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Resumo sobre rubéola (Completo) | Ligas

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A rubéola, também conhecida comoSarampo Alemão” ou “sarampo de três dias” é uma doença aguda, altamente contagiosa, que é transmitido de um indivíduo a outro por meio do contato com secreções emitidas por um paciente infectado, como gotículas de saliva, liberadas no ar ao tossir, espirrar ou falar, ou através da mãe para o feto através da circulação comum. O agente é o vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. É caracterizada como autolimitada e com evolução benigna, na maioria das vezes.

Epidemiologia da rubéola

Conhecida por atingir preferencialmente crianças e adultos jovens, é muito comum em comunidades urbanas.

Desde 2009 aos dias atuais não foram confirmados mais casos de rubéola no Brasil, indicando a interrupção da transmissão autóctone do vírus da rubéola, denominado 2B. No ano de 2015, o Brasil recebeu a certificação da eliminação da circulação do vírus da Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita. No entanto, em âmbito mundial, ainda estima-se que o número de crianças que nascem acometidas pela síndrome da rubéola congênita seja de aproximadamente 100 mil por ano.

Fisiopatologia

O vírus pertencente ao gênero Rubivírus e família Togaviridae é composto por um invólucro constituído de glicoproteínas, o qual por sua vez é um envelope lipoproteico composto por material genético do tipo RNA simples.

O contato de uma pessoa infectada, através de secreções respiratórias, com uma pessoa sadia é uma das formas de contagio da doença. A outra ocorre de forma vertical, mae- filho ainda durante o processo gestacional. Após esse contato vírus, por meio das glicoproteínas presentes no seu envelope, consegue se ligar às células do epitélio respiratório do hospedeiro anteriormente sadio, liberando em pouco tempo seu capsídeo no citoplasma para o início da tradução do seu material genético, replicação viral e posterior viremia, momento no qual pode ocorrer, a depender da idade gestacional, a transmissão do vírus para o feto.

Quando a infecção ocorre no primeiro trimestre da gestação, causa ao feto vasculite generalizada, o que provoca uma morbidade significativa. A forma pós-natal, normalmente, se desenvolve de forma benigna, enquanto que a forma congênita e crônica é mais severa. Quando a forma gestacional ocorre pode acometer, de formas diferentes, qualquer estrutura do organismo, sendo os órgãos mais comprometidos o coração, olhos e aparelho auditivo. Em geral, a causa mais comum de manifestação da doença é a surdez, ocorrendo na maior parte dos casos.

Quadro clínico da rubéola

O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, variando a cada caso.

Entre os sintomas da rubéola, encontra-se: febre baixa; surgimento de manchas avermelhadas rosadas espalhadas pelo corpo, que surgem inicialmente no rosto e depois se espalham, dor de cabeça; coriza e nariz entupido; dor ao engolir; olhos avermelhados e inflamados; nódulos e gânglios linfáticos inchados na região da nuca, pescoço e atrás das orelhas; dor muscular e nas articulações; e mal-estar.

A leucopenia é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. Apesar de raras, complicações podem ocorrer com maior frequência em adultos, destacando-se artrite ou artralgia, encefalites e manifestações hemorrágicas.

O paciente deve ficar isolado durante uns 10 dias após o aparecimento da erupção, visto que é uma doença contagiosa.

Diagnóstico da rubéola

Para diagnóstico são realizados exames laboratoriais. O diagnóstico laboratorial pode ser feito por testes sorológicos ou isolamento do vírus, sendo a primeira técnica mais viável e utilizada. Os testes sorológicos se baseiam na identificação de imunoglobulinas do tipo G e M, que podem ser dosadas na gestante ou no feto, porém a IgG é ineficiente no diagnóstico da SRC no recém-nascido, uma vez que este anticorpo é passado da mãe para a criança, tornando-se impossível no momento do nascimento diferenciar os anticorpos da criança dos anticorpos maternos transferidos durante a fase intrauterina. Por outro lado, os anticorpos IgM não atravessam a membrana placentária, exercendo função importante no diagnóstico de síndrome da rubéola congênita.

Tratamento da rubéola

Não há tratamento específico para a Rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada.

Apesar de não haver tramento há como se previnir. Vacinação é o meio mais seguro e eficaz de se prevenir rubéola. A vacina da rubéola é recomendada para todas as crianças. Normalmente, é aplicada em bebês de 12 a 15 meses, mas algumas vezes é administrada antes e durante epidemias. Uma segunda vacinação (reforço) é aplicada rotineiramente em crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral é uma vacina combinada que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já a vacina tetra viral protege também contra catapora.

Mapa mental

Mapa mental  sobre rubéola - Sanar

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Autores, revisores e orientadores:

  • Autor(a): Jéssica Santos Andrade e Maria Clara Passos Hasselmann
  • Revisor(a): Maria Clara Oliveira Costa        
  • Orientador(a): Dr. Hans Greve