazer necessidades humanas básicas como a competência, a autonomia e o pertencimento, necessidades que não seriam satisfeitas de outra forma durante o isolamento social.
É claro que esse benefício não se aplica a todos os tipos de jogos e nem a todos os contextos, devendo-se analisar outras variáveis como o tempo gasto com essa atividade e o comprometimento de outras áreas, como a prática de atividade física (mesmo que indoor) e a manutenção das interações sociais (mesmo que com os membros da mesma família).
É consenso que o estabelecimento de restrições com relação ao tempo, momento e tipo de jogo que pode ser consumido pelo adolescente é uma estratégia eficaz na prevenção e na redução dos sintomas do uso abusivo dos jogos eletrônicos.
Veja o podcast da Sanar sobre este tema:
Sugestão de leitura complementar
- Dr. Saulo Ciasca analisa os impactos da pandemia para saúde mental
- Saúde mental em tempos de coronavírus
- A importância da atenção à saúde mental em tempos de pandemia | Colunistas
Aproveite e leia também minhas colunas anteriores sobre prescrição de fórmulas e casos de bronquiolite.
Referências
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