Pediatria

Resumo sobre faringite (Completo)| Ligas

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Definição e epidemiologia

A faringite aguda é considerada uma das doenças mais frequentes em crianças. A maioria é de origem viral, mas podendo ser de causa bacteriana, o estreptococo beta-hemolítico do grupo A é o agente etiológico bacteriano mais comum. É um tipo comum de dor de garganta.  

A etiologia estreptocócica ocorre em 20% a 30% das crianças, apresentando sinais e sintomas semelhantes, no qual dificulta diferenciar as duas etiologias apenas por aspectos clínicos. A faringite estreptocócica é mais comum em crianças e adolescentes com idade variando entre 5 e 15 anos e é rara em menores de 3 anos.

Quadro clínico de faringite

Quando os indivíduos apresentam tosse, coriza, rinite, rouquidão, diarreia, exantema viral e contato com pessoas com resfriado comum sugerem etiologia viral.

Já uma faringite estreptocócica geralmente apresenta dor de garganta de início súbito, dor ao engolir, exsudato faríngeo ou hiperemia,  febre,  exantema petequial no palato, adenite cervical anterior,  exantema  escarlatiniforme,  cefaleia, náuseas,  vômitos, dor abdominal. Além de apresentar edema em região cervical por aumento dos linfonodos e dor em região cervical anterior.

Diagnóstico de faringite

O diagnóstico, ele não é exclusivamente clínico,porém, é essencial a realização de uma anamnese e exame físico bem elaborado diagnosticando  de forma rápida e eficaz, afim de tratar o paciente com medicamentos corretos e reverter o quadro clínico do indivíduo. Assim sendo,  quando se quer confirmar a hipótese diagnóstica de faringite bacteriana,  deve-se pedir a cultura de orofaringe (swab) é um teste de alta sensibilidade e especificidade para a Streptococcus pyogenes.

Apesar do swab de orofaringe ser considerado padrão ouro, o resultado é demorado, por esse motivo, foi desenvolvido outro teste que é chamado de strep test, possui elevada especificidade, sensibilidade limitada, porém, se caracteriza por ter detecção rápida de antígenos  estreptocócitos.

Para conseguir fechar o diagnóstico é necessário realizar a cultura de orofaringe ou o streptest. No entanto, se o teste rápido for negativo, mesmo tendo alta probabilidade de não ser infecção estreptocócica é importante esperar o resultado do swab de orofaringe para confirmação bacteriana.

Tratamento de faringite

 No tratamento viral será utilizado medicamentos para diminuir a sintomatologia do paciente, sendo assim, é indicado o uso de Ibuprofeno em gotas de 6 em 6 horas, 1gota/kg, máximo de 20 gotas por dose.

Além disso, extrato de própolis em spray, de 6 em 6 horas, e Hexomedine, de 4 em 4 horas e é contraindicado para menores de três anos.

Quando se tem a confirmação de faringite aguda bacteriana é necessário o uso de antibiótico, os mais indicados são os beta-lactâmicos, dessa maneira, deve-se utilizar amoxicilina, durante dez dias, de 8 em 8 horas sendo de 20 – 40 mg/kg/dia, ou então, penincilinabenzatina com dose única.

Por fim, quando se trata de pacientes com alergia a beta-lactâmicos pode ser utilizado clindamicina, eritromicina ou claritromicina. A tonsilectomia só será indicado em casos específicos, primeira opção, quando o paciente apresentou de sete a mais casos de episódios graves durante um ano; segunda opção, paciente apresentou mais de cinco episódios graves por ano durante dois anos consecutivos; terceira opção, paciente apresentou mais de três episódios graves por ano durante três anos consecutivos.

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Autores, revisores e orientadores:

  • Autor(a) : Ingrid Thais Martins Lobo e Katarina Almeida Dias – @katdiias @ingridthaiss
  • Revisor(a): Stephanie de Carvalho Costa – @stephanieccosta
  • Orientador(a): Dr. Hans Greve