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Oxigenoterapia: manual dos dispositivos de oxigenação

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Confira uma espécie de manual sobre oxigenoterapia com informações sobre os tipos de dispositivos, quando usar cada um deles e mais!

A oxigenoterapia consiste o fornecimento de oxigênio suplementar aos pacientes para manter níveis adequados de oxigenação nos tecidos. É indicada em condições como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumonia, insuficiência cardíaca congestiva, entre outras.

Dessa forma, o foco deste artigo é trazer um manual sobre os dispositivos de oxigenação que são mais encontrados nos serviços de saúde e como eles podem ser utilizados.

Importância da oxigenoterapia na rotina do médico de emergência

Dispneia é uma das queixas mais comuns dos pacientes em contextos de emergência. Assim, cerca de 40% dos casos tendem a ser multifatorial, tornando essa uma condição que todo médico deve estar preparado a manejar.

Os pacientes que dão entrada com desconforto respiratório podem precisar de oxigenoterapia através de algum dispositivo de oxigenação. Por isso, o manejo adequado dessa terapia é uma das competências básicas de um médico.

Além disso, é preciso lembrar que, principalmente no contexto de traumas, o manejo das vias aéreas é o primeiro ponto do ABCDE do trauma, exame primário obrigatório a todos pacientes nessa condição.

O objetivo principal da oxigenoterapia é promover uma boa ventilação e oxigenação para o paciente, principalmente no intuito de prevenir agravos dos quadros.

Conceitos básicos de oxigenoterapia

Antes de abordar o manejo da oxigenoterapia de fato, é necessário ter alguns conceitos consolidados:

  • Ventilação: entrada e saída de ar entre as unidades funcionais dos pulmões, alvéolos, e o meio externo.
  • Oxigenação: participação do oxigênio molecular no processo de obtenção de oxigênio. Este conceito se relaciona, dentre outros fatores com a saturação de oxigênio.
  • Saturação de Oxigênio (SatO2): porcentagem de hemoglobina que está ligada a moléculas de oxigênio.
  • Fração inspirada de O2 (FiO2): porcentagem de oxigênio no ar inspirado. Dessa forma, em ar ambiente, ao nível do mar, temos uma FiO2 de 21%.

Dessa forma, didaticamente, dividimos a oxigenoterapia entre os dispositivos entre os de oxigenação, utilizados para aumentar a FiO2 em pacientes em ventilação espontânea; e os de ventilação, para aqueles em que a ventilação está ausente ou insuficiente.

Dispositivos de oxigenação

Nos pacientes que possuem ventilação espontânea, a definição por qual dispositivo usar não obedece a uma regra. Itens do exame clínico, físico e complementares podem ajudar na escolha.

Sabemos que a dispneia é uma queixa subjetiva, sendo importante para o médico quantificar a relevância e a gravidade da possível insuficiência respiratória. Para tanto, deve sempre avaliar:

  • O padrão respiratório;
  • Uso de musculatura acessória;
  • Dados de monitorização (saturação de oxigênio).

Além disso, em alguns casos, ainda é necessário solicitar a gasometria arterial, exame com parâmetros bem definidos para avaliação de distúrbios respiratórios como a acidose e alcalose respiratória, que afetam o equilíbrio ácido-base e alteram o pH sanguíneo.

Assim, a escolha dos dispositivos de vias aéreas dependerá do julgamento do médico diante dos parâmetros citados. Dentre os dispositivos de oxigenação, podemos citar:

  • Máscara de oxigênio simples;
  • Máscara de venturi;
  • Catéter nasal;
  • Máscara não-reinalante.

Cateter/Cânula nasal

A cânula nasal é o dispositivo mais utilizado, tanto pela disponibilidade quanto pela facilidade do uso.

Ela é um dispositivo simples, de baixo fluxo, suportando um fluxo de até 6 L/min, fornecendo uma FiO2 de, no máximo, 45%. Um aumento maior no fluxo não é transmitido em aumento da FiO2

O que precisa se ter em mente é:

A cada 1 L/min corresponde a um acréscimo de 3-4% na FiO2 do ar ambiente.

Indicação de uso

Imagem 1: Cânula/Cateter Nasal.

A principal indicação para uso da cânula/cateter nasal é hipoxemia leve. Portanto, ela consegue reverter a hipoxemia na maioria dos casos em que se há uma diminuição leve da SatO2 (92-94%).

Desvantagem de uso são em caso de:

  • uso prolongado ou
  • aplicação de fluxos altos, podem levar a ressacamento da mucosa nasal ou até lesões na mucosa.

Máscara simples

A máscara simples pode aumentar a FiO2 até 60%. Ela deve ser usada com um fluxo mínimo de 5 L/min para prevenir retenção de dióxido de carbono (CO2).

Imagem 2: Máscara Simples

A vantagem da máscara simples é ser mais acessível e leve. Ela pode ser utilizada até em casa, porém não tem garantia de selamento, além de precisar ser removido se o paciente precisar falar ou se alimentar.

Máscara de Venturi

A Máscara de Venturi possui um sistema de válvulas que possibilita um controle exato da FiO2 a ser fornecida ao paciente.

Imagem 3: Máscara de Venturi e suas válvulas.

Além disso, cada válvula tem uma cor e na válvula tem escrito tanto o fluxo quanto a FiO2 ofertado por ele, que varia de de 24 a 50%.

Indicação de uso da máscara de venturi

O benefício do uso da máscara de venturi está em situações em que se busque um desmame da oferta de oxigênio ou nas quais uma oferta exagerada e/ou descontrolada pode ser prejudicial, como em pacientes com DPOC.

Também é amplamente utilizado em crianças e em pacientes que estão sendo retirados da oxigenoterapia.

Máscara não reinalante

A máscara não-reinalante destaca-se pelo reservatório de oxigênio e por um sistema de válvulas expiratória e inspiratória.

Dessa forma, elas conferem a capacidade de fornecer uma fração inspirada de oxigênio de até 100% (fluxo de 12-15 L/min), sendo amplamente utilizada em setores de emergência e UTI.

Indicação de uso da máscara não-reinalante

Indica-se a máscara não-reinalante nas seguintes siguaçãoes:

  • Trauma (quando a intubação não está indicada);
  • Em situação de emergência clínica em que há uma hipoxemia moderada-grave que não conseguiu ser revertida com cânula e que ainda não há uma indicação de intubação ou ventilação-não-invasiva.

A utilização prolongada é desconfortável. ao peso do equipamento e a vedação necessária.

Quadro resumo sobre os dispositivos e a oferta de O2

Considerações finais sobre Oxigenoterapia

Em suma, os dispositivos de oxigenação são os recursos mais acessíveis e de fácil manejo para oxigenoterapia nos ambientes de emergência.

Assim, reconhecer a insuficiência respiratória do paciente e ofertar O2  de forma adequada é um dos pré-requisitos do médico plantonista.

Além desses dispositivos, existem os dispositivos de ventilação, dentre outros dispositivos de manejo de via aérea, como a máscara laríngea e o combitube. Mas esses ficam para outros posts, tranquilo?

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