Coronavírus

Estudo revela que coronavírus sofreu mutações após chegar ao Brasil

Estudo revela que coronavírus sofreu mutações após chegar ao Brasil

Compartilhar
Imagem de perfil de Notícias

Dezenove pacientes dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo serviram de estudo para que cientistas brasileiros sequenciassem o genoma do novo coronavírus. 

Desse total, 17 têm origem europeia e dois vêm da Ásia. Com isso, a pesquisa – realizada em 48 horas – constatou que o vírus Sars-CoV-2 sofreu mutações no País e já apresenta características distintas dos coronavírus introduzidos, servindo de comprovação genética da transmissão comunitária. Ou seja, quando o contágio passa a ser feito ao mesmo tempo por várias fontes não identificadas e que não estiveram no exterior.

O sequenciamento do vírus foi realizado durante o fim de semana do dia 21 de março no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. 

Confira conteúdos voltados para profissionais da saúde!!

O trabalho teve a participação de pesquisadores do LNCC, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e contou com a parceria de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da universidade de Oxford na Inglaterra, além de alunos de pós-graduação do país. 

O desdobramento agora será procurar por mutações que possam ser associadas à gravidade e à facilidade de transmissão. Para os pesquisadores, a descoberta reforça a importância do isolamento social, além de ser um trabalho com importância na prevenção, na contenção para que no futuro possibilite o desenvolvimento de testes, vacinas e terapias.

“Vamos acompanhar a dispersão da Covid-19 e usar inteligência artificial para identificar padrões que possam estar ligados a mudanças importantes, que aumentem a agressividade dele, por exemplo”, detalha Renato Santana, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução da UFMG. 

De acordo com o Globo, os cientistas começarão também a analisar amostras de Sars-CoV-2 extraídas do sangue de pacientes em estado grave. A ideia é investigar se há no material genético desses vírus algum indicador que possa ser associado à severidade da doença.  

Vale ressaltar que a mutação de um vírus é algo natural. Porém, por enquanto, nenhum trabalho revelou que o novo coronavírus sofreu alguma mutação que o tornasse mais letal.

Confira o vídeo:

De Quarentena com a Sanar!

Posts relacionados: