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Resumo completo sobre faringite: vai desde a definição, passando por epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico e mais. Confira!
A faringite é uma inflamação da faringe, que pode ser causada por diversos agentes, como bactérias, vírus ou agentes irritantes.
É uma condição comum, que pode afetar pessoas de todas as idades e que pode apresentar diversos sintomas, como dor de garganta, febre, mal-estar e dificuldade para engolir.
Embora muitas vezes seja uma condição autolimitada e de fácil tratamento, a faringite pode levar a complicações em casos mais graves.
Neste texto, vamos abordar os principais aspectos relacionados à faringite, desde suas causas e sintomas até as opções de tratamento disponíveis.
Epidemiologia
A faringite aguda é considerada uma das doenças mais frequentes em crianças. A maioria é de origem viral, mas podendo ser de causa bacteriana, o estreptococo beta-hemolítico do grupo A é o agente etiológico bacteriano mais comum. É um tipo comum de dor de garganta.
A etiologia estreptocócica ocorre em 20% a 30% das crianças, apresentando sinais e sintomas semelhantes, no qual dificulta diferenciar as duas etiologias apenas por aspectos clínicos.
A faringite estreptocócica é mais comum em crianças e adolescentes com idade variando entre 5 e 15 anos e é rara em menores de 3 anos.
Quadro clínico de faringite
O quadro clínico da faringite vai depender da da sua etiologia. Confira abaixo:
Em quadros de etiologia viral, é comum indivíduos apresentarem:
- Tosse;
- Coriza;
- Rinite;
- Rouquidão;
- Diarreia;
- Exantema viral;
- Contato com pessoas com resfriado comum.
Etiologia bacteriana
Em uma faringite estreptocócica, o paciente geralmente apresenta:
- Dor de garganta de início súbito;
- Dor ao engolir;
- Exsudato faríngeo ou hiperemia;
- Febre;
- Exantema petequial no palato;
- Adenite cervical anterior;
- Exantema escarlatiniforme;
- Cefaleia;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Dor abdominal.
Além disso, pode apresentar edema em região cervical por aumento dos linfonodos e dor em região cervical anterior.
Diagnóstico de faringite
O diagnóstico da faringite é baseado em uma combinação de sinais e sintomas, além de exame físico e, se necessário, testes laboratoriais.
O médico geralmente começa examinando a garganta do paciente com uma luz forte para verificar a presença de vermelhidão, inchaço ou secreção. Também pode ser verificado se os gânglios linfáticos do pescoço estão inchados ou sensíveis ao toque. Além disso, é importante questionar sobre história de resfriado e contato prévio com pessoas com tal sintoma.
Em alguns casos, o médico pode solicitar um exame de cultura de garganta ou teste rápido de antígeno estreptocócico (TRE) para determinar se a faringite é causada por uma infecção bacteriana, como a Streptococcus pyogenes.
A cultura de orofaringe (swab) é um teste de alta sensibilidade e especificidade para a Streptococcus pyogenes. É considerado padrão ouro, porém o resultado é demorado.
Por esse motivo, foi desenvolvido outro teste que é chamado de strep test. Ele possui elevada especificidade, sensibilidade limitada, porém, se caracteriza por ter detecção rápida de antígenos estreptocócitos.
Tratamento de faringite
No tratamento viral será utilizado medicamentos para diminuir a sintomatologia do paciente, sendo assim, é indicado o uso de anti-inflamatórios e analgésicos.
Faringite bacteriana
Quando se tem a confirmação de faringite aguda bacteriana é necessário o uso de antibiótico. Os mais indicados são os beta-lactâmicos como a amoxicilina e a penincilinabenzatina.
Quando se trata de pacientes com alergia a beta-lactâmicos pode ser utilizado clindamicina, eritromicina ou claritromicina.
A tonsilectomia só será indicado em casos específicos:
- Primeira opção: quando o paciente apresentou de sete a mais casos de episódios graves durante um ano;
- Segunda opção: paciente apresentou mais de cinco episódios graves por ano durante dois anos consecutivos;
- Terceira opção: paciente apresentou mais de três episódios graves por ano durante três anos consecutivos.
Saiba como diagnosticar e conduzir todos os casos de ambulatório
Existem diversas infecções comuns que podem ser encontradas em atendimentos ambulatoriais. Algumas das mais frequentes são:
- Respiratórias: como resfriados, sinusites, faringites e bronquites, que são causadas por vírus ou bactérias e podem afetar o nariz, a garganta e os pulmões;
- Urinárias: como cistites e pielonefrites, que ocorrem quando bactérias infectam o trato urinário, causando dor e desconforto ao urinar;
- Gastrointestinais: como gastroenterites, causadas por vírus ou bactérias, que podem causar náuseas, vômitos, diarreia e febre.
- Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): como clamídia, gonorreia e herpes genital, que são transmitidas por contato sexual e podem causar sintomas como dor, coceira e secreção.
É importante ressaltar que o diagnóstico e tratamento adequado dessas infecções dependem de uma avaliação cuidadosa do paciente e da identificação correta do agente causador da infecção.
Para te ajudar a realizar esses diagnósticos, uma ferramenta sensacional é o Yellowbook Fluxos e Condutas: Ambulatório.

Esse tipo de livro traz um passo a passo de como diagnosticar, agir com o paciente, tratar e utilizar os medicamentos em diversas condições clínicas, incluindo a faringite.
Outra vantagem desse tipo de livro é que ele geralmente conta com um bulário ao final de cada capítulo, o que permite que o profissional de saúde verifique as informações sobre os medicamentos, como dosagem, indicações, contraindicações e possíveis efeitos colaterais.
Com o livro de fluxos e condutas ambulatorial em mãos, o profissional de saúde pode ter uma fonte confiável de informações para lidar com as diversas condições clínicas que podem surgir em sua prática diária, incluindo a faringite. Portanto, investir em uma boa fonte de informação como essa pode ser muito útil para garantir a saúde e bem-estar de seus pacientes.
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Sugestão de leitura complementar
- Resumo de laringotraqueite viral
- Resumo sobre hepatite A
- Caso clínico de faringite
- Resumo sobre hepatite B
- Resumo sobre hepatite C
Autores, revisores e orientadores:
- Autor(a): Ingrid Thais Martins Lobo e Katarina Almeida Dias – @katdiias @ingridthaiss
- Revisor(a): Stephanie de Carvalho Costa – @stephanieccosta
- Orientador(a): Dr. Hans Greve