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O que há de novo nos guidelines de tratamento para COVID-19

O que há de novo nos guidelines de tratamento para COVID-19

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Pretendemos discutir aqui um pouco do que há de novo nos guidelines de tratamento para COVID-19. Sabemos que desde o início da pandemia, muitas medicações foram testadas e aventadas como possíveis tratamentos para a infecção pelo novo coronavírus.

Com o corpo crescente de trabalhos publicados na área, às vezes o médico não consegue manter-se atualizado sobre todas as opções existentes. 

Por isso resolvemos escrevê-las aqui, de forma resumida, para facilitar a sua vida.

As atualizações serão baseadas no documento do NIH, The Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Treatment Guidelines, cuja última atualização (na data de publicação deste post) ocorreu no dia 14 de Janeiro de 2021. 

Ivermectina para tratamento da COVID-19

A Ivermectina foi um medicamento que levantou-se como promessa de cura e até mesmo prevenção contra a COVID-19. Desde então, muitos estudos utilizando-a em pacientes com a doença foram realizados.

O problema é que a maioria dos estudos possui limitações metodológicas significativas. Nesse cenário, não se pôde ainda obter definições conclusivas a respeito da Ivermectina.

Portanto, os especialistas afirmam que não há dados suficientes nem para recomendar, ou contraindicar o uso da medicação para tratamento. 

Por enquanto, seguimos aguardando os resultados de estudos mais robustos e melhor desenhados e conduzidos, necessários para fornecer a resposta final para esta questão. 

Profilaxia com hidroxicloroquina

Baseados nos resultados de 2 estudos randomizados, o painel de especialistas do NIH não recomenda o uso de hidroxicloroquina como profilaxia pré-exposição à pacientes com COVID-19. 

Os estudos foram realizados em profissionais de saúde e não demonstraram benefícios em prevenir a COVID-19 nos trabalhadores expostos ao vírus e, em um deles, a medicação esteve significativamente mais associada a eventos adversos. 

Uso de anticoagulantes

A literatura mais recente sobre tromboembolismo venoso como complicação da COVID-19 não trouxe dados que modificassem as recomendações atuais para o uso de anticoagulantes. 

Portanto as recomendações, tanto para os pacientes hospitalizados, como para aqueles manejados fora do ambiente hospitalar, permanecem as mesmas. 

Atualizações para grávidas

As recomendações neste quesito para grávidas e mulheres que amamentam foram atualizadas. São elas:

Para pacientes internadas devido à quadro grave de COVID-19, dose profilática de anticoagulação é recomendada, na ausência de contra-indicações. 

Assim como para mulheres não grávidas, não há indicação de profilaxia para TEV após alta hospitalar, e a decisão de manter a profilaxia após alta deve ser individualizada, levando-se em conta fatores de risco. 

A terapia com anticoagulantes durante o trabalho de parto deve ser cuidadosamente planejada. Deve ser manejada da mesma forma que seria em pacientes grávidas com outras condições que iriam requerer anticoagulação na gravidez. 

Conclusão

Estas foram algumas das mais recentes atualizações nos guidelines de tratamento para COVID-19. 

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Referências

What’s New in the Guidelines – NIH